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SAF pode trazer benefícios também para os clubes com contas em dia

Especialista ouvido pelo R7 explica que o novo modelo de gestão não é apenas para os times que sofrem com endividamento

Futebol|Pietro Otsuka, do R7

Botafogo foi um dos que aderiram à SAF e investiram novas receitas na compra de jogadores
Botafogo foi um dos que aderiram à SAF e investiram novas receitas na compra de jogadores Botafogo foi um dos que aderiram à SAF e investiram novas receitas na compra de jogadores

A SAF (Sociedade Anõnima do Futebol) já é uma realidade no futebol brasileiro. Cruzeiro (Ronaldo Fenômeno), Botafogo (John Textor) e Vasco (777 Partners) são os clubes que deram os primeiros passos nesse novo modelo de gestão e os frutos, pouco a pouco, estão sendo colhidos. No entanto, se engana quem pensa que a SAF é uma alternativa apenas para as equipes atoladas em dívidas. 

Em entrevista ao R7, José Francisco Manssur, especialista em direito desportivo e um dos formuladores da SAF no Brasil, afirma que o modelo pode também "ser muito bem aproveitado por clubes que estão em situação financeira equilibrada".

A SAF é uma tentativa de criar novas fontes de receitas para o futebol brasileiro melhorar de nível%2C conseguir reter aqui os valores que revela%2C ter competições com nível técnico melhor%2C atraindo público%2C atraindo audiência da TV%2C aumentando os valores que a TV paga%2C criando assim um círculo virtuoso

(José Francisco Manssur, especialista em direito desportivo e um dos formuladores da SAF no Brasil)

O América-MG e o Athetico-PR foram alguns exemplos usados pelo advogado, clubes que, embora tenham as contas em dia, ainda não têm capacidade de competir no mesmo patamar de Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG, protagonistas no futebol brasileiro nos últimos anos.

"Eles estão conversando sobre a possibilidade da SAF, mas sem vender, sem alienar, a maioria de suas ações. O que esses clubes querem ao constituir a SAF é a entrada de novas receitas, para que eles possam ir para outra prateleira", explica Manssur.

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"O objetivo é atrair investidores para que, com os recursos novos, possam disputar todas as competições em igualdade de condição com os clubes que, geralmente, ganham os principais campeonatos. A SAF é uma perspectiva de mudar de prateleira, mudar de patamar", avalia. 

Uma nova perspectiva

De acordo com Manssur, por meio da SAF, os clubes já estruturados, com contas em dia, podem procurar novas formas de gerar receitas para investir na construção de elencos melhores, com jogadores de maior nível, além de reter por mais tempo as joias produzidas nas categorias de base. 

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"A SAF é uma tentativa de criar novas fontes de receita para o futebol brasileiro melhorar de nível, conseguir reter aqui os valores que revela, ter competições com nível técnico melhor, atraindo público, aumentando os valores que a TV paga, criando assim um círculo virtuoso para que a gente possa diminuir a distância entre o futebol brasileiro e o europeu, e transformar esse patrimônio cultural do país efetivamente num segmento econômico relevante, porque há potencial para isso", analisa. 

Esperança para os clubes atolados em dívidas

Ronaldo Fenômeno decidiu adquirir 90% das ações da SAF do Cruzeiro
Ronaldo Fenômeno decidiu adquirir 90% das ações da SAF do Cruzeiro Ronaldo Fenômeno decidiu adquirir 90% das ações da SAF do Cruzeiro

Do outro lado da balança, há os clubes que enxergam a SAF como uma luz no fim do túnel. É o caso de Cruzeiro, Vasco e Botafogo, que têm dívidas que sufocam as operações do dia a dia.

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"A lei da SAF cria um mecanismo de reestruturação das dívidas anteriores dos clubes. Esses mecanismos por si são elementos que estimulam o clube a redefinir suas dívidas, redefinir prazos, criar planos de pagamentos responsáveis, ou até mesmo pedir a recuperação judicial", explica o advogado.

"Além do mais, é claro que a entrada de novos recursos, se bem aplicados, incorporados junto com o sistema de governança, de responsabilidade fiscal, culturalmente, e até por obrigação, dá muito mais condição de fazer com que os clubes se reequilibrem financeiramente, se comparados com uma associação, em que os processos são evidentemente políticos", completa Manssur.

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