Dorivla Junior terá a dura missão de melhorar o desempenho da equipe na temporada
Divulgação/Santos FCVice-campeão brasileiro de 2016 e um dos poucos clubes que não perderam peças importantes para o futebol europeu na virada do ano, o Santos tinha tudo para manter o ritmo em 2017 e buscar títulos em pé de igualdade com os principais clubes do País, mas a realidade é bastante diferente. Pelo menos até o momento.
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Único dos quatro grandes que chega com desvantagem para o jogo da volta das quartas de final do Campeonato Paulista, o Peixe tem mostrado motivos de sobra para preocupar o torcedor, até com o possível rebaixamento no Campeonato Brasileiro, marcado para ter seu pontapé inicial na segunda semana de maio. Entenda os motivos a seguir.
- Jejum contra equipes da Séríe A: O Santos já encarou quatro times da Série A do Brasileirão em 2017 e não somou um ponto sequer. O Peixe foi derrotado nos clássicos para Palmeiras, São Paulo e Corinthians, além de cair perante a Ponte Preta, no primeiro jogo das quartas de final do Paulistão.
- Vila Belmiro sem força: Antes um trunfo do Peixe, a Vila Belmiro, em 2017, parece ter perdido a força que assustava os adversários, tanto que só no Campeonato Paulista o time acumula três derrotas em seu campo até o momento: São Paulo, Ferroviária e Palmeiras.
- Elenco limitado: Apesar de ter um time titular considerado bom, o Santos carece de um grupo mais qualificado, e isso é essencial para a sobrevivência em um campeonato longo como o Brasileiro. O melhor exemplo é a defesa, que perdeu os titulares Luiz Felipe e Gustavo Henrique com sérias lesões e, até o momento, não conseguiu se acertar. David Braz, Lucas Veríssimo, Fabián Noguera, o improvisado Yuri e o caríssimo reforço Cléber Reis têm acumulado falhas — e críticas — jogo após jogo no Paulistão e na Libertadores.
- Possível debandada: A diretoria do Peixe encontra dificuldades para renovação de contrato de seus principais atletas. Ricardo Oliveira e Lucas Lima, por exemplo, ainda não acertaram para o restante do ano. Além disso, Zeca é cogitado em dois times da Itália e um da Inglaterra.
- Atrasos salariais: a diretoria do Santos parece ter adotado como prática “esticar” os meses de seus funcionários. Já são quase três sem pagamento de direitos de imagem, além de premiações devidas e não pagas aos jogadores e comissão técnica. Tudo isso, mesmo sem querer, interfere no rendimento dentro de campo, e o resultado pode ser desastroso.
- Rixas entre direção e atletas: Os cartolas do Peixe também entraram em rota de colisão com o grupo de jogadores ao demitirem um diretor que era bastante chegado aos atletas. O motivo, apesar de justo (teria esquecido de inscrever o clube na Libertadores), não foi bem aceito, principalmente pelos líderes do elenco.
- Técnico desgastado e falta de opções: Dorival Júnior sempre faz bons trabalhos à frente do Santos, mas, atualmente, parece desgastado e sem o comando do time. O treinador corre risco de demissão caso o time seja eliminado do Paulistão na próxima segunda-feira (10). Para piorar, as opções de mercado não são das melhores: Celso Roth, Vanderlei Luxemburgo e Levir Culpi são os mais renomados. Cuca, campeão brasileiro com o Palmeiras em 2016, também está sem clube, mas seria um investimento muito alto.