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Brasileiros boicotam evento-teste da canoagem em protesto contra confederação

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(Reuters) - Quatro dos principais atletas de canoagem do Brasil decidiram boicotar nesta sexta-feira o Desafio Internacional de Canoagem de Velocidade, evento-teste para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, alegando atrasos em pagamentos e problemas com a hospedagem para o torneio.

Os atletas afirmam não estar recebendo da Confederação Brasileira de Canoagem o repasse de recursos oriundos de apoiadores e patrocinadores, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Eles reclamam também dos alojamentos colocados à disposição da equipe brasileira para o evento.

Um dos atletas que se rebelaram foi o canoísta Isaquias Queiroz, considerado um dos atletas com potencial de conquistar medalha nos Jogos Olímpicos. Ele e Erlon de Souza ganharam recentemente o título mundial em Milão na classe C2 1000 metros. Os outros dois atletas são Romilson Oliveira e Nivalter Santos, que ganharam medalhas nos Jogos Pan-Americano de Toronto, no Canadá, em julho.

“Nós estamos há oito meses sem receber da nossa confederação e nem por isso deixamos de treinar e competir”, disse a jornalistas o campeão mundial Isaquias Queiroz. “Essa é uma forma de chamar a atenção e protestar. Não pensamos só em dinheiro, temos família. É muito bonito a confederação estampar o nome dela nas nossas conquistas, mas, por trás disso, há um monte de problema”, acrescentou.

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O presidente da confederação, João Tomasini, negou o atraso no repasse de recursos e garantiu que os atletas estão sendo cobertos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) até que problemas burocráticos sejam superados na questão dos recursos de patrocinadores.

Segundo Tomasini, o repasse da verba por parte da confederação será regularizado em breve. “Eles não deixaram de ser assistidos em nenhum momento. Quando o problema apareceu, contactamos o COB que fez o repasse desses oito meses (de janeiro a agosto)”, disse o dirigente a jornalistas. “O dinheiro do BNDES já está na conta e à disposição a partir desse mês de setembro”, acrescentou.

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Tomasini descartou punir os atletas devido ao boicote. "Não vamos falar em punição. O Isaquias tem chances de medalha no ano que vem”, disse. “Para mim, eles tomaram um atitude no mínimo estranha, vamos conversar e chegar a um consenso".

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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