Uma coletiva de imprensa antes de um jogo importante tem quase sempre o mesmo roteiro: o discurso se baseia na estratégia da equipe, busca pela vitória e dedicação total em campo. Mas, nesta terça-feira, Wagner foi além. Antes da viagem para o confronto decisivo contra o Cruzeiro na Libertadores, o meia de 33 anos abriu o jogo sobre diversos assuntos extra-campo com aspas fortes. O LANCE! mostra os principais trechos da entrevista em São Januário.
- Estou vivendo um período novo e bacana. Meu filho já está aprendendo de posicionamento, de futebol e conversa comigo depois dos jogos, fala: 'Papai, você fez isso, fez aquilo'. É legal, um suporte muito importante. A gente dedica a maior parte da carreira pra família aqui no clube. Temos pouco tempo com a família, e são eles que dão aquela palavra amiga depois de uma derrota, uma energia, um algo a mais. Depois que casei e tive filhos, dei um upgrade muito bom. Tem jogador começando, como Paulinho, que ainda aproveita a mãe. A família é o pilar para o jogador evoluir na carreira - afirma Wagner.
A maturidade adquirida com o tempo influencia no futebol e no grupo do Vasco. Inclusive, Wagner tem se tornado um dos líderes do jovem elenco. Em conversas com o amigo Paulão, mudou a forma de analisar o próprio rendimento. O meia ainda enche a bola do zagueiro, muito criticado pela torcida ultimamente, e disse que estará 'com ele até a morte'.
- Paulão tem a cabeça muito boa, um cara confiante, do bem, profissional trabalhador. O temos como um dos pilares do grupo. É o jogador que mais salta, mais marca, mais faz cobertura. Outro dia vi uma entrevista do Edmundo, que ficou muito marcado por erros porque se arriscava muito. O Paulão se arrisca, não se esconde. Errou e não abaixa a cabeça. Levanta e vai pra próxima, mesmo com críticas. O grande jogador se demonstra nos momentos difíceis. Quando é campeão, é fácil, qualquer um faz graça. Ele errou na final, levantou a cabeça, fez desarmes, teve uma concentração absurda e conseguiu transmitir pra gente dentro do campo. Eu vou com ele até a morte. Não tem brincadeira, é contagiante. Tenho na minha cabeça que domingo vamos ser campeões e ele vai fazer o gol da vitória.
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