São Paulo, Brasil
Situação rara em Paris.
A imprensa francesa ao lado de Neymar.
Cúmplice.
O jogador revelou o que o blog já havia antecipado.
Sua contusão na costela não foi grave.
Ele sofreu uma queda contra o Montepellier, no dia 1º de fevereiro.
O PSG fez questão de divulgar que houve fissura
Mas ela foi minúscula.
Tanto que o blog soube que Neymar dançou, brincou, pulou, por seis horas seguidas, na noite seguinte. Na festa de seu aniversário.
Ele poderia ter jogado contra o Nantes, Lyon e Amiens, pelo Campeonato Francês, e contra o Dijon, pela Copa da França.
A determinação veio do treinador Thomas Tuchel e da cúpula do PSG.
Não quiseram dar espaço para que Neymar ficasse de fora da partida de ontem, diante do Borussia Dortmund, pela Champions, na Alemanha.
O resultado: o brasileiro sentiu falta de ritmo de jogo. Mesmo sem conseguir uma atuação do seu nível técnico, marcou um gol e chutou bola na trave.
O PSG perdeu por 2 a 1 e precisa vencer, de qualquer maneira, a partida de volta, em Paris. Para evitar nova frustração e eliminação nas oitavas-de-final.
"Queria jogar.
"Só que adiaram de novo, adiaram de novo e adiaram novamente.
"Entendo o medo que o clube sofre, porque em dois anos acabei ficando fora das oitavas.
"Respeito as decisões, mas não pode ser assim, porque quem acaba sofrendo é o jogador.
"Foi muito difícil poder jogar um jogo como esse, intenso, 90 minuto sem parar. É diferente.
"Se estivesse em condições melhores físicas com certeza teria feito um jogo melhor", desabafou, ontem.
Thomas Tuchel não teve como escapar do erro que cometeu, pelo excesso de zelo com Neymar.
"Jogamos o dobro de partida que o Dortmund fez nas últimas semanas. Tivemos problemas de lesão com jogadores-chave. E eles sentiram a falta de ritmo, a dureza da competição, como vimos com Neymar", disse.
A imprensa francesa não aceitou as desculpas de Tuchel.
Ficou ao lado de Neymar.
Destacou que ele queria jogar, até para ter ritmo.
Mas Tuchel e a direção do PSG não deixaram.
Apesar de ele estar bem.
Buscaram também blefar.
Enganar o técnico do Borussia Dortumund, Lucien Favre.
Mas até os vendedores de cachecóis do estádio Signal Iduna Park sabiam.
Era um truque barato.
E Neymar estaria em campo.
Esteve.
Bem com a bola nos pés, já que é um dos poucos jogadores diferenciados no mundo.
Mas sem ela, sentiu as quatro partidas de ausência.
Faltou ritmo, errou tempo de bola, correu antes ou depois dos passes.
Típico para quem fica 18 dias longe de jogos oficiais.
O jogo decisivo entre PSG e Borussia Dortmund será no dia 11 de março, em Paris.
Que Tuchel não cometa o mesmo erro.
E poupe de maneira exagerada, medrosa, seu talentoso atacante.
Vale a sobrevivência do PSG na Champions League.
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