O técnico Edgardo Bauza vai repetir a estratégia de poupar os principais jogadores para o confronto com o Atlético Nacional. Horas depois da partida no Morumbi com o América-MG, o elenco embarca em voo fretado para Medellín para a difícil missão de reverter a derrota por 2 a 0 na última quarta.
A ordem no elenco é de buscar um resultado positivo contra o lanterna para auxiliar no ânimo do clube. "Uma vitória ajudaria bastante. Se vencermos bem, traz moral e confiança para a sequência, mesmo sendo competições diferentes", disse o atacante Alan Kardec.
Somente três jogadores titulares na derrota de quarta-feira devem começar a partida com o América-MG: o goleiro Denis, o volante Wesley e mais o zagueiro Maicon, fora do próximo jogo na Libertadores para cumprir suspensão depois de ter sido expulso contra o Nacional.
O cartão vermelho fez o defensor pedir desculpas para a torcida. Como está fora do jogo em Medellín, ele terá a chance de se redimir neste domingo.
A escolha do técnico argentino por poupar os principais jogadores abre chances para dois estrangeiros. O peruano Cueva, fora da Libertadores por já ter atuado pelo Toluca, será titular junto com o argentino Centurión, que cumpria suspensão no torneio continental por cuspir em um adversário. O volante Hudson volta a ser titular após um mês e meio. O jogador teve estiramento na coxa esquerda.
"Precisamos recuperar a confiança e os pontos que nós perdemos nos últimos jogos. É a hora de reagir antes de viajar para a Colômbia", disse o zagueiro Rodrigo Caio.
A partida antecede uma sequência difícil para o São Paulo. Ao voltar de Medellín, o time vai enfrentar o Corinthians como visitante no clássico no Itaquerão. Depois, o compromisso será em Porto Alegre, contra o Grêmio.
Ainda sem ter conseguido duas vitórias seguidas, a confiança do São Paulo em conquistar um bom resultado esbarra no momento ruim. Apesar de enfrentar o lanterna do Brasileiro e que vem de quatro de derrotas consecutivas, pesa a baixa produtividade ofensiva. O São Paulo anotou apenas 12 gols em 13 rodadas. O ataque é o segundo pior da competição, atrás somente do próprio América-MG.
Outro fator negativo para o São Paulo é a relação com a torcida. O tumulto ao fim da partida de quarta-feira, com briga por mais de 30 minutos entre membros de uma organizada e policiais militares, deixou três feridos, levou dez a serem detidos e assustou parte do público que foi ao Morumbi.
A confusão levou a diretoria a anunciar na sexta-feira o rompimento com as facções. A expectativa para este domingo é saber qual será a comportamento das organizadas após a decisão do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.