E o raio caiu duas vezes no mesmo time. Com a vitória nas mãos diante de sua torcida, o Vasco viu a vitória escapar aos 50 minutos do segundo tempo contra o Atlético-PR em São Januário. Thiago Galhardo abriu o placar de pênalti na etapa final e Léo Pereira calou os 20 mil presentes no último lance da partida.
FALTA PERNA
Um dos principais problemas do Vasco na temporada não pode ser resolvido pelo treinador, que muitas vezes vira refém: a preparação física. Além de jogadores importantes como Breno e Werley no departamento médico, o técnico perdeu Luiz Gustavo horas antes da bola rolar. Para piorar, Ramon e Rildo se machucaram ainda no primeiro tempo e precisaram ser substituídos - provavelmente o fim da linha para o lateral neste ano. No fim, Thiago Galhardo não se aguentava mais em campo e pediu para sair, mas precisou ficar no sacrifício pois Kelvin também perdeu o gás.
SEGUE O TABU
O Vasco só venceu neste Brasileirão atuando no Rio de Janeiro. E o Atlético-PR não ganhou partida alguma longe da Arena. Desta vez, o Furacão dominou a partida no primeiro tempo, teve boas chances e gostou do jogo. Pablo chegou a acertar a trave quando estava zero a zero e o futebol refinado dos visitantes parecia prevalecer. Embalado pela torcida, o time de Valentim sofreu pênalti em bola na área e Thiago Galhardo converteu. A pressão do adversário foi até os últimos segundos de jogo e... funcionou. Empate frustrante para os vascaínos, mas justo pelo que apresentaram em campo.
PRESSÃO SUBIU!
O jogo era fundamental para o Vasco se livrar dos perigos da zona de rebaixamento. Sem a vitória, o fantasma da degola fica cada vez mais próximo. A Chapecoense pode ultrapassar o Cruz-Maltino nesta quinta-feira, caso vença o Botafogo em Chapecó. Os próximos quatro jogos são contra Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Ceará, concorrente direto. Reta final promete.
VAIAS E PROTESTOS
Do céu ao inferno em poucos segundos. A torcida já soltava o grito de comemoração quando Léo Pereira empatou o jogo e fechou o tempo. Valentim, Campello e elenco foram xingados aos gritos de 'sem vergonha'. Ainda sem a definição da permanência na primeira divisão, a maioria não sabe se continuará no clube em 2019. Os próximos 20 dias podem definir toda a temporada seguinte.