Dana White mostrou rigidez com a polêmica do doping
Divulgação/UFCApós os casos de doping assombrarem o UFC recentemente, a franquia decidiu realizar uma coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira, em Las Vegas (EUA), para debater e anunciar novas providências para combater o assunto. O evento contou com a presença do presidente Dana White e um dos donos da franquia Lorenzo Fertitta, que adiantaram que daqui em diante pagarão por todo teste feito em seus atletas e que estão aderindo aos testes "em" ou "fora de competição" em todos os lutadores de seu plantel, além de seguirem os códigos da WADA (Agência Mundial de Combate ao Doping).
Os exames (de urina e sangue) fora de competição em lutadores envolvidos em disputa de cinturão ou lutas principais começam a valer a partir de julho.
Outra medida que o UFC vai aderir daqui para frente é a que pretende punir de forma mais severa lutadores flagrados no antidoping, investindo milhões de dólares nesse combate e também com uma verificação dupla de doping para eventos com disputa de título. Ou seja, não vai aliviar mais casos de testes positivos na organização, principalmente com casos envolvendo esteroides, com o risco dos lutadores flagrados pegarem até quatro anos de punição.
— Essas punições atuais não são o suficiente para deterem as pessoas de usarem drogas que melhoram a performance. Dessa maneira, precisamos de penas mais duras, que vão de dois a quatro anos a quem for pego - garantiu um dos donos do Ultimate Lorenzo Fertitta.
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Fertitta comentou sobre os exames antidoping aleatórios e a necessidade da organização ter mais testes como esses para os atletas que estão trapaceando. O dono do Ultimate, apesar de estar desapontado com os exames positivos, também comemorou o fato destes lutadores serem flagrados. Além disso, o chefão pediu para que todas as comissões do mundo testem os competidores.
— Os flagras nos testes antidoping nos desapontam, mas eles pegam quem trapaceia. Isso nos força a elevar a política sobre o assunto. Nós falamos no passado que íamos pegar atletas que estivessem sob uso de esteroides e estamos fazendo exatamente isso. Nós reconhecemos que precisamos de mais testes fora de competição, e não apenas logo antes e depois das lutas - afirmou Lorenzo.
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Lorenzo e Dana citaram que de 2013 para 2014, dos 900 atletas do plantel da organização, apenas 10 foram flagrados com drogas recreativas (maconha, cocaína...) no organismo, e 12 foram flagrados com esteroides (que melhoram performance atlética), cerca de 1.1% e 1.3% de todos os testes antidoping.
Os executivos do Ultimate também falaram que vão pedir às comissões brasileiras para aderirem ao mesmo procedimento, em eventos realizados no Brasil. É mais uma forma de fechar o cerco contra os atletas que usam substâncias ilegais.