A vida de Gum nos últimos tempos não vinha sendo fácil, mas na última quinta-feira ele passou de quase dispensado do clube a herói da classificação do Fluminense para a final da Taça Rio. O zagueiro saiu do gramado do Estádio Nilton Santos aos gritos de "Gum Guerreiro", retomando seu prestígio com o torcedor.
Gum festeja fase artilheira no Flu e rebate críticas contra time
Jogador mais antigo do elenco atual e com mais partidas disputadas (367), Gum passou o ano de 2017 quase todo sentado no banco de reservas. Ele voltou a figurar a equipe titular apenas em outubro, depois de uma lesão de Henrique, e fez cinco jogos na temporada, começando três deles. Por esse motivo e por um desgaste com a torcida, o camisa 3 quase acabou saindo do clube, onde está desde 2009.
Neste ano, a figura mudou. Dos 16 jogos oficiais do Flu na temporada, Gum foi titular em 13 e jogou durante os 90 minutos. Apesar de algumas atuações sem tanto brilho, mostra regularidade e muito mais segurança ao lado de Renato Chaves e Ibañez. Aos 32 anos e com espírito de liderança, ele ainda tem a missão de guiar um elenco jovem e inexperiente.
Seu gol contra o Flamengo no Estádio Nilton Santos marcou não só uma certa tranquilidade para o Flu no confronto, mas também um sentimento de alívio para o zagueiro. Ele comemorou o feito contra 'o maior rival' e já está na expectativa para balançar a rede novamente.
- O dia seguinte a uma classificação é importante, de prazer e alegria. Quando você perde, chega cansado, parece que não valeu de nada a luta, mas quando ganha parece que o trabalho foi recompensado. Eu já tinha feito gol no Flamengo, mas de pênalti, não com a bola rolando. Lembro de alguns lances que a bola passava perto, eu sempre falava "rapaz, esse gol não sai". Fazer gol contra o maior rival é importante. Voltei a jogar, ajudar a equipe. Não tinha momento melhor para sair o gol. Estou muito feliz. Que saiam muitos - disse.