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'Agora eles conhecem minha cara', diz Alison, finalista no atletismo

Brasileiro avançou à final dos 400 m com barreiras, que acontece na madrugada desta terça, com o segundo melhor tempo geral

Olimpíadas|André Avelar, do R7, em Tóquio, no Japão

Alison dos Santos sofreu queimaduras quando era criança
Alison dos Santos sofreu queimaduras quando era criança Alison dos Santos sofreu queimaduras quando era criança

Quem é aquele menino com marcas de queimaduras e cicatrizes pelo corpo correndo com um sorriso no rosto na pista dos 400 metros com barreiras de Tóquio 2020? Prazer, Alison dos Santos, o Piu. De antes desconhecido, até mesmo por parte do grande público brasileiro, a respeitado e candidato à medalha nos Jogos Olímpicos.

Alison se classificou com o segundo melhor tempo da prova, apenas 0s01 atrás do norueguês Karstern Warholm, o primeiro colocado do ranking, enquanto ele próprio é o terceiro. Em altíssimo nível, e com a cabeça no lugar aos 21 anos, o atleta de São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, não esconde a felicidade da final olímpica e avisa que quer mais.

“Isso [do respeito ao uniforme brasileiro] está acontecendo neste ano porque competi realmente com todos os atletas que estão aí. Então, eu já conhecia a cara de todo mundo e eles agora conhecem a minha cara. A gente se respeita, se conversa, nos tornamos amigos fora das pistas. Essas cores do Brasil estão sendo respeitadas no mundo”, disse Alison, na área de entrevistas, feliz por ter se classificado à final em sua primeira edição dos Jogos.

O atleta, que foi vítima de um acidente doméstico quando ainda era criança, está em uma fase espetacular na carreira. Campeão pan-americano em Lima 2019, ele bateu o recorde continental cinco vezes só este ano. O tempo de 47s31 no Estádio Olímpico, uma volta na pista saltando as dez barreiras, o credencia como candidato a subir no pódio. O norte-americano Rai Benjamin, outro forte concorrente, foi o terceiro geral nas eliminatórias (47s37).

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Alison pode conquistar medalha que não vem para Brasil desde Seul 1988
Alison pode conquistar medalha que não vem para Brasil desde Seul 1988 Alison pode conquistar medalha que não vem para Brasil desde Seul 1988 (Wander Roberto/COB/Wander Roberto/COB)

Mas o jovem atleta não se preocupa com a grandeza do palco olímpico. Sabedor da importância do evento, ele diz que a melhor estratégia é conversar com os amigos e ouvir música para não deixar os nervos irem à flor da pele. Tem dado, e muito, certo.

“O Brasil pode esperar que essa vai ser uma das mais fortes dos Jogos Olímpicos. Não porque eu estou na prova, mas porque o nível está muito forte”.

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A final dos 400 metros com barreira acontece na madrugada desta segunda para terça-feira, à 0h20 (de Brasília). Desde Seul 1988, que o atletismo de pista do Brasil, descontados os saltos por exemplo, não conquista uma medalha invidivual. Naquela oportunidade, Joaquim Cruz (800 metros) e Robson Caetano (200 metros) ficaram respectivamente com a prata e o bronze.

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