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Hotel de Tóquio volta atrás após separar elevadores para japoneses e estrangeiros

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Na última sexta-feira, o Akasaka Excel Hotel, em Tóquio, determinou por meio de avisos que haveria dois elevadores apenas para japoneses e dois apenas para estrangeiros. A ação do hotel de luxo na capital do Japão, sede dos Jogos Olímpicos, causou reclamações nas redes sociais, acusando o estabelecimento de discriminação e segregação.

Menções ao apartheid e às medidas de Jim Crow nos Estados Unidos, que impediam negros de votar na região sul do país, foram feitas no Twitter. Diante disso, a direção do hotel recuou e retirou os avisos dois dias depois. O hotel pediu desculpas pelo "mal-entendido" e afirmou que a ideia inicial era separar o fluxo de pessoas que viajaram para a Olimpíada do resto dos hóspedes.

O Akasaka Excel Hotel, hospedagem de quatro estrelas, com diárias que vão de US$ 70 (R$ 368) a US$ 780 (R$ 4.100), ainda informou que "não tinha intenção de discriminar". Por conta de sua localização privilegiada, perto do prédio do parlamento japonês e do Palácio Imperial, o estabelecimento deve ser requisitado no período dos Jogos Olímpicos.

Nesta segunda-feira começou a valer o estado de emergência. Para prevenir o agravamento da pandemia do novo coronavírus no país, as autoridades japonesas determinaram medidas válidas para Tóquio e Okinawa até 22 de agosto, duas semanas após o encerramento da Olimpíada. Bares, restaurantes e karaokês estão proibidos de vender bebida alcoólica e devem fechar às 20 horas durante o estado de emergência. Locais como Chiba, Saitama, Kanagawa e Osaka terão restrições mais leves. Com permissão das autoridades responsáveis, a venda dessas bebidas pode acontecer até às 19 horas.

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O Japão registrou mais de 815 mil casos e quase 15 mil mortes por covid-19. No último domingo, Tóquio reportou 614 novos casos, um aumento pelo 22.º dia consecutivo. A vacinação no país iniciou a passos lentos e enfrenta interrupções no fornecimento das doses. Apenas 28% da população japonesa recebeu pelo menos uma dose da vacina. Porém, atualmente, um milhão de pessoas estão sendo vacinadas por dia.

Por medo da disseminação da variante Delta, a organização dos Jogos Olímpicos decidiu na última quinta-feira que os eventos não terão público. Antes, apenas residentes no Japão estavam autorizados a acompanhar as competições. A caminhada da tocha olímpica também foi cancelada na capital e restrita a cerimônias fechadas. Apesar das restrições, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse que quer "transmitir uma mensagem aos fãs de Tóquio sobre como superar as adversidades com esforço e sabedoria".

Os residentes da capital levam cada vez menos a sério os estados de emergência, mas o público do Japão em geral se mostrou contrário à realização da Olimpíada no país. Em pesquisas recentes, a maioria das pessoas apoia o cancelamento ou um novo atraso do evento, que vai começar no próximo dia 23.

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