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Cansado, ferido, o líder Palmeiras reage. E ainda marca o centésimo gol na temporada.1 a 0 no intenso Cuiabá

O Palmeiras conseguiu superar psicologicamente à eliminação da Copa do Brasil. Mesmo cansado e enfrentando o Cuiabá, muito fechado, vitória suada, importante. 1 a 0 contra o Cuiabá

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Abel Ferreira sabia que a vitória era obrigatória. Apesar do desgaste de seus jogadores
Abel Ferreira sabia que a vitória era obrigatória. Apesar do desgaste de seus jogadores Abel Ferreira sabia que a vitória era obrigatória. Apesar do desgaste de seus jogadores

São Paulo, Brasil

39.033 torcedores em uma segunda-feira à noite.

R$ 2.103.919,81.

A torcida do Palmeiras deu importante demonstração de apoio ao time, eliminado da Copa do Brasil pelo São Paulo, há quatro dias. 

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Os palmeirenses empurraram o líder do Brasileiro na tensa partida contra o Cuiabá, com complicado sistema de marcação organizado por Antônio Oliveira. O time do Mato Grosso estava montado no 5-4-1, com as linhas baixas, não dando espaço para o milionário elenco do time paulista trocar passes. 

Os jogadores, que haviam sidos eliminados da Copa do Brasil, em uma partida desgastante em todos os sentidos, estavam cansados. Mas precisavam dar a resposta, se queriam recuperar a liderança do Brasileiro.

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Abel Ferreira havia insistido para que seu time atacasse pelos lados do campo, já prevendo a fortíssima retranca. E justamente uma jogada inesperada, com Mayke pelo meio, descobriu Gabriel Veron, também pelo meio, como centroavante improvisado, dominar e conseguir vencer, em um chute cruzado, o excelente goleiro Walter, ex-Corinthians.

1 a 0, aos quatro minutos do segundo tempo.

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Gol que decidiu a partida. E mostrou o quanto o time de Abel Ferreira, mesmo sem um definidor, chegou a uma marca impressionante. Fez seu centésimo gol na temporada. O Flamengo tem 82. O São Paulo e o Fluminense 77 gols. O Atlético Mineiro, 76.

Gustavo Scarpa resumiu muito bem o que representou a partida. E o retorno da vitória.

"Uma vitória extremamente importante para a gente retomar... não que a gente tenha perdido a confiança, mas retomar o ritmo das vitórias. O Cuiabá se defende muito bem, tiveram méritos no jogo apertado. A eliminação acaba deixando a equipe um pouco chateada, mas temos jogadores experientes. A torcida lotou o estádio depois da eliminação, ficamos felizes pelo resultado."

Até mesmo o talentoso Rodriguinho empenhado na marcação. Cuiabá dificultou como pôde
Até mesmo o talentoso Rodriguinho empenhado na marcação. Cuiabá dificultou como pôde Até mesmo o talentoso Rodriguinho empenhado na marcação. Cuiabá dificultou como pôde

Scarpa, Dudu e Raphael Veiga, que 'deixaram a alma' contra o São Paulo, estavam especialmente cansados. Mas como o Palmeiras não poderia deixar escapar a vitória, em casa, contra o time do Mato Grosso, Abel Ferreira tratou de colocar o trio em campo.

E eles acabaram caindo na teia montada pelo técnico também português, Antônio Oliveira. Está cada vez mais comum na Europa as equipes que enfrentam adversários mais fortes, principalmente fora de casa, se organizarem com cinco jogadores na defesa. Quatro na intermediária e apenas um sonhando com o contragolpe perfeito.

O resultado foi que várias vezes no gramado do Allianz Parque, eram 14, 16 jogadores no último terço do campo do Cuiabá, com o Palmeiras forçando o gol desde o primeiro minuto. Aos sete, o lance mais agudo do primeiro tempo. Raphael Veiga cruzou da esquerda, Mayke surgiu de surpresa e cabeceou forte. Walter conseguiu espalmar e a bola tocou na trave. Defesa sensacional. 

O Palmeiras forçava, com suas linhas adiantadas. Mas sentia falta do contundido Rony. Gabriel Veron tem potencial, mas não a força física do titular. O que o dificultava diante dos fortes e vigorosos zagueiros do Cuiabá. 

O time de Abel Ferreira não tinha energia para a tradicional movimentação de seus jogadores, trocando de posição, confundindo a marcação adversária. Pelo contrário. O Palmeiras fez uma partida 'posicional'. Ou seja, o time trocava passes, tentava abrir o sistema defensivo do Cuiabá de uma maneira menos desgastante.

Abel Ferreira sabia que seu time estava esgotado fisicamente. Mudou a estratégia. Futebol posicional
Abel Ferreira sabia que seu time estava esgotado fisicamente. Mudou a estratégia. Futebol posicional Abel Ferreira sabia que seu time estava esgotado fisicamente. Mudou a estratégia. Futebol posicional

No primeiro tempo, o Palmeiras chegou a ficar com 63% de posse de bola, mas faltava objetividade. Dudu pela esquerda forçava dribles, Piquerez avançava, Raphael Veiga tentava ajudar. Mas eram alvos fixos. Mayke levava mais vantagem, com auxílio de Gustavo Scarpa e Gabriel Veron, que naturalmente, caía pela direita.

Mas era pouco e o Cuiabá conseguiu segurar o 0 a 0, no primeiro tempo.

O Palmeiras voltou no segundo tempo, com toques mais rápidos, apesar de Gabriel Menino não conseguir o mesma eficiência de Zé Rafael, problema crônico no Palestra Itália.

Mas o futebol costuma surpreender, com lances decisivos surgindo de onde menos se espera. Mayke ganhou duas divididas na intermediária do Palmeiras, roubou a bola e conseguiu encontrar o sistema defensivo do Cuiabá desarrumado. E conseguiu dar um passe espetacular para Gabriel Veron no meio da zaga. 

O jovem atacante, que precisava se redimir com o time, após ser flagrado bebendo na semana passada, não desperdiçou a oportunidade rara. Não deu chance de defesa para Walter. 1 a 0, Palmeiras. 

O gol marcado pelo atacante, sondado pelo Porto, trouxe alívio. E obrigou o Cuiabá a desarmar seu sistema obsessivamente defensivo. E Antonio Oliveira adiantou seu time. Só que a diferença técnica entre os dois times era muito grande.

O capitão Gustavo Gómez mostrou muita raça. Liderou o time na luta pela recuperação emocional
O capitão Gustavo Gómez mostrou muita raça. Liderou o time na luta pela recuperação emocional O capitão Gustavo Gómez mostrou muita raça. Liderou o time na luta pela recuperação emocional

E o Palmeiras conseguiu travar o time do Mato Grosso. Weverton não teve muito trabalho.

Segurar os três pontos era fundamental no Brasileiro. E a vitória para a alma dos jogadores, esgotados, feridos, tristes pela eliminação diante do São Paulo na Copa do Brasil, no mesmo Allianz Parque.

No final, apesar do futebol nada impressionante, o prazer de vencer.

O Palmeiras mostrou, antes de mais nada, espírito de quem não se conforma com as derrotas.

Que chega a 100 gols, ainda em julho!

O fundamental em equipes campeãs...

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