São Paulo, Brasil
Ou o equatoriano Juan Cazares é um alienado. Ou não tem noção das gravidades dos crimes que está sendo acusado.
As duas modelos que foram à sua festa no luxuoso condomínio que mora em Belo Horizonte não só o acusam de agressão. Mas de tentativa de estupro.
Cazares ficou 13 horas na 3ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Leia também: Schumacher é internado na França sob forte esquema de segurança
O jogador do Atlético Mineiro e da Seleção Equatoriana teve de explicar, desmentir, confrontar duas mulheres que estavam na sua casa, no domingo.
O exame de corpo de delito confirmou arranhões e hematomas. Que são compatíveis com agressões, que elas garantem terem sido feitos por Cazares e um amigo.
Uma delas afirma que foi tocada sexualmente à força pelo jogador.
E que Cazares teria oferecido R$ 10 mil para que elas se calassem. Nada contassem à imprensa e não procurassem a polícia.
Veja mais: "Eu não nasci para perder." Ceni ameaça deixar o Cruzeiro
As acusações são gravíssimas.
E repercutem no Brasil, no Equador, em toda América Latina.
Mesmo assim, a primeira ação ao deixar a delegacia em silêncio, foi postar uma foto bizarra no seu Instagram.
Gargalhando.
Como alguém pode gargalhar diante dessa situação dessas? Por mais que seja inocente...
"Deus coloca tudo no lugar. Tudo bem, abraços a todos."
Esta é a sua explicação aos chocados milhões de torcedores atleticanos, que esperavam satisfação do vexame que se expôs e atinge também o clube que o paga regiamente.
O clube mineiro apostou que fazia um excepcional negócio, em 2016, ao comprar 50% do meia habilidoso, de chute forte, driblador, veloz, do Indepiendente Del Valle. 1,5 milhão de dólares, cerca de R$ 6 milhões.
Apesar do ótimo rendimento, 39 gols e 43 assistências em 185 jogos, Cazares não despertou a corrida de grandes clubes europeus, como a diretoria atleticana esperava.
Empresários e agentes sabem que o equatoriano é um atleta problemático fora dos gramados.
Ele já ficou dois dias 'desaparecido', sem a diretoria do Atlético Mineiro ter a ideia onde estava, após uma partida com a Seleção Equatoriana. O atleta disse ter perdido o vôo de volta para o Brasil. Mas jamais explicou porque não entrou em contato com os dirigentes.
Além disso, a imprensa mineira garantee que ele tentou forçar sua saída, quando Shabab Al Ahli, dos Emirados Árabes Unidos, e o Al-Hilal, da Arábia Saudita, tentaram sua contratação.
Além disso, suas animadas festas, como a de domingo, não são segredo para ninguém.
A direção atleticana nunca colocou obstáculo.
Até a confusão que está envolvido.
Seu contrato termina em 2020.
Ele é um patrimônio do Atlético Mineiro.
A Polícia Militar não viu indícios para prendê-lo. Mas avisou que as investigações sobre o que aconteceu na festa seguirão. As modelos reafirmaram oficialmente as acusações de agressão e tentativa de estupro.
A situação é complicada, desmoralizante.
O Atlético está na semifinal da Copa Sul-Americana. Terá pela frente o argentino Colón. E faz uma campanha irregular no Brasileiro. Cazares segue fundamental para a equipe.
Os dirigentes ainda não querem se posicionar oficialmente.
Mas há muita preocupação.
Pela situação legal do jogador e com a desvalorização do meia.
O equatoriano deverá voltar aos treinos hoje.
Enquanto isso, Cazares gargalha na Internet...