Um em cada quatro atletas do Brasil optou por não se vacinar contra a covid-19
Lisi Niesner/REUTERS - 27/07/2021O surfista brasileiro Gabriel Medina revelou que não se vacinou contra a covid-19 durante as Olimpíadas de Tóquio 2020, competição na qual o COI (Comitê Internacional Olímpico) assegurou doses dos imunizantes a todos os atletas, como parte do protocolo de segurança contra o novo coronavírus.
Durante live na plataforma Twitch, o surfista admitiu não ter se vacinado ao explicar que não poderia participar da etapa de Teahupoo, do Circuito Mundial de surfe, que acontece no dia 24 de agosto, logo depois da etapa do México, que começa no dia 10 do mesmo mês.
"Eu não vou para Teahupoo porque eu não tomei a vacina e aí tem que fazer 10 dias de quarentena. Não dá tempo de ir do México, que é uma seguida da outra. Vou ser obrigado a não ir. Sacanagem. Mas de boa", afirmou.
De acordo com o COB (Comitê Olímpico do Brasil), 75% dos atletas brasileiros em Tóquio 2020 optaram por se vacinar. Os que recusaram o imunizante não tiveram seus nomes ou motivos divulgados. A revelação de Medina, porém, o coloca neste grupo.
Ele terminou a competição em quarto lugar, depois de perder nas semifinais e na disputa do bronze olímpico.
Epidemiologistas alertam que a vacinação é, junto com medidas de isolamento social, a estratégia mais efetiva de controle da pandemia de covid-19. Os não vacinados correm muito mais risco de contrair e infectar os outros com a doença, e têm maior propensão a desenvolver quadros graves.