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Com pênalti infantil, Corinthians empata com o Athletico de Felipão. E desperdiça a liderança

O time de Vítor Pereira lutava muito, estava na frente no placar, graças a uma cobrança de falta perfeita de Roger Guedes. Até que Raul Gustavo comete um pênalti bobo, que deu o empate aos paranaenses

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Terans comemora. Athletico Paranaense ganhou de presente o empate com o Corinthians
Terans comemora. Athletico Paranaense ganhou de presente o empate com o Corinthians Terans comemora. Athletico Paranaense ganhou de presente o empate com o Corinthians

São Paulo, Brasil

Foi uma guerra.

Com duas expulsões, Cássio viu a bola beijar duas vezes a trave, Arena da Baixada lotada, Felipão incendiando o Athletico.

O Corinthians conseguia a vitória importantíssima, que lhe daria, de novo a liderança do Brasileiro.

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Roger Guedes havia cobrado falta com maestria.

Mas Raul Gustavo não conseguiu controlar os nervos diante de discussões, empurrões, xingamentos. E acabou cometendo um pênalti ingênuo, infantil. Vitor Roque, revelação do Athletico Paranaense, recebeu de costas para o gol.

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Só que o jovem zagueiro de 23 anos, que estava com raiva, sem foco, decidiu dar uma violenta ombrada nas costas do atacante de 17 anos. Dentro da área. Pênalti absolutamente desnecessário.

Terans cobrou deslocando Cássio.

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1 a 1, aos 36 minutos do segundo tempo.

O Athletico pressionava, mas falta efetividade.

Raul Gustavo tem inteira responsabilidade nesse empate.

Roger Guedes cobrou falta com perfeição no melhor momento do Athletico no jogo
Roger Guedes cobrou falta com perfeição no melhor momento do Athletico no jogo Roger Guedes cobrou falta com perfeição no melhor momento do Athletico no jogo

Resultado que manteve o Palmeiras como líder, faltando o jogo de amanhã, contra o Atlético Goianiense, no Allianz Parque.

O Athletico, de Felipão, é o quarto colocado.

" (O gol) Representa muito, dá confiança. Todo atacante gosta de marcar. Um empate está bom. Saímos com um gosto de derrota, fazíamos uma bela partida, mas faz parte. O Brasileirão é longo, ainda está no começo, então vamos buscar jogo após jogo", avisava, Roger Guedes, que não marcava há dois meses.

"É só agradecer a Deus. Nós buscamos a vitória o tempo todo, conseguimos o empate só, mas fizemos um bom jogo. Pude contribuir sofrendo o pênalti", dizia, feliz, Vitor Roque, jogador da seleção brasileira de base.

E o menino de 17 anos tem razão.

Desde os primeiros minutos, ficou clara a estratégia de Felipão. Usar, como ele gosta, o estádio do time que dirige como caldeirão. O Athletico pressionou muito o Corinthians nos primeiros minutos de partida.

Usando, com requintes de crueldade, a improvisação de Mantuan na lateral direita. Rafael Ramos, abalado psicologicamente pelo indiciamento pela Justiça Comum por injúria racial, acusado de chamar Edenilson de 'macaco', estava no banco de reservas. Os paranaenses forçavam todos seus primeiros ataques pela esquerda.

Com três minutos de partida, o Athletico já havia criado três chances de gol. Não importava o esquema 5-5-1, que Vítor Pereira montou para tentar travar as intermediárias. O ponto fraco do lado direito da defesa corintiana dava a impressão que o gol do time de Felipão não demoraria. A torcida estava ensandecida na Arena da Baixada.

Muita disputa, luta no meio-campo. Clima do jogo foi tenso demais na Arena da Baixada
Muita disputa, luta no meio-campo. Clima do jogo foi tenso demais na Arena da Baixada Muita disputa, luta no meio-campo. Clima do jogo foi tenso demais na Arena da Baixada

Até que Roger Guedes foi cobrar uma falta em Willian, perto da entrada da área, do lado esquerdo. Com o pé direito, ele bateu com curva, mostrando talento. A bola foi no ângulo, indefensável para o goleiro Bento.

A partir do gol, aos sete minutos, o jogo se transformou.

O time athleticano ficou nervoso, afobado, querendo empatar a partida de qualquer maneira. E se desarrumou. Perdeu sua estrutura básica. O Corinthians se aproveitou para diminuir o ritmo do jogo. E abusar dos contragolpes.

A estatística do primeiro tempo engana. O Athletico deu 11 arremates a gol e o time paulista três. Mas a esmagadora maioria dos chutes paranaenses foi feita de forma precipitada, tensa. O Corinthians foi objetivo, calculista.

Felipão não tinha outra coisa a fazer, a não ser adiantar ainda mais suas linhas. Só que exigindo que seu meio-campo não abrisse, marcasse forte as laterais, evitando os contragolpes corintianos.

Vítor Pereira corrigiu o óbvio. Mandou Rafael Ramos esquecer seu abalo psicológico e entrar em campo, para fechar o lado direito. A marcação corintiana estava melhor.

Só que o clima de tensão cresceu demais. O Corinthians acabou caindo nas provocações atleticanas. E Scolari foi feliz ao trocar Pablo por Vitor Roque, aos 11 minutos. O garoto de 17 anos tem grande potencial. Atrevido, veloz, habilidoso e ótimo porte físico.

Logo aos 17 minutos, Vitinho aproveitou cruzamento e cabeceou na trave de Cássio, na sobra, Vitor Roque também mandou de cabeça na mesma trave direita.

Vítor Pereira mudou sua equipe, tratou de tirar Cantillo, que é habilidoso, mas marca mal. Colocou Roni, volante 'de força'. Só que ele se deixou levar pelas provocações, pelo clima tenso da Arena da Baixada. E, depois de cinco minutos em campo, Roni colou sua testa na de Hugo Moura. Os dois ficaram dando cabeçadas, como galos de briga. Foram expulsos.

Melhor para o Athletico que, com o apoio de sua torcida, seguiu pressionando. O Corinthians perdeu seu melhor marcador no meio-campo.

Foi quando, também nervoso, Raul Gustavo pagou pela inexperiência. E cometeu o pênalti absurdamente desnecessário em Vitor Roque.

Terans empatou aos 36 minutos.

O 1 a 1 fez o Corinthians recuar ainda mais.

O Athletico seguiu pressionando, só que faltava consciência de seus jogadores no passe decisivo, nos arremates.

No final, o empate, justo.

Mas ficou claro que se Raul Gustavo não tivesse feito o pênalti desnecessário, o Corinthians poderia ter saído da Arena da Baixada com a vitória.

E a liderança do Brasileiro...

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