A Stab, revista norte-americana especializada em surfe, publicou
um artigo em que compara o possível título mundial de Gabriel Medina à eleição
de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. A relação entre os
acontecimentos é estabelecida a partir de uma pergunta: o surfe está pronto
para ter um brasileiro como campeão mundial?
A partir desse questionamento, Tom Freed, jornalista que
assina o artigo, relembra a eleição de Obama. À época, alguns norte-americanos
tinham dúvidas se um representante da minoria — negros — estaria preparado para
assumir o controle do país
reprodução / instagram
A publicação cita a hegemonia de australianos, havaianos e
americanos no esporte. O título mundial de Medina seria o primeiro do Brasil no
surfe e causaria um efeito comparável ao de Obama na presidência, já que os
brasileiros não possuem um histórico tão vitorioso na modalidade
reprodução / instagram
A Stab ainda alega haver uma espécie de preconceito contra
os atletas brasileiros e relembra os comentários sobre a habilidade de Miguel
Pupo, outro surfista do nosso País, no mar: “Se lembra quando os comentaristas
elogiavam o estilo de Miguel Pupo? Era fácil notar nas entrelinhas que Miguel
tinha um grande estilo... para um brasileiro.”
Reprodução/Instagram
O grande questionamento da publicação é mesmo se os
americanos estão prontos para verem um brasileiro segurar o título de campeão
mundial. O autor alega que as mudanças acontecem e temos que nos adaptar a elas,
e que, hoje em dia, não são mais “o fim do mundo”
Reprodução/site ASP
Tom Freed argumenta que se os americanos não estão prontos,
é porque não estão produzindo talentos que possam segurar Medina. O reinado de
Kelly Slater — 11 vezes campeão mundial — não durará para sempre e, no ranking
do WQS (divisão de acesso à elite do esporte), é possível notar a ascensão de
atletas brasileiros na modalidade: “É só olharmos o ranking do WQS: sussurros
da América e estrondosa Bossa Nova do Brasil”
Reprodução/Instagram
A publicação é concluída com as palavras do próprio Slater
sobre o assunto: “É melhor o mundo se preparar, pois há alguém (Medina) no
banco do motorista”
Reprodução/Instagram
A maior lenda da história do surfe já exaltou, em uma
publicação no Instagram, o grande talento de Medina: “Ele é o cara mais perigoso no mundo do surfe.
Por quê? Ele é capaz e ganha em ondas onde ele não tem muita experiência e as
pessoas não sabem o que esperar dele. Ele é mais determinado e tem mais fome de
vitórias do que qualquer outro surfista. Ele é completo.”
Kirstin/ASP
Com 56.550 pontos, Medina é o atual líder do Circuito Mundial.
Na segunda colocação, com 50.050 pontos, aparece Kelly Slater, seguido do australiano
Mick Fanning, com 43.600, em terceiro lugar