Ricardo Oliveira e Vladimir que me desculpem, mas Robinho é o cara. E num esporte como o futebol, o cara veste o preto e branco do Santos, a faixa de campeão e ouve funk.
O cara cutuca o adversário porque conhece seu poder de decisão. Robinho não se escondeu. As duas assistências, com toques de primeira, desconcertaram a defesa do Palmeiras e abriram espaço para David Braz e Ricardo Oliveira brilharem.
As autoridades superiores também funcionam sem a bola. Está explicado porque os santistas saíram do Allianz Parque, na semana passada, comemorando a derrota por 1 a 0. No fundo, eles sabiam: com o cara em campo, a história é outra. O Santos foi outro, principalmente no primeiro tempo, guiado por Robinho.
Conheça os heróis do título santista
Além dos lances decisivos, o Pedalada orientou os companheiros, puxou-contrataques, cavou faltas, assustou Prass. A Vila Belmiro era de fato um caldeirão e o garfo estava nas mãos do camisa 7.
O Santos não desceu para o vestiário no intervalo. A cena remeteu a 1995, na épica semifinal do Campeonato Brasileiro contra o Fluminense, no Pacaembu. Ali havia um Messias, lembram? Pois Robinho é o Messias dos tempos modernos, com toque de heresia. É futebol e o santista sabe que ele só faz mal aos adversários. Pobre Verdão!
No fim, o atacante foi substituído antes dos pênaltis e viu seu primeiro título na Vila pelas mãos de Vladimir, um herói improvável, que parou Rafael Marques.
Mas Robinho já tinha sido o cara. E, após a confirmação do título, lançou um novo funk:
“Quando eu jogava na várzea, eu não tinha um vintém/ Me desculpe os palmeirenses, mas não desrespeitei ninguém / Mando abraço pro são-paulino e pro corintiano/ Mas no Paulistão 2015, é meu Peixão que tá mandando“, cantou.
Pobres dos rivais.