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'Efeito Endrick'? Venda de joia do Palmeiras ao Real Madrid escancara ação recorrente em clubes brasileiros

A grande promessa do Palmeiras foi vendida ao Real Madrid por um valor que pode chegar até 72 milhões de euros (cerca de R$ 404 milhões...

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Nesta quinta-feira (15), o Palmeiras acertou a venda de Endrick por 60 milhões de euros ( cerca de 340 milhões de reais pela cotação atual) ao Real Madrid - sendo esta a segunda maior transação da história do futebol brasileiro.

No entanto, este valor pode chegar até 72 milhões de euros (cerca de 404 milhões de reais na cotação atual), uma vez que o clube espanhol arcará com o pagamento dos impostos cobrados pela Receita da Espanha. O atacante, de 16 anos, foi negociado tendo jogado apenas sete partidas oficiais, dado que só ilustra a tendência das equipes do exterior em contratar jogadores cada vez mais jovens.

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O Atlético-MG, por exemplo, acertou a venda de Savinho, de 17 anos, cria da base, por 6 milhões de euros (R$ 36,5 milhões) ao Grupo City. No Palmeiras também, algo parecido aconteceu com Gabriel Verón. Aos 19 anos, foi negociado ao Porto, aos 19 anos, por R$ 57 milhões e antes de disputar 100 partidas pelo profissional.

Nos últimos anos, um dos casos que mais chamou atenção foi o de Vinícius Júnior. Considerado hoje o jogador mais valioso do mundo, segundo o CIES Football Observatory, o atacante revelado pelo Flamengo também foi vendido ao Real Madrid em 2017, antes mesmo de completar 18 anos, por R$ 165 milhões. No ano seguinte, Rodrygo, do Santos, seguiu o mesmo caminho e também se transferiu ao clube merengue seis meses após atingir a maioridade.

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Segundo o relatório mais recente do Cies (Centro Internacional de Estudos do Esporte), divulgado em maio deste ano, o Brasil é o maior exportador de jogadores de futebol. Diante dessa vitrine mundial, os clubes brasileiros, sobretudo nos momentos de dificuldades financeiras, enxergam nos talentos da base uma oportunidade de arrecadação.

Para Júnior Chávare, dirigente de futebol com experiência em captação e formação de jogadores em clubes como São Paulo, Grêmio e Atlético Mineiro, e que hoje é executivo de futebol do Juventude, o mundo ideal é que esse atleta, antes de ser vendido para fora, possa ajudar o time dentro de campo e proporcione, além de dinheiro aos cofres da agremiação, um retorno técnico.

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- É preciso tomar cuidado para não queimar etapas. Em alguns casos, os clubes têm pressa para vender o jogador porque precisa usar esse dinheiro para sanar pendências financeiras. Com isso, na maioria das vezes essas vendas ficam aquém do que poderiam se esse menino tivesse mais tempo para se desenvolver. Porém, cada dirigente sabe a realidade do seu clube e onde isso afeta no seu dia a dia - explicou Chávare.

Clubes estão antecipando a revelação de atletas

Nos últimos anos, as equipes brasileiras estão dando oportunidades cada vez mais cedo para jogadores da base. Um dos exemplos disso é o que está sendo observado na Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Atletas de 15 anos receberam a oportunidade de atuar na competição de base mais importante do país. O próprio Endrick, do Palmeiras, foi um dos principais nomes do torneio. Para Lúcio Rodrigues, Gerente das Categorias de Base do Juventude, os clubes têm buscado dar rodagem aos talentos das categorias inferiores com o objetivo de valorizar ainda mais os jogadores.

- Quando um jovem de 15 ou 16 anos se destaca em uma competição como a Copa São Paulo, que hoje é a maior vitrine do futebol de base do país, ele ganha notoriedade e, com isso, facilita uma futura negociação - explica.

Gustavo Grossi, gerente das Categorias de Base do Internacional, afirma que a Copinha deve servir como uma oportunidade para os atletas que ainda estão mais distantes do processo de transição para o time profissional.

- É um torneio de formação. Para aqueles que já estão perto do time principal, não vejo sentido que eles disputem a competição. Nossos destaques do time campeão do ano passado estiveram em pré-temporada com o profissional e por isso optamos por utilizar os atletas 2004 que serão os próximos a jogar as competições mais importantes de base do ano - explicou Grossi.

A edição de 2023 da Copa São Paulo de Futebol Júnior começa no dia 2 de janeiro. Com 128 equipes, o torneio terá 32 grupos na primeira fase, com quatro times em cada um, sendo que os dois primeiros colocados avançam para o mata-mata da competição.

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