A situação em torno de Rogério Caboclo teve novos desdobramentos. De acordo com a "Folha de S. Paulo", o presidente afastado da CBF enviou uma petição à Comissão de Ética da entidade na qual solicita a anulação de sua suspensão e também que ele seja reconduzido ao cargo.
Seu afastamento por 30 dias aconteceu no dia 6 de junho, motivada por denúncias de assédio moral e sexual conta uma funcionária da CBF. No pedido, que foi enviado na última sexta-feira, Caboclo alega que não há previsão legal no estatuto nem no código de ética para sua suspensão.
Seus advogados compararam estatutos da Fifa e da Conmebol que preveem explicitamente suspensão para envolvidos em processos ético-disciplinares. Enquanto isto, os regulamentos da CBF são omissos. Os dispositivos do estatuto citados na decisão não se refeririam a prerrogativas da comissão de ética, mas de outras instâncias da entidade máxima do futebol nacional.
Advogados do cartola consideram seu afastamento necessário uma vez que a "denunciante já apresentou provas e prestou depoimento, tendo sido também realizada a oitiva de diversas testemunhas".
Nova denúncia
Afastado provisoriamente do comando da CBF desde o dia 6 de junho por decisão do Comitê de Ética da CBF, após ser denunciado por assédios moral e sexual por uma funcionária, Rogério Caboclo teve nova acusação protocolada contra ele no mesmo órgão. Dessa vez, o diretor de TI (Tecnologia da Informação) da CBF, Fernando França, acusa Caboclo de assédio moral.
A acusação pode complicar ainda mais a situação do presidente afastado. O Comitê de Ética da entidade tem até o dia 6 de julho para se manifestar sobre o afastamento temporário — o órgão pode prorrogar a suspensão por mais 30 dias ou recomendar o afastamento definitivo do cartola. Nesse caso, seria necessária a convocação de uma assembleia com os 27 presidentes das federações estaduais para votar pela destituição definitiva do dirigente.
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