Junior Cigano vem se recuperando de lesão na mão
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O retorno mais esperado no MMA é visto com muito otimismo pelo lutador Junior Cigano. Parceiro de treinos de longa data de Anderson Silva, o peso-pesado já prevê o caminho a ser traçado pelo amigo no seu duelo contra Nick Diaz, que ocorrerá no dia 31 de janeiro de 2015, no UFC 183, em Las Vegas (EUA).
Em conversa com a reportagem do R7, o catarinense radicado na Bahia considerou Nick Diaz como o adversário perfeito para Spider, dizendo que a lentidão do americano poderá abrir espaço para o bote do brasileiro. No entanto, alertou para Anderson não perder a atenção e cair diante do ímpeto do adversário.
— Ele [Nick Diaz] é o adversário perfeito. O Anderson é um talento e o Nick é aquele cara que vai pra frente, que não desiste nunca, mas é lento. Não tem uma velocidade que faça diferença na hora da luta, ao contrário do Anderson. Acho que isso vai ser um grande benefício ali. O Anderson vai poder ver tudo com muita calma e poder aplicar tudo que ele quiser. Mas por outro lado, ele não pode bobear, porque o Nick vai pra frente, e se encontrar alguma deficiência no jogo do Anderson, vai aproveitar.
E para aqueles que pensam que essa poderá ser uma das últimas lutas do maior vencedor da história do Ultimate, Cigano foi na contramão e ponderou que Spider poderá atingir a marca da lenda Randy Couture — que lutou até os 47 anos —, e lutar por mais uns oito ou nove anos.
— Acho que o Anderson vai lutar muito ainda. Ele pode fazer que nem o Randy Couture, que lutou até os 47 anos. Espero que assim seja, pois sou um grande fã. Se ele puder mostrar toda sua habilidade para os fãs, e principalmente para nós atletas, para aprendermos com sua ousadia dentro do octógono, seria ótimo.
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Afastado do octógono desde sua derrota para Cain Velasquez, em outubro do ano passado, o brasileiro vem se recuperando de uma lesão na mão, que o tirou da luta principal do UFC São Paulo contra Stipe Miocic, realizado no último em maio deste ano. Cigano disse que está liberado para treinar, mas faltam algumas etapas antes de poder atuar no evento.
— A mão já está boa e o médico liberou para treinamento. Agora está sendo uma readaptação aos treinos, “acordando” os músculos (risos). Quando para, a gente descobre que tem mais lesão do que imaginava. Estava sentindo algumas dores no joelho, mas agora já está tudo indo bem. Os treinos ainda estão bem fracos, mas estou me sentido bem e logo menos a gente retorna.
Fortes rumores dão conta de que o brasileiro deverá retornar para fazer um acerto de contas com o americano de origem croata Stipe Miocic. Mesmo sem saber se esse será o seu duelo, o peso-pesado vê a ideia com bons olhos.
— Me interessa. Ele é um peso-pesado que está em evidência. Nós deveríamos nos enfrentar [em maio]. Eu estava estudando ele e ele me estudando. Seria uma boa oportunidade para o meu retorno. Acho que novembro ficaria melhor para mim. Depois que eu pegar o ritmo de treinos, vou precisar de uns dois meses e meio para me preparar para uma luta.
E sobre o futuro campeão da categoria, que será decidido no UFC 180, dia 15 de novembro, entre o americano com ascendência mexicana Cain Velasquez e o brasileiro Fabrício Werdum, Junior Cigano vê boas chances do País recuperar o cinturão dos pesados — que lhe pertencia antes de perder para Velasquez —, mas ainda vê o antigo algoz como o franco favorito.
— Acho que dá. Eu nunca tinha visto o Werdum lutar tão bem como em sua última luta, que foi contra o Travis Browne, e por isso eu acho que ele tem chances. É claro que o Velasquez é favorito, não só pela habilidade, mas também como o gás e a resistência que ele tem. É impressionante o que ele consegue fazer, como um peso-pesado. Acho que ele vai usar isso para vencer o Werdum.