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Indefinição tira Maracanã do último jogo da seleção pelas Eliminatórias da Copa

Brasil não joga no Maraca com elenco principal há quatro anos

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Cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio em 2016
Cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio em 2016 Cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio em 2016

Mais famoso estádio do País e considerado a casa da seleção brasileira desde a sua inauguração, em 1950, o Maracanã, no Rio, ficará pela segunda vez na história sem sediar um único jogo do Brasil em Eliminatórias da Copa do Mundo. Nesta quarta-feira, a CBF confirmou que a última partida pela fase classificatória ao Mundial da Rússia será disputada no estádio Allianz Parque, em São Paulo, em outubro. No mês que vem, o Brasil recebe o Equador na Arena Grêmio, em Porto Alegre.

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A última vez que a seleção principal jogou no Maracanã foi há mais de quatro anos, em 30 de junho de 2013, quando derrotou a Espanha por 3 a 0 na final da Copa das Confederações. No ano passado, o Brasil fez a final dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 no estádio carioca, mas a competição foi disputada basicamente por atletas com até 23 anos.

Desde 1950, em apenas duas oportunidades o Maracanã ficou tanto tempo sem sediar jogos do Brasil. O maior intervalo durou sete anos, entre 2000 e 2007, sendo que nos dois últimos o estádio esteve fechado para obras. A arena também não sediou nenhuma partida do Brasil entre 1993 e 1998. No período, a seleção não disputou as Eliminatórias por ter sido campeã da Copa do Mundo de 1994.

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O anúncio do estádio do Palmeiras para a partida diante do Chile surpreendeu porque jogar no Maracanã sempre foi um desejo do técnico Tite. Além disso, a arena carioca era a opção natural para o último jogo do Brasil nas Eliminatórias para a Copa da Rússia - a seleção terá rodado oito capitais nesta fase de classificação antes de fazer o seu último jogo em casa.

Classificação e jogos

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Para completar, a própria CBF tinha interesse em fazer a despedida da equipe no Maracanã. A ideia era fazer uma grande festa de encerramento.

Um velho problema do novo Maracanã, porém, impediu o acerto: a indefinição sobre quem manda no estádio. A gestão da arena só está sob responsabilidade do Consórcio Maracanã, controlado pela Odebrecht, por força de decisão judicial. Isso porque a concessionária tenta desde o fim de 2015 devolver a administração ao Estado do Rio de Janeiro. Este, por sua vez, promete lançar um novo edital de concessão desde o início do ano. Enquanto isso, o consórcio trabalha com equipe reduzida, o que se reflete na tomada de decisões e até mesmo em questões de manutenção do estádio. E isso irritou a CBF.

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O Estado apurou que a entidade tentou por várias semanas confirmar o Maracanã como palco da partida contra o Chile, mas esbarrou em um jogo de empurra. "Está uma bagunça. Se aparece um problema, não existe uma instância a quem recorrer", afirmou uma fonte.

Alugar o estádio é caro, mas o preço não era uma preocupação da entidade. A CBF costuma repassar cerca de 7% da renda dos jogos no Brasil ao dono da arena. Considerando a bilheteria dos dois últimos jogos da seleção em casa pelas Eliminatórias, um Maracanã lotado renderia pelo menos R$ 800 mil à concessionária. O problema é que o Rio de Janeiro está em gravíssima crise financeira e não havia como garantir casa cheia.

Houve também o receio com a qualidade do gramado. Na avaliação da CBF, não havia como assegurar que o campo estaria em plenas condições, uma vez que o Maracanã não tem uma agenda definida de jogos.

Sem encontrar quem desse garantias até o fim de semana passado, outro problema surgiu: prazo. A CBF precisava encaminhar à Fifa a escolha do local do jogo esta semana. Uma das alternativas seria indicar o Engenhão, mas o fracasso de público no jogo beneficente contra a Colômbia, no início do ano, quando menos de 19 mil pessoas pagaram ingresso, afastou qualquer chance.

A reportagem do Estado procurou a Concessionária Maracanã, mas não houve retorno até o encerramento desta edição.

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