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Gol irregular não é desculpa. Brasil jogou mal e mereceu empatar

A Seleção não conseguiu superar a forte marcação suíça. Neymar completamente fora de forma foi mal demais. Tite vai precisar repensar

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Com Neymar fora de ritmo, o Brasil não conseguiu se impor. Mereceu o empate
Com Neymar fora de ritmo, o Brasil não conseguiu se impor. Mereceu o empate Com Neymar fora de ritmo, o Brasil não conseguiu se impor. Mereceu o empate

Rostov, Rússia

Nervoso, previsível e com Neymar fora de ritmo, o Brasil decepcionou.

Apenas empatou com a Suíça em Rostov, por 1 a 1. Com um gol irregular dos suíços, é verdade. Zuber empurrou Miranda antes de cabecear para as redes. E a arbitragem se recusou a consultar o vídeo. 

A líder do grupo E, depois da primeira rodada, ficou nas mãos da Sérvia. Brasileiros e suíços dividem o segundo lugar. A Costa Rica é a última colocada.

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A Seleção de Tite não jogou bem. Faltou potencial ofensivo. A fortíssima marcação dos europeus na intermediária, travou os brasileiros.

Fez muita falta as saídas pelos lados do campo. Danilo tímido, travado na direita. E Marcelo sacrificado pelo fraco futebol de Neymar.

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A derrota da Alemanha diante do México, no grupo F, mudou toda a perspectiva do jogo.

O inesperado resultado faz com que a primeira colocação no grupo E acabe se transformando em um atalho para ter os germânicos pela frente. Já nas oitavas de final. A segunda colocação, pode levar para o que, na teoria, seria um adversário mais fácil.

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O México.

No primeiro tempo ficou clara a proposta de Tite. Como aconteceu nos amistosos contra a Croácia e Áustria, ele alternou a marcação brasileira. Começou por meia pressão, permitindo que os suíços tocasse a bola, se adiantassem, ganhassem confiança, Era um truque interessantes. A maneira com que desarmasse suas linhas. Os cinco zagueiros, os quatro meio-campistas e um seu único atacante, Seferovic.

O espaço dado também era uuma meneira de controlar os nervos brasileiros. Era nítido que a equipe entrou em campo tensa. Por mais que Tite desejasse disfarçar, a estreia em uma Copa do Mundo é algo muito pesado. Ainda mais para um time que iniciava uma partida apenas pela segunda vez.

E com um grave problema. 

Neymar.

Ele estava sem ritmo. Abaixo fisicamente não só dos companheiros, como dos suíços. Havia a forte marcação suíça setorizada. Mas o técnico Petkovic incumbiu Behrami de não dar o mínimo espaço ao brasileiro. A ordem era dividir com força. Se aproveitar da normal insegurança de quem vinha três meses parado, por sua fratura no quinto metatarso.

Mas nos primeiros 45 minutos, Neymar complicou as coisas. Não quis jogar simples. Pelo contrário. Pegava a bola e forçava dribles desnecessários nas intermediárias. E acabou perdendo inúmeras chances de contragolpes, tentando passar por Behrami. Foi facilmente anulado.

Um dos raros momentos de alegria do Brasil no jogo. O gol de Philippe Coutinho
Um dos raros momentos de alegria do Brasil no jogo. O gol de Philippe Coutinho Um dos raros momentos de alegria do Brasil no jogo. O gol de Philippe Coutinho

Os melhores momentos brasleiros vinham quando Tite ordenava que a marcação subisse. Os suíços não mostravam talento suficiente para sair jogando com qualidade. E roubando a bola, os brasileiros foram ganhando terreno. Marcelo estava muito bem. Assim Willian.

Mas a intermediária tinha um dono nas articulações ofensivas. Philippe Coutinho. Ele ditava o ritmo. Quando a bola caía nos seus pés, ele antevia o lance. Definia o que fazer. Jogava nas costas da linha de quatro meio-campistas suíços. Principalmente quando atuava pela esquerda, revezando com Neymar, que caía pelo meio e puxava a marcação.

Foi dessa maneira que saiu o primeiro gol brasileiro na Copa. Após um cruzamento para a área, a defesa suíça cortou. Mas a bola procurou Philippe Coutinho. Da meia esquerda, cortou para o meio e bateu fortíssimo. Tirando a bola do desesperado goleiro Sommer. 1 a 0, aos 19 minutos. 

O Brasil continuou alternando o ritmo. Não partia para cima. Pelo contrário. Continuava tentando atrair os suíços. A aproveitando os espaços, Paulinho e Thiago Silva completando escanteio tiveram chance de ampliar. 

Mas a partida seguia equilibrada, com os suíços tocando perigosamente a bola na intermediária brasileira.

O segundo tempo começou da pior maneira possível. Com Casemiro tendo de fazer uma falta, em passe enfeitado demais de Willian. E o volante tomou merecido cartão amarelo, logo a um minuto.

Mas o pior viria aos quatro minutos. Em um escanteio, Zuber empurrou Miranda e cabeceou forte para as redes de Alisson. Jogada irregular, que o telão da Arena de Rostov repetiu, como não deveria por recomendação da Fifa, quando ha lances duvidosos. Os brasileiros ficaram revoltados, Insistiam que o árbitro mexicano César Ramos revisse a jogada no vídeo. Mas ele se recusou. 

1 a 1, com um gol irregular dos suíços.

O empate mexeu emocionalmente com o Brasil. Nervoso, o time caiu muito. Passou a errar passes. Neymar seguia claramente fora de jogo. Mas Tite não queria tirar o jogador. Queria dar confiança a ele. E foi pior para o time. Os suíços estavam ganhando o meio de campo, quando o treinador brasileiro colocou Fernandinho e Renato Augusto, no lugar de Casemiro e Paulinho. Sabia que precisava de uma marcação mais forte.

O Brasil passou a marcar melhor. E roubar a bola mas faltava o improviso, os dribles, a genialidade de Neymar. Não foi difícil para os suíços seguirem protegendo sua grande área. 

A Seleção seguiu nervosa. Forçando lances. Levantando a bola na área. Sem coordenação. Lenta, espaçada, sem triangulações. Tudo ao contrário do que vinha fazendo. 

O Brasil sentiu sua estreia na Copa.

E mereceu o sofrido empate.

Tite terá de repensar o que fazer...

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