Renato Matos mostra respeito ao ídolo Adilson Maguila
Fernando Tucori/R7Renato Matos é boxeador há mais de 20 anos e conseguiu transformar o que antes era um simples hobby em profissão. Tudo graças ao projeto social Amanhã Melhor, que pertence a Associação Filantrópica de Jovens e Apoio à Família Adilson Maguila, criado pelo próprio Maguila e por sua mulher, Irani Pinheiro.
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"Esse projeto veio como a realização de um sonho. Eu sempre batalhei para ser profissional do boxe e hoje posso dizer que vivo da modalidade que amo. Foi graças a Irani que eu tive a chance de ser um atleta reconhecido. Ela é como uma mãe para mim".
Irani e Maguila abriram a ONG em 2003. Antes em Itaquaquecetuba, a organização foi transferida para Osasco a pedido da prefeitura da cidade, que realizou uma parceria com o projeto. Renato, aliás, conheceu a Associação quando ela começou e chegou a treinar com o ídolo e ex-campeão mundial de boxe.
"Surgi no boxe há muito tempo. Faz 20 anos. Eu treinava em uma academia no centro de Osasco e nessa época o Maguila abriu um projeto social na cidade", lembrou.
Segundo Renato, ele não ficou na ONG e voltou a treinar em outra academia particular. Em evolução no esporte, o pugilista sentiu a necessidade de alçar voos mais altos e foi em uma situação inusitada que o jogou virou para ele.
"Um tempo depois eu voltei com meu filho que ia lutar hapkidô no projeto, perguntei se o espaço ainda era dele e disseram que sim, porém que estava afastado. A partir daí eu fui atrás da doutora Irani, que abriu as portas para mim. Hoje dou aula no projeto".
Com a vinda de Renato, o Projeto Amanhã Melhor tomou forma. Além de professor, o boxeador também é atleta profissional, agenciado por Irani, que já foi empresária de Maguila. No dia 1º de setembro ele fará mais uma luta em sua carreira.
O pugilista lamentou a ausência de mais projetos similares e apontou essa carência como fator principal para a dificuldade do nascimento de novos campeões olímpicos. Apesar disso, Renato revelou que a arte marcial ensina e forma cidadãos melhores.
"A primeira coisa que reparamos é a disciplina. O aluno quando começa alguma arte marcial fica mais disciplinado. Vejo alunos meus na rua falando com gíria, mas no treinamento não tem mesma atitude. Eles ficam muito mais organizados".
*Leonardo Vallejo, estagiário do R7