Mayra Aguiar conquistou a quarta medalha do Brasil no Mundial de Judô do Rio de Janeiro ao faturar o bronze na categoria até 78 kg, nesta sexta-feira no Maracanãzinho, com uma vitória espetacular por ippon sobre a canadense Catherine Roberge.
Número um do mundo, a gaúcha de 22 anos já tinha levado a prata no último Mundial, em Paris-2011, e o bronze nos Jogos Olímpicos de Londres.
As outras três medalhas brasileiras também foram conquistadas por mulheres. Rafaela Silva ganhou o ouro na categoria até 57 kg, Érika Miranda a prata (até 52 kg) e Sarah Menezes o bronze (até 48 kg).
Mayra dominou totalmente sua luta contra a canadense, que levou três 'shidos' (penalidades) por falta de combatividade e acabou sendo derrubada com um golpe sensacional a um minuto do fim.
"Perder uma luta é muito difícil, e eu estava com muita vontade de ganhar, é complicado. Você tem que esquecer uma competição e entrar em outra competição, é exatamente isso, é uma nova chance que você ganha. Eu não podia deixar escapar essa medalha. O primeiro tiro foi dado, não deu certo, mas eu tinha mais uma munição pra não deixar a medalha escapar e esse foi certeiro", explicou a brasileira já com a medalha em volta do pescoço.
Mayra ainda mandou um recado para os torcedores que foram à loucura no Maracanãzinho quando ela acertou o ippon na canadense.
"Vou continuar trabalhando, confiante, Mundial tem todo ano e tenho certeza que ainda vou conquistar esse ouro. O foco agora são as Olimpíadas de 2016", disse a gaúcha, se referindo as Jogos do Rio de Janeiro.
O título da categoria ficou com a norte-coreana Hyong Sol, que derrotou na final a holandesa Marhinde Verkerk, algoz da brasileira nas quartas de final. O outro bronze foi para a francesa Audrey Tcheumeo.
Para chegar à disputa por medalha, a brasileira superou a ucraniana Viktoriia Turks na repescagem.
Contra Verkerk, Mayra foi vítima de uma chave de braço e se viu obrigada a bater.
Em sua estreia ela tinha derrotado por wazari a italiana Assunta Galeone, que já tinha levado três shidos (punições) por falta de combatividade.
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