Fraco futebol de Daniel Alves será avaliado depois do Brasileiro.R$ 1,5 milhão por mês
Rubens Chiri/São PauloSão Paulo, Brasil
Ao contrário da fracassada gestão do inseguro Leco, que acumulou cinco anos sem um título, e que relegava a análise do desempenho do São Paulo com conselheiros mais próximos, mesmo pagando executivos, como Raí, Julio Casares age de maneira diferente.
O novo presidente tem conversado muito com Muricy Ramalho sobre o que fazer com o time, com a decadência do time na reta final do Brasileiro.
Analisado a sério a insegurança que domina Fernando Diniz e os jogadores, apesar de líderes do Brasileiro.
Raí, que vai embora assim que o Brasileiro acabar, não tem mais ingerência. Opina, mas perdeu toda a força.
A decisão, de momento é apoiar. Afinal, faltam apenas oito partidas.
Só que certas situações, que foram ignoradas pelo inseguro Leco, estão sendo levadas a sério.
Como a rispidez com que Diniz trata certos atletas. E não outros.
O problema com Tchê Tchê foi desnecessário e ainda reflete nestes dias decisivos do Brasileiro. O atleta revelou que sua família ficou arrasada com os palavrões que Diniz dirigiu ao jogador durante a derrota contra o Bragantino. E que foram transmitidos ao vivo para todo o país.
O elenco vivido sabe que Diniz trata, por exemplo, Daniel Alves, com todo o cuidado. Sem jamais xingá-lo. E quase nunca substituí-lo, mesmo jogando mal demais, como nos últimos jogos.
O veterano atleta de 37 anos atuou 46 vezes na temporada. Saiu apenas duas vezes.
Seu desempenho para quem ganha R$ 1,5 milhão a cada 30 dias, com o clube devendo mais de R$ 570 milhões, também será levado a sério, quando o Brasileiro acabar.
Ele tem contrato até o final de 2022. Além de não ser o grande líder técnico que se esperava, não conseguiu atrair sequer um patrocinador para dividir o salário do atleta, como sonhava o inseguro Leco.
Para o fundamental jogo de amanhã, contra o Internacional, segundo colocado do Brasileiro, a diretoria percebe que toda a responsabilidade está sendo jogada nas costas de Luciano, que estava contundido, e deverá voltar.
O que ressalta a falta de repertório de Diniz.
O São Paulo já foi estudado, dissecado pelos adversários.
E segue sem ideias novas.
Com o time tentando trocar passes desde a defesa, com movimentação constante dos meias e dos atacantes. Forçando pela esquerda, com Reinaldo aberto. Sara e Igor Gomes buscando triangulações pelos lados do campo. Brenner e Luciano se revezando. Por vezes como pivô e outras enfiados entre os zagueiros.
Diniz não foi capaz de orientar Arboleda para não tomar cartão contra o Athletico. Ele é o principal cabeceador do São Paulo e a bola aérea é arma principal de Abel Braga. Fará muita falta amanhã.
Se o time for derrotado, perderá a liderança do Brasileiro. Há um mês, tinha sete pontos de vantagem.
Essa irregularidade será estudada se está ligada à falta de conquistas de Fernando Diniz.
O treinador já tinha muitos conselheiros contra seu trabalho na gestão do inseguro Leco. Agora, com Casares, o número aumentou. A pressão para troca de treinador é real.
O novo presidente do São Paulo esteve em Curitiba. E acompanhará in loco todos os últimos jogos do clube no Brasileiro. Atento aos sinais sobre a decadência do time.
Casares mais do que ninguém sabe o quanto o clube precisaria vencer este Brasileiro para acabar com o jejum de nove anos sem títulos. Seria a esperança da chegada de novos patrocinadores, parcerias.
Mas o momento não é de otimismo.
Muito pelo contrário, mas de total apreensão.
E avaliação.
Está claro que, se o São Paulo não for campeão brasileiro, haverá mudanças drásticas no futebol.
Ninguém está garantido.
A começar por Fernando Diniz.
E até mesmo Daniel Alves, que sempre foi coadjuvante nos clubes onde passou, está fracassando como protagonista.
Ter a coragem de assumir não haver lógica em pagar alto salário para Hernanes e Pablo, para mantê-los na reserva.
Casares garante que não será omisso...
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