Nesta quarta-feira (12), Corinthians e Flamengo se enfrentam na Neo Química Arena, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil. Além da rivalidade consolidada dentro de campo, na briga por títulos e partidas emblemáticas, os dois clubes mais populares do Brasil também duelam nas redes sociais e são donos dos maiores alcance e visibilidade nas principais plataformas digitais, como Facebook, Instagram, TikTok, Twitter e YouTube.
Segundo a pesquisa mais recente do Ibope Repucom, o Rubro-Negro liderou o ranking de novas inscrições do último mês, com mais de 500 mil nas cinco principais mídias sociais. Já o Alvinegro ficou em segundo lugar no resultado de setembro, com cerca de 400 mil novos inscritos. Somando-se apenas Twitter, Instagram e Tik Tok, por exemplo, os dois juntos possuem quase 50 milhões de seguidores.
Mesmo com os números significativos, na visão de Renê Salviano, CEO da agência de marketing esportivo Heatmap e com vasta experiência em captação de patrocínios e projetos especiais em esportes, ter uma grande torcida é um bem a ser explorado pelo clube, sobretudo quando há abrangência em todo o país. Mas é preciso encontrar maneiras de lucrar com base nela.
"A principal maneira é entender a conexão entre marcas e o planejamento feito pelo clube para a proposta digital. O número de seguidores não funciona sozinho, pois requer o próprio engajamento da torcida, que surge pela criatividade, entendimento do momento e um bom estudo daquilo que se pretende conectar com os torcedores para gerar receita", afirma o especialista.
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Armênio Neto, especialista em geração de receitas na indústria esportiva, segue uma linha de raciocínio parecida. "O volume de torcedores e potenciais seguidores é o melhor ponto de partida possível, mas é preciso saber o que fazer com esse potencial. Dos conteúdos em si à geração de outras receitas, como venda de produtos. Os grandes clubes sabem disso e têm equipes competentes nesse sentido. A próxima fronteira é conseguir monetizar de verdade através desses canais."
Na visão dos especialistas, hoje em dia há um entendimento maior por parte dos clubes da importância de aproveitar melhor as redes sociais, sobretudo no campo dos negócios. Além desse fator, os torcedores parecem interagir e participar cada vez mais nas plataformas oficiais dos times na internet.
De acordo com os dados do Ibope Repucom, o volume de novos seguidores nas contas oficiais das equipes brasileiras disparou em 2022. O primeiro semestre do ano registrou cerca de 15,6 milhões de inscrições nas cinco principais mídias sociais.
"Corinthians e Flamengo, sem dúvida, são os dois clubes com maior potencial do Brasil de aprimorar os lucros das redes sociais, se você for considerar o número de seguidores. Entretanto, é importante dizer que não basta ter um número grande se você não consegue gerar engajamento. O que tenho percebido é que, com o tempo, os clubes brasileiros estão cada vez mais atentos com relação à monetização através das redes sociais", afirma Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo.
Bernardo Pontes, especialista em marketing esportivo e sócio da BP Sports, ressalta a importância de fortalecer esse campo de atuação, uma vez que pode trazer inúmeros benefícios, como aproximação com o torcedor, crescimento nas redes e aumento das receitas. "Através do conteúdo, os clubes têm inúmeras possibilidades para a geração de negócios. Mas, para que isso aconteça na prática, é extremamente importante estruturar uma equipe qualificada", completa.
Ranking Geral (Pesquisa mais recente do Ibope – ranking de outubro/2022):
Somando-se Twitter, Facebook, Instagram, TikTok e YouTube
1. Flamengo: 49.810.322
2. Corinthians: 30.913.295
3. São Paulo: 19.220.968
4. Palmeiras: 16.437.037
5. Vasco: 11.226.481
6. Santos: 10.613.884
7. Grêmio: 9.904.638
8. Atlético-MG: 9.728.237
9. Cruzeiro: 8.992.379
10. Internacional: 7.027.662
11. Chapecoense: 6.013.968
12. Fluminense: 5.223.257
13. Sport: 4.537.823
14. Botafogo: 4.345.555
Corinthians:
Twitter: 7.4 mi
Instagram: 8,4 mi
TikTok: 2,4 mi
Facebook: 11 mi
YouTube: 1,76 mi
Flamengo:
Twitter: 9,6 mi
Instagram: 15,1 mi
TikTok: 5,4 mi
Facebook: 13,1 mi
YouTube: 6,56 mi
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