No futebol muitas vezes é assim: quando um jogador não cai nas graças do treinador, seu destino é a geladeira. O meia canhoto Vitor Júnior vem passando por esta situação desde 2012, quando firmou contrato de três anos com o Corinthians
Desde então fez apenas oito jogos com a camisa do clube. E, se ele não foi aprovado, não chegou como se estivesse fazendo teste, já que seu salário mensal gira em torno de R$ 120 mil
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Logo que o jogador chegou, o Corinthians quis se desfazer dele: a cada temporado o emprestava para uma equipe. Nos últimos três anos ele passou por Botafogo (RJ), Inter (RS), Coritiba e Figueirense. Desde o início do ano, treina em separado do grupo, numa situação que o está incomodando
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Na última semana ele irritou os dirigentes ao não aceitar uma transferência para o Bragantino. Alguns disseram que ele está acomodado com a sua situação, recebendo salários, o que acarretará em um gasto de R$ 1 milhão para o Corinthians até o fim do contrato com o jogador
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Nesta semana ele também negou que esteja acomodado. Pelo contrário, disse não estar nada satisfeito com a sua condição de "excluído", tendo somente 28 anos e muita disposição
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Isso em uma situação em que o Corinthians abusou dos gastos e, numa aberração orçamentária, deve nada mais nada menos do que R$ 30 milhões a empresários, jogadores do elenco e para aqueles que não foram "aprovado"s, tendo sido contratados a peso de ouro e dispensados em pouco tempo, sem nenhum planejamento e cuidado com o balanço financeiro por parte dos dirigentes
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Agora o clube está apelando para uma situação "salvadora". O presidente Roberto de Andrade está ansioso para aprovar um empréstimo de R$ 10 milhões e assim pagar alguns compromissos, mas apenas aumentando o rombo financeiro do Corinthians
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Os desmandos administrativos vêm de longe. Outro jogador que mal atuou no clube, Rodriguinho, recebe R$ 180 mil por mês. Juntos, ele e Vitor Júnior têm uma remuneração de R$ 300 mil mensais. Além deles, o Corintthians paga R$ 400 mil mensais a Alexandre Pato, que corresponde à metade do salário do jogador
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Há alguma incoerência em tudo isso. Se o jogador não é plenamente confiável para o clube, por que motivo é contratado por um salário alto? Além disso, os dirigentes aceitam qualquer opinião de treinador, que se torna um verdadeiro imperador irascível ao se recusar a trabalhar com certos jogadores sem nem ao menos se preocupar com os gastos do clube
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Por um capricho de Mano Menezes, por exemplo, o Corinthians simplesmente pagou quase R$ 10 milhões a Emerson Sheik no período em que ele ficou emprestado ao Botafogo. E o rejeitado jogador, em menos de um ano, voltou para o clube e se tornou uma das soluções do elenco na Libertadores
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Vem a pergunta: você, trabalhador normal, tem a autonomia para mandar e desmandar nos gastos da empresa em que você trabalha sem ser cobrado por isso? Pois os técnicos de futebol, apesar da instabilidade no cargo, têm. Os acomodados, no caso, são mais os dirigentes do que os jogadores, que geralmente acabam ficando com a má fama. É comum no futebol também a culpa ser sempre do mordomo