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Brasil. Vexame de Tite na derrota à meia-noite para o Peru

Horário absurdo para os brasileiros, gramado para futebol americano, testes sem sentido de novos jogadores. Brasil mereceu perder o inútil amistoso

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Vexame diante do Peru. Brasil fraco em campo. Tite perdido nos testes
Vexame diante do Peru. Brasil fraco em campo. Tite perdido nos testes Vexame diante do Peru. Brasil fraco em campo. Tite perdido nos testes

São Paulo, Brasil

Por todos os ângulos, um vexame.

A começar por Tite.

Na derrota do Brasil para o Peru, por 1 a 0, gol do zagueiro Abram, em falhas bizarras de Militão e de Ederson, o treinador se perdeu.

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Os testes acabaram insignificantes, sem sentido.

Deu sete minutos para Bruno Henrique, jogando pela direita, o contrário que faz no Flamengo. 

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18 minutos para Vinicius Júnior. Com Neymar roubando seu espaço na esquerda. 

28 minutos para Lucas Paquetá. Com Neymar roubando seu espaço no meio.

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28 minutos para Fabinho. Correndo por ele e por Alan, cansado.

Neymar, sem ritmo, sem força física para dois jogos seguidos, ficou no banco. E quando entrou, nada produziu. Gingou, gingou e nada de objetivo conseguiu fazer.

Pior do que a fraca atuação da Seleção, só a ansiedade da Pitch Internacional, empresa inglesa, ligada à árabe ISE, que organiza os amistosos.

Desrespeito absurdo à população brasileira, ao marcar o confronto para a meia-noite, horário de Brasília.

Pior ainda o gramado do Los Angeles Memorial Coliseum, ralo ao extremo e com as demarcações para futebol americano. Um descaso vergonhoso que fica na conta da CBF que só se preocupa com o dinheiro pago pela Pitch.

Neymar reserva, despreocupado com o jogo. Ao lado do parceiro Daniel Alves
Neymar reserva, despreocupado com o jogo. Ao lado do parceiro Daniel Alves Neymar reserva, despreocupado com o jogo. Ao lado do parceiro Daniel Alves

Por último a inutilidade tática de duas partidas nos Estados Unidos, contra adversários sul-americanos, logo depois da Copa América. Com o Brasil precisando desesperadamente de intercâmbio com seleções europeias, os jogos contra Colômbia e Peru. 

Com a Seleção não conseguindo vencer nenhum deles.

Nos dois jogos, o Brasil atuando com a esmagadora maioria dos seus manjados titulares. E com o inseguro Tite, dando pouquíssimo tempo para que novos jogadores fossem testados.

Esses amistosos foram caça-níqueis.

E pura perda de tempo.

Tite quis dramaticidade para o jogo e já diminuir sua responsabilidade na véspera. Deixando claro que os peruanos iriam entrar em campo querendo a revanche pelas derrotas na Copa América.

A compactação, a vibração, a objetividade dos peruanos superaram o Brasil
A compactação, a vibração, a objetividade dos peruanos superaram o Brasil A compactação, a vibração, a objetividade dos peruanos superaram o Brasil

O treinador brasileiro quis, na verdade, se precaver caso o Brasil perdesse o jogo.

Ele iria começar a partida com quatro mudanças em relação ao time que havia conseguido apenas empatar diante dos colombianos na sexta-feira.

Daniel Alves, aos 36 anos, não suportaria fisicamente o jogo seguido, estava desgastado. Entrou Fagner.

Pelo mesmo motivo, Thiago Silva, que fará 35 anos daqui 11 dias, ficou no banco. Entrou Militão.

Tite quis testar Allan no lugar de Arthur.

E a mais significativa troca foi deixar Neymar, fora de ritmo de jogo, no banco. David Neres começou a partida.

O Peru estava sem seu principal jogador. 

Guerrero pediu e vai atuar hoje pelo Internacional, na final da Copa do Brasil, contra o Athletico Paranaense.

O treinador Gareca entendeu que a decisão será mais importante do que o amistoso de ontem. E liberou seu melhor atleta. Situação que desmistifica a tese de revanche do Peru, a qualquer custo, lançada por Tite.

No confronto o que se viu foi o Peru mais compactado, mais veloz, mais consciente. Enquanto a Seleção Brasileira, insegura, com saída de bola lenta, vivia à base de lances individuais para tentar compensar a superioridade peruana.

O jogo foi monótono, sem grandes chances de gol.

Tite poupou Neymar.

O colocou aos 17 minutos do segundo tempo.

O jogador nada fez de útil.

Neymar : nada de útil contra o Peru. Só as reclamações e poses de sempre
Neymar : nada de útil contra o Peru. Só as reclamações e poses de sempre Neymar : nada de útil contra o Peru. Só as reclamações e poses de sempre

Sem ritmo, atrapalhou, tirou espaço de Vinícius Júnior e de Paquetá.

Vale destacar mais uma péssima partida de Philippe Coutinho e Roberto Firmino. Foram dois zumbis em campo. O meia, sem personalidade, vibração, burocrático. E o atacante do Liverpool submisso, enfiado entre os zagueiros peruanos.

Tite não fez os prometidos testes para valer com novos jogadores na Seleção. Estava visivelmente preocupado com o resultado.

O Peru foi melhor do que o Brasil. Jogou futebol mais intenso, objetivo
O Peru foi melhor do que o Brasil. Jogou futebol mais intenso, objetivo O Peru foi melhor do que o Brasil. Jogou futebol mais intenso, objetivo

O Peru seguia jogando com seriedade, mas não se expunha. Gareca manteve o 4-5-1 até o final da partida.

E, principalmente no segundo tempo, era melhor do que o Brasil.

A partida se encaminhava para um enfadonho 0 a 0. 

Até que, aos 39 minutos, Yotún cobrou falta lateral à área. Militão foi encoberto pela bola e Abram se antecipou a Ederson. E marcou de cabeça, 1 a 0, Peru.

O time brasileiro se desesperou.

Tite mandou todos para o ataque, como um bando.

E no final, a sua merecida terceira derrota como técnico do Brasil.

Tite perdeu amistoso contra a Argentina, jogo oficial e eliminatório da Copa, para a Bélgica, e o confronto de hoje, contra o Peru.

Castigo merecido.

Mas virão quatro novos amistosos inúteis até o final do ano.

Todos impostos pela Pitch.

E aceitos pela CBF.

O Brasil vai perdendo tempo para a Copa de 2022.

E prestígio com jogos inúteis.

Como o desta meia-noite de terça-feira...

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