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Acomodado, sem rumo, o São Paulo mereceu perder. Vitória importante do Athletico, vibrante, de Felipão

O time de Rogério Ceni não mostrou a menor competitividade. Ofereceu a vitória ao time de Luiz Felipe Scolari. Enquanto o time paulista cai para a décima posição. Os paranaenses chegam ao quarto lugar no Brasileiro

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Vitor Bueno marcou contra seu ex-clube. Vitória importante do Athletico sobre o São Paulo
Vitor Bueno marcou contra seu ex-clube. Vitória importante do Athletico sobre o São Paulo Vitor Bueno marcou contra seu ex-clube. Vitória importante do Athletico sobre o São Paulo

São Paulo, Brasil

Apático, acomodado, sem competitividade.

O São Paulo mostrou, na Arena da Baixada, o pior defeito que tem irritado a torcida, conselheiros e diretoria. Não fosse Rogério Ceni o treinador, a cobrança seria muito forte.

Por mais que estivesse com reservas, o Athletico de Luiz Felipe Scolari também. 

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A vitória do time paranaense, por 1 a 0, gol de Vitor Bueno, na cobrança de pênalti, foi facilitada pela postura acomodada do time paulista. 

O time de Felipão chegou a três meses sem derrota no seu estádio. E à quarta colocação no Brasileiro. E o clube de Ceni cai para a décima posição.

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O inacreditável foi que o treinador do São Paulo havia garantido que não havia ficado feliz com a pontuação no primeiro turno. Seu time conquistou apenas 26 pontos em 57 possíveis, nas 19 partidas que disputou.

Disse, o óbvio, que esta pontuação não era garantia de classificação para a Libertadores de 2023, objetivo do clube na temporada.

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Estava claro imaginar que o treinador, mesmo com o importante confronto diante do Ceará, na quarta-feira (3), pela primeira partida das quartas da Copa do Brasil, montaria uma equipe competitiva diante do Athletico. Que faria o possível ao menos para pontuar, brigar pelo empate ou por uma vitória, na Arena da Baixada.

Afinal, o time de Felipão enfrentará o Estudiantes, na quinta-feira (4), pela primeira partida das quartas da Libertadores. Ou seja, ele também teria de poupar atletas.

O confronto, na teoria, seria de igual para igual. Com os treinadores improvisando times longe do ideal, por conta do caótico calendário do futebol brasileiro.

O Athletico tomou a iniciativa desde o início da partida. O São Paulo mostrou apatia irritante
O Athletico tomou a iniciativa desde o início da partida. O São Paulo mostrou apatia irritante O Athletico tomou a iniciativa desde o início da partida. O São Paulo mostrou apatia irritante

Desde o começo do jogo, no entanto, o Athletico tomou a iniciativa do jogo. Tinha atitude, postura, vibração. Desejava a vitória e não temia o São Paulo. O plano tático de Rogério Ceni era confuso, sem rumo, sem intensidade. Equipe apática, perdida, que não se defendia com eficiência nem, menos ainda, tinha organização mínima para buscar contragolpes. 

Rogério Ceni não escondia que havia "montado" seu time sem Calleri e Igor Gomes, apenas para empatar em 0 a 0. Não havia maior ambição.

As divididas e a briga pela bola nas intermediárias eram do time de Felipão. Tivesse o Athletico jogadores de mais talento na construção das jogadas ofensivas, tudo ficaria pior para o São Paulo. Seu jogador com maior repertório, Vitor Roque, ficava encaixotado na defesa paulista. Enorme desperdício.

O Athletico pressionou desde o início do primeiro tempo. Chegou a marcar, com Canobbio, aos 20 minutos, depois de chute de Vitor Bueno na trave de Felipe Alves. Só que o VAR salvou a arbitragem, Vitor Roque, que ajeitou para Vitor Bueno, estava com o pé à frente da zaga. Impedimento. 

O São Paulo só conseguiu uma boa jogada ofensiva no primeiro tempo. O argentino Galoppo recebeu improvável passe de Talles Costa. A zaga athleticana deu espaço, mas o meia-atacante errou a passada e, livre, chutou muito fraco. Atrasou a bola para o ótimo goleiro Bento.

No segundo tempo, a expectativa era que Rogério Ceni não teria coragem de seguir com seu time desinteressado, mal organizado, aceitando o domínio do Athetico. O treinador resolveu mudar o esquema. Tirou o volante Talles Costa e colocou o zagueiro/lateral Léo Pelé.

Vitor Roque, mesmo muito marcado, incomodou, atrapalhou o sistema defensivo do São Paulo
Vitor Roque, mesmo muito marcado, incomodou, atrapalhou o sistema defensivo do São Paulo Vitor Roque, mesmo muito marcado, incomodou, atrapalhou o sistema defensivo do São Paulo

Seu time passava a atuar com quatro, quatro na intermediária, e dois no ataque.

Calleri e Igor Gomes também fariam parte do jogo, nos lugares de Luizão e Rodriguinho.

Mas quem esperava o time atacando se decepcionou.

Felipão manteve seu esquema. 4-3-3, de muita movimentação, correria, preenchimento de espaço. E marcação forte na saída de bola do São Paulo. Queria vencer, conquistar os três pontos.

O destino brincou com o São Paulo. Aos cinco minutos, o experiente Felipe Alves, que foi contratado para assumir o lugar do jovem e afobado Thiago Couto, que não tinha a confiança da comissão técnica e da diretoria, cometeu pênalti infantil. E igual ao que o jovem goleiro havia feito diante do América mineiro na quinta-feira.

Felipe Alves, ao receber uma bola atrasada, em vez de chutá-la para longe, de primeira, quis dominá-la. Errou e Vítor Roque, esperto, chegou mais rápido que o goleiro, que acertou o chute no atacante athleticano. Pênalti infantil do goleiro de 34 anos.

Mas eis que parecia filme repetido. Assim como o zagueiro Iago Maidana mostrou onde faria a cobrança, Thiago Heleno, também. Mesmo cobrando forte, não foi difícil para Felipe Alves defender com o joelho.

O lance, aos oito minutos, animaria, daria confiança, passaria energia, para qualquer time no mundo. Menos o sonâmbulo São Paulo de Rogério Ceni. A pressão athleticana continou. E o óbvio aconteceu.

A pressão resultou em outro pênalti. Desta vez de Moreira em Canobbio. O lateral esquerdo não percebeu que estava na área. 

Desta vez, Vitor Bueno foi para a cobrança. E bateu forte, deslocando Felipe Alves.

Justiça, Athletico 1 a 0, aos 23 minutos.

Só aí, Rogério Ceni mandou sua equipe adiantar as linhas, buscar jogar, tentar marcar.

Mas Felipão reforçou a marcação, não deu espaço para o time paulista, que havia desperdiçado 70 minutos da partida, sonhando com o 0 a 0.

No final, conduzido por Fernandinho, que teve ótima participação no jogo, o Athletico mereceu a vitória.

O São Paulo, sem rumo, de Ceni, perdeu mais uma no Brasileiro.

O plano tático para hoje foi desastroso na Arena da Baixada.

Se fosse, por exemplo, Hernán Crespo, as críticas seriam pesadas.

O argentino estaria pressionado, questionado.

Mas, como o treinador é Rogério Ceni, o melhor é fingir que está tudo bem no Morumbi.

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