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Não é só o VAR. O desenvolvimento científico fez surgir um novo termo no meio futebolístico: o DNA de uma equipe. Agora, além da leitura do jogo - outro termo corriqueiro - é comum jogadores, técnicos e jornalistas se referirem ao 'código genético' de um clube
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Marcelo Oliveira/Agência Estado/28-08-19
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O R7 resolveu levantar algumas características, entre 12 grandes clubes, para saber, enfim, se o DNA de cada uma destas agremiações é ofensivo ou defensivo. Isso não quer dizer que o clube mantém obrigatoriamente essas características, sem nunca ultrapassar a fronteira de sua fama. Muitos com DNA defensivo já surpreenderam com equipes ofensivas, assim como os conhecidos por jogarem no ataque já montaram retrancas ao longo da história
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Eduardo Valente/Agência Estado/25-08-2019
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Santos - OFENSIVO - O primeiro e mais falado nesta lista é o Santos. Uma coisa é certa: a frase mais repetida diariamente na mídia é que Jorge Sampaoli, técnico argentino que vem fazendo sucesso na equipe, entende o DNA do Santos. Por revelar muitos jogadores na base e ter sido o clube onde Pelé jogou praticamente durante toda a sua carreira, é inegável o fato de que o clube sempre priorizou times voltados para o ataque
Beto Barata/Agência Estado/08-12-02
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Corinthians - DEFENSIVO - Trata-se mais de um rótulo do que de uma realidade. Mas a fama do Corinthians (na foto, o raçudo Ruço) é a de montar equipes competitivas que priorizam a marcação e a garra, de acordo com o que se diz que é o gosto de sua torcida
Agência Estado/05-12-1976
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Palmeiras - OFENSIVO - Com exceção de alguns períodos sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, as equipes do Palmeiras foram marcantes por jogarem um futebol com toque de bola e busca do gol, como nas duas Academias, comandada por Filpo Nuñez e Oswaldo Brandão, e nos anos 90, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo
Reprodução
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São Paulo - OFENSIVO - Também o Tricolor paulista, ao longo dos tempos, ficou conhecido pelo apego ao ataque, como no anos 70, em que se destacaram craques, como Pedro Rocha e Gérson, e despontaram atacantes como Serginho Chulapa. Nos anos 80, com os chamados 'Menudos', e 90, com Telê Santana, o clube manteve essa característica
Djalma Vassão/Agência Estado/06-12-1992
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Flamengo - OFENSIVO - Desde dos tempos do atacante Joel e do meia Dida, o Flamengo buscou o ataque. Ou melhor, desde sua origem. Mas a fase que mais marcou essa procura foi nos anos 80, quando o clube conquistou, comandado pelo craque Zico em campo, uma Libertadores e um Mundial Interclubes, entre vários títulos na época. Sob o comando de Jorge Jesus, agora, o Rubro-Negro retomou essa característica de forma efetiva
Alexandre Vidal/site Flamengo
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Vasco - DEFENSIVO - Como dito anteriormente, não se trata de uma regra. Romário, Pedrinho e Edmundo, por exemplo, desmentem isso. Mas, por outro lado, o clube teve vários elencos marcados pelo espírito de marcação, como nos tempos dos volantes Dudu, Zandonaide, Zanata, em que, em boa parte desta época, o zagueiro era Abel Braga e o técnico, Orlando Fantoni, nos anos 70 e 80
Agência Estado/Claudine Petroli/17-01-1982
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Fluminense - DEFENSIVO - Quando Telê Santana, nos anos 50, atuou como falso ponta-direita, indo ajudar na marcação do meio-campo, o Fluminense ajudou a inaugurar o 4-4-2. O clube já montou várias equipes ofensivas, mas um dos seus períodos mais gloriosos ocorreu quando o time tinha uma forte marcação no meio-campo, com Jandir, Delei e Assis, protegendo a zaga formada por Duílio e Ricardo Gomes e partindo com consistência para o ataque
Léo Corrêa/Agência Estado/24-07-02
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Botafogo (RJ) - OFENSIVO - Desde os tempos de Garrincha, o clube da estrela solitária primou pelo ataque. Jairzinho e Roberto Miranda deram continuidade a esse espírito nos anos 70, quando Mendonça, com seu toque de bola especial se tornou o destaque. E nos anos 90, as estrelas do time eram os atacantes Donizete e Túlio, campeões brasileiros em 1995
Reprodução Flickr/Vitor Silva/Botafogo
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Atlético (MG) - OFENSIVO - Também o Galo mineiro sempre dependeu de craques para obter seus principais títulos. Nos anos 70, Cerezo, Reinaldo e Éder comandaram um esquadrão em campo. O time era tão técnico que, na zaga, Luizinho era mais conhecido por sua categoria do que por seu bom potencial de marcação. Nos anos 2000, também, o time mineiro teve em Ronaldinho Gaúcho a sua inspiração, conquistando a Libertadores
Agência Estado/25-03-1980
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Cruzeiro (MG) - OFENSIVO - Nos anos 60 e 70, o clube despontou em Minas Gerais, com um esquadrão voltado sempre para o ataque, formado por craques como Tostão, Dirceu Lopes e o veloz ponta Natal. Joãozinho, ponta-esquerda, também tinha uma habilidade acima da média. Nos anos 90, o Cruzeiro chegou ao título brasileiro sob o comando de Luxemburgo e com o meia Alex vivendo uma de suas melhores fases
Reprodução
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Grêmio - DEFENSIVO - Apesar do atual treinador, Renato Gaúcho, mostrar preocupações em manter uma equipe equilibrada, também voltada ao ataque, o clube de Porto Alegre é conhecido por seu estilo 'copeiro'. Nos anos 70, Tadeu Ricci, Iúria, Ancheta, cuidavam da chamada 'cozinha', para que o time atacasse pelas beiradas, principalmente com o veloz Tarcísio e o inteligente ponta Éder. E, na Era Felipão, com Dinho e cia, o time seguiu nesta trilha
Djalma Vassão/Agência Estado/01-12-1996
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Internacional (RS) - OFENSIVO - O auge desta característica ocorreu nos anos 70, quando o craque Falcão ditava o ritmo da equipe. Havia o volante Batista, que cuidava da marcação, mas, além de só ele atuar nessa função específica, tinha alta qualidade para sair jogando. Nos anos 50, o time também ficou conhecido por seu apego ao ataque, quando Ênio Andrade, meia ágil, coordenava as jogadas para o bom atacante Mujica. Depois, ele se tornou um importante técnico, mais voltado, curiosamente, ao estilo defensivo
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Antônio Lúcio/Agência Estado/13-12-1979