Em outubro, a organização não governamental Human Rights Watch lançou uma campanha mundial cobrando que o Irã pare de proibir as mulheres de assistirem a jogos de vôlei e adote medidas para promover a igualdade de gêneros.
"Desde 2012, o governo iraniano proíbe mulheres e meninas de frequentarem torneios de voleibol, chegando ao ponto de prender mulheres por tentarem entrar nos estádios", disse Minky Worden, diretora de iniciativas globais da Human Rights Watch.
A cobrança, claro, também chegou à Federação Internacional de Vôlei (FIVB). "Está na hora da FIVB agir para acabar com essa discriminação gritante, que viola suas próprias regras e envergonha o esporte", cobrou Worden à época.
A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) garantiu à Human Rights Watch que asseguraria a entrada de mulheres no torneio organizado por ela. A entidade, entretanto, tem feito cobranças em suas redes sociais para que a promessa seja cumpria, usando a hashtag #Watch4Women.
O torneio já teve jogos nesta segunda-feira, mas apenas pelo qualifying, fase classificatória. A chave principal, que trai mais público, começa na terça-feira, sem a presença de brasileiros - a exceção é Jefferson, que defende o Catar.
O vôlei é especialmente importante na luta contra a descriminação contra mulheres no Irã porque é esta a modalidade coletiva mais popular no país. No ano passado, a seleção masculina de vôlei de quadra chegou à semifinal da Liga Mundial.