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Pesos pesados do Brasil ficam com a prata e Riner conquista o hexa

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O Brasil conquistou duas medalhas de prata neste sábado no Mundial de Judô do Rio de Janeiro, com seus atletas da categoria peso pesado, Maria Suelen Altheman, no feminino, e Rafael Silva, no masculino.

O judô brasileiro encerra sua campanha com seis medalhas em provas individuais, seis delas conquistadas por mulheres. Além dos dois pesos pesados, Rafaela Silva levou o ouro na categoria até 57 kg, a prata com Érika Miranda (até 52 kg), enquanto Sarah Menezes (até 48 kg) e Mayra Aguiar (até 78 kg) ficaram com o bronze.

O grande nome do dia, porém, foi o francês Teddy Riner, algoz de Rafael Silva na final, que conseguiu a incrível façanha de conquistar seu sexto título seguido, justamente nas terras onde se sagrou campeão mundial pela primeira vez, em 2007.

'Baby' não conseguiu segurar o francês, que impôs seu ritmo e sua força desde o início do combate e aplicou uma imobilização para chegar ao ippon com dois minutos de combate.

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Neste ano, o 'gigante' de 2,04 e 131 kg teve vários problemas físicos, mas mesmo assim conseguiu voltar ao seu melhor nível para superar o brasileiro, que ocupa a liderança do ranking por ter tido mais resultados expressivos nos últimos meses.

"Esta medalha veio para mim mas quero dedicá-la à minha equipe médica, porque este ano foi muito difícil para mim, mas afinal de contas, me senti bem, tive ótimas sensações", explicou o francês, que depois da sua vitória fez questão de levantar o braço do brasileiro e pedir para o público aplaudi-lo.

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"Fiquei até com um pouco de pena de conquistar o título enquanto ele lutava em casa, mas o esporte é assim. Ele vai treinar mais se quiser a medalha de ouro e irá buscá-la. Mas não em 2016. Em 2016 o ouro é meu", sentenciou Riner, de 24 anos, que buscará o bicampeonato Olímpico no Rio.

"Entrei com a ideia de fazer o máximo que eu posso, de sair do tatame sem arrependimento, então fico muito triste e decepcionado com a derrota. É claro que foi um bom resultado para a minha carreira, mas é complicado perder uma luta em casa contra meu principal rival", lamentou o mato-grossense de 26 anos.

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"Riner inovou a maneira do peso pesado lutar, então este cara como rival me estimula, me ajuda a impulsionar o meu judô. Agora preciso trabalhar ainda mais para que meu judô possa evoluir e ser um Rafael totalmente diferente em 2016", completou.

A derrota de Maria Suelen teve caraterísticas semelhantes. A paulista de 25 anos também ocupa a liderança do ranking e como 'Baby' perdeu para a atual campeã olímpica, a cubana Idalys Ortiz, que tinha vencido os cinco duelos anteriores entre as duas judocas.

"Acho que ainda consigo derrotá-la. Desta vez, cometi um erro, andei para trás, acho que não deveria ter feito isso, mas na hora da luta, há muita adrenalina. Agora vamos analisar o vídeo e trabalhar para que isso não aconteça mais", comentou Maria Suelen, que ao sair do tatame ganhou um efusivo abraço da comissão técnica brasileira e um beijo do marido, o ex-judoca Carlos Honorato.

"A influência dele foi fundamental, já estamos juntos há sete anos, ele me conhece muito bem. Fiquei muito feliz por ele estar aqui, me sinto segura com ele. Ganhando ou perdendo, ele sempre está do meu lado", se emocionou a medalhista.

Mais cedo, Luciano Corrêa, campeão mundial da categoria até 100 kg no Rio em 2007, disse adeus ao sonho do bi em casa ao perder para o francês Cyrille Maret na sua segunda luta do dia.

"Campeonato do mundo é sempre diferente, há seis anos, disputei a competição aqui e deu certo, saí com a medalha de ouro. Voltar a lutar em casa foi muito bom, sentir a torcida empurrando a gente fez a diferença para todos os atletas", afirmou.

A categoria até 100 kg também contou com outro brasileiro, Renan Nunes, eliminado logo na estreia pelo alemão Dimitri Peters, que conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, e obteve uma medalha da mesma cor neste sábado no Maracanãzinho.

O Mundial termina neste domingo com a disputa por equipes, que começa a partir de 9h00, horário de Brasília.

lg/mvv

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