São Paulo, Brasil
Velocista, artilheiro, definidor frio.
Vários clubes importantes como Cruzeiro e Internacional se interessaram pelo jovem atacante do Ceará.
O Palmeiras foi mais efetivo e o contratou, aos 18 anos, em 2016.
Ele foi convocado para Seleções Brasileiras de base.
O potencial era destacado.
O Palmeiras o emprestou para o Novorizontino e, depois, para o Londrina para ganhar experiência.
E, principalmente no time paranaense, conseguiu amadurecer.
Não deu sorte ao ser incorporado ao profissional.
A concorrência era grande e a filosofia era apostar nas estrelas contratadas, não nos garotos promissores.
Para piorar a situação, teve uma séria contusão nos ligamentos do tornozelo direito.
Teve de ser operado em fevereiro de 2018.
Foram três meses parado.
E no restante do ano, tentanto, inutilmente, buscar espaço no time de Felipão, que só prestigiava jogadores vividos.
Acabou emprestado em janeiro de 2019 ao Bahia.
Seu ótimo desempenho não passou em branco.
O clube nordestino queria comprá-lo.
Mas a direção do Palmeiras avisou que não aceitava, porque decidiu usá-lo em 2020.
Estava tudo certo.
O jogador cearense, de 21 anos, estava muito animado.
Até que o Flamengo foi campeão da Libertadores, no sábado passado.
O clube da Gávea é tratado como um grande rival no Palestra Itália.
Na reformulação para o próximo ano, jogdores importantes do clube sairão. Mas estão proibidas vendas para o Corinthians, São Paulo e ... Flamengo.
Se tivesse o mínimo de orientação, Artur entenderia o contexto.
Mas, não.
E fez uma bobagem, uma atitude juvenil.
Mas que foi vista como ofensa.
Não só por torcedores e conselheiros palmeirenses.
A direção de futebol do clube o questionou fortemente.
Assim como a direção, conselheiros e torcedores do Bahia.
Artur postou uma foto beijando o escudo do Flamengo, após o título da Libertadores.
Diante da enorme repercussão, ele pediu desculpas.
Mas o garoto de 21 anos conseguiu criar um clima ruim para ele.
Foi um banho de água fria na empolgação por sua volta.
Acabou massacrado nas redes sociais por torcedores.
O jogador pediu desculpas para dirigentes do Bahia e do Palmeiras.
Ele disse que estava 'pagando uma aposta' a um amigo.
Mas entendeu o mundo que está vivendo.
A intolerância já é enorme.
Beijar a camisa de um rival é completamente descabido.
Ele voltará para o Palmeiras, como programado.
Mas a paciência com ele será muito menor.
Artur já percebeu.
E se arrepende tremendamente do beijo...