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Ricardo Teixeira vendeu apartamento com indício de sonegação pela metade do preço, diz jornal

Ex-presidente da CBF se desfez de um imóvel de luxo enquanto era fiscalizado pela Receita

Futebol|Do R7

Ricardo Teixeira vendeu um apartamento de luxo no Rio
Ricardo Teixeira vendeu um apartamento de luxo no Rio Ricardo Teixeira vendeu um apartamento de luxo no Rio

Ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e um dos investigados pelo FBI pelos contratos assinados antes da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, Ricardo Teixeira está mais uma vez nas páginas policiais. O ex-mandatário do futebol brasileiro se desfez de um apartamento luxuoso no Rio de Janeiro, de frente para o mar, pela metade do valor de mercado. O detalhe é que isso aconteceu exatamente na época em que ele era fiscalizado pela Receita Federal. A informação é do jornal Folha de S. Paulo, que revela em sua edição desta quarta-feira (29) alguns documentos que comprovam a transação.

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A cobertura negociada por Ricardo Teixeira fica localizada na Barra da Tijuca, um dos endereços imobiliários mais caros do país. Registrado na escritura de venda no valor de R$ 2,5 milhões, o imóvel, segundo o cálculo do imposto de transmissão de propriedade da Prefeitura do Rio, chegou ao preço real de R$ 5,7 milhões, podendo chegar a R$ 7 milhões, por se tratar de uma cobertura e por cinco vagas de garagem.

Como o fisco cobra em torno de 15% sobre o lucro com transações imobiliárias, no chamado ganho de capital, quanto menor o valor declarado, menor o imposto recolhido. O problema é que, registrar a venda de um apartamento por um valor muito abaixo do preço de mercado é um indício de sonegação de tributos. Ou seja, foi exatamente o que fez Ricardo Teixeira, segundo reportagem da Folha.

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Lembrando que, no início deste ano, a Polícia Federal indiciou Ricardo Teixeira sob as acusações de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos. Um dos motivos do indiciamento foi a negociação desse mesmo apartamento, considerada suspeita.

Segundo a reportagem da Folha, a venda da cobertura pode levar a Receita Federal a abrir nova investigação contra o ex-presidente da CBF, que comprou o apartamento de Claudio Abrahão, irmão de Wagner José Abrahão, dono do Grupo Águia, que realiza as viagens da Confederação Brasileira de Futebol e tem relação de longa data com o ex-dirigente do futebol brasileiro. Comprado em 2009 por R$ 720 mil por Teixeira, mesmo valor de Abrahão tinha pago sete anos antes, em 2002, sendo que, em 2006, o apartamento vizinho, de mesmas características, fora avaliado por um perito em R$ 2 milhões.

Teixeira deixou o Brasil em março de 2012, pressionado por investigações sobre suspeitas de desvio de dinheiro público na realização do jogo entre Brasil e Portugal, no Estádio do Gama, no Distrito Federal, e passou a morar em Miami. No ano passado, contudo, o dirigente vendeu a mansão em que vivia nos Estados Unidos após que o empresário J. Hawilla colaborava com as autoridades americanas nas investigações sobre a corrupção na Fifa. Agora, o ex-dirigente da CBF teme perder o imóvel nos Estados Unidos.

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