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'Esta é, provavelmente, a minha última temporada', diz líbero Murilo

Aos 41 anos, multicampeão de vôlei ainda quer se despedir das quadras como ponta, posição em que se consagrou na carreira

Mais Esportes|André Avelar, do R7

Murilo sofreu com sucessivas lesões enquanto ponta da seleção brasileira e do Sesi-SP
Murilo sofreu com sucessivas lesões enquanto ponta da seleção brasileira e do Sesi-SP Murilo sofreu com sucessivas lesões enquanto ponta da seleção brasileira e do Sesi-SP

Ao todo, lá se vão mais de três anos jogando como líbero do Sesi-SP. Mesmo assim, a cada bola levantada perto da rede, os pés daquele que deveria só defender fazem menção de atacar. Aos 41 anos, Murilo Endres, que por inúmeras vezes foi eleito o melhor ponteiro de um torneio, curte o que classifica como os seus prováveis últimos momentos em quadra.

O R7 conversou com o camisa 8 — dono de duas pratas em Olimpíadas, dois ouros e uma prata em Mundiais, seis ouros e uma prata na Liga Mundial e tantos outros títulos pela seleção brasileira — depois da vitória do Sesi sobre o Vôlei Futuro Araçatuba (3 sets a 0, pela sexta rodada do Paulista). De trás da quadra, colado às placas de publicidade, se protegendo de boladas, foi possível observar com clareza cada movimento do experiente gigante de 1,92 metro.

“Já olho para o fim da minha carreira, sim. Tenho consciência de que esse momento está chegando. Esta é, provavelmente, a minha última temporada e, até por isso, nos últimos tempos, estava jogando na ponta, para me despedir jogando na ponta, mas aí veio a lesão do nosso líbero, o [Douglas] Pureza, e voltei para essa função”, revelou Murilo.

Murilo sofreu com sucessivas lesões em um curto espaço de tempo até 2016: virilha, cotovelo e, sobretudo, o ombro direito foram os mais impactados por uma vida de saltos, cortadas e aterrissagem. Tanto que, em 2017, cortado da seleção brasileira e vendo o seu clube à procura de um substituto para Sérgio Escadinha, topou o desafio de trocar de posição, o que foi constante até a temporada 2020.

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(Murilo Endres)

Como líbero, posição em que o jogador não pode atacar nem mesmo sacar, Murilo conseguiu continuar a carreira por mais tempo em alto nível. Foi preciso se reinventar, e deu certo. Só não imaginava que essa espécie de "cabeceio para o gol", como não raro técnicos de futebol são flagrados pelas câmeras, chamaria tanta atenção.

“É mais um gesto de técnico de atacar. O corpo se prepara para atacar. Não tem jeito”, riu Murilo. “Foram muitos anos na ponta; então, a cada bola que passa por ali fico querendo atacar. É mais algo instintivo do que voluntário”, disse o atleta, que vestia uniforme igual ao dos alunos da rede, como parte das ações do programa Atletas do Futuro.

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Murilo, que estava com uniforme igual aos de alunos da rede, foi cercado por crianças
Murilo, que estava com uniforme igual aos de alunos da rede, foi cercado por crianças Murilo, que estava com uniforme igual aos de alunos da rede, foi cercado por crianças

Depois da entrevista, Murilo foi rapidamente cercado por muitas das mil crianças que estavam presentes no ginásio da Vila Leopoldina, em busca de um autógrafo do ídolo, antes que ele realmente deixe as quadras. Neste ano, o atleta completa 13 temporadas na equipe.

Ainda sem Murilo na ponta, mas como líbero, já que Pureza passou por uma cirurgia no tornozelo direito e deve ficar pelo menos mais três meses afastado, o time do técnico Anderson Rodrigues enfrentará o Cimed Atibaia na sexta (16), fora de casa, pela sétima rodada do estadual.

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