27 de Maio de 2016
Toda vez que o clube tricolor investe no estádio, o time de futebol fica em 2º plano
Com muita pompa, o São Paulo oficializou na terça-feira (20) um acordo com uma empreiteira para cobrir o Morumbi e erguer um hotel anexo ao estádio. Um dado , no entanto, deve preocupar o torcedor tricolor: toda vez que o clube investe em sua arena de jogos, o time de futebol fica relegado a segundo plano e sofre com a falta de conquistas relevantes.
São Paulo anuncia acordo para cobrir Morumbi
O maior jejum de títulos do São Paulo se deu entre 1957 e 1970, período em que o clube precisou investir maciçamente para construir ou ampliar o seu estádio. As obras no Morumbi começaram em 1952 e a inauguração, ainda com capacidade reduzida, aconteceu em 1960.
Durante os dez anos seguintes, além de sofrer com times melhores, como o Santos de Pelé, o clube ainda teve que gastar mais dinheiro para a finalização do estádio. Com isso, o desempenho em campo decaiu. A seca só iria acabar em 1970, com a conquista do Paulistão. Foi nesse mesmo ano que o Morumbi finalmente ficou pronto.
A partir do momento em que a obra em seu estádio ficou pronta, o São Paulo ganhou novo status no futebol brasileiro. Em pouco mais de 20 anos, a equipe conquistou três títulos brasileiros, dois da Libertadores e dois mundiais. Além disso, o clube passou a receber eventos grandiosos em na sua arena.
Em 1994, logo após um período de fartura em campo, com dois títulos mundiais, o Morumbi passou a apresentar problemas estruturais. O anel superior do estádio chegou a ficar interditado por falta de segurança. O clube se viu obrigado a investir R$ 10 milhões para a aquisição de amortecedores que diminuíssem o risco de acidentes.
O investimento, somado a contratações infrutíferas e administrações ineficientes, inaugurou uma nova era de fracassos em campo. Em 1997, a torcida estava descontente com o desempenho de seu principal atacante e criou um grito de guerra insólito:
- Fora Dodô... Põe amortecedor.
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