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As investigações divulgadas nesta quarta-feira na Suíça e Estados Unidos
sobre supostos casos de corrupção no futebol mundial, estão incluídas
em uma longa lista de casos em que o nome da Fifa já esteve envolvido. A escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, e o esquema de
suborno e cobrança de comissões por dirigentes, remete a casos como os
das renúncias de João Havelange à presidência de honra da entidade, a de
Ricardo Teixeira como presidente da CBF, entre outras.
Confira a cronologia do caso a seguir
Divulgação
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28 de fevereiro de 2002
O jornal britânico 'The Daily Mail' revela uma possível compra de votos
na primeira eleição de Joseph Blatter (foto) como presidente da Fifa, em 1998
Reprodução
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5 de maio de 2002
Um relatório apresentado no Comitê Executivo pelo secretário-geral da
Fifa, Michel Zen-Ruffinen, acusa Joseph Blatter (foto) por desvio de fundos
Agência Estado
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10 de maio de 2002
Cinco vice-presidentes da Fifa, junto a outros seis integrantes do
Comitê Executivo, abrem processo contra Joseph Blatter (foto), por causa da
publicação do relatório de Zen-Ruffinen
Getty Images
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17 de outubro de 2010
O jornal britânico 'The Sunday Times' publica que vários altos
dirigentes da Fifa estariam dispostos a oferecer seu voto a uma
candidatura concreta ao Mundial 2018 em troca de subornos. Joseph
Blatter (foto) ordena a abertura de investigação sobre o caso
Alexander Hassenstein/FIFA
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20 de outubro de 2010
A Comissão Ética da Fifa afasta durante 30 dias o francês Reynald
Temarii (à esq.), vice-presidente do Comitê Executivo, e ao nigeriano Amos Adamu (à dir.),
membro do mesmo órgão, que 'The Sunday Times' filmou com uma câmera
secreta enquanto pediam dinheiro em troca de seu voto
Montagem R7/Divulgação
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18 de novembro de 2010
Desabilita um ano a Temarii (foto) e três a Adamu, por pedir dinheiro em troca do voto
Getty Images
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29 de novembro de 2010
A emissora britânica 'BBC' divulga um documento confidencial da empresa
de marketing esportiva ISL sobre supostos subornos a três membros do
Comitê Executivo da Fifa, o presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, o
presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o camaronês Issa Hayatou. A
informação vinculava um dos vice-presidentes da Fifa, o trinitino Jack
Warner (foto), com o esquema de revenda de ingressos em várias edições da Copa
do Mundo
LUIS ACOSTA / AFP
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2 de dezembro de 2010
A Rússia ganha o direito de organizar a Copa do Mundo de 2018, em
segunda votação por maioria absoluta dos 22 votos do Comitê Executivo da
Fifa. Na primeira rodada, a Inglaterra foi a primeira eliminada com 2
votos, ficando atrás da Holanda/Bélgica com 4, Espanha/Portugal 7 e
Rússia 9. Na segunda, Holanda/Bélgica recebeu 2 votos, Espanha/Portugal 7
e Rússia 13.
Para a escolha da sede da Copa de 2022 foram
feitas quatro rodadas de votos. Na primeira, a Austrália caiu eliminada,
na segunda o Japão, na terceira a Coreia do Sul. Na quarta e última, o
Catar venceu e alcançou a maioria absoluta com 14 votos, contra 8 dos
Estados Unidos
Getty Images
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9 de dezembro de 2010
Blatter (foto) diz que Copa do Mundo no Catar é uma dívida com o mundo árabe e
garante que é 'uma loucura' pensar que sua concessão e a da Rússia, seja
uma questão de dinheiro
Getty Images
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10 de maio de 2011
O ex-presidente da Federação Inglesa David Triesman denuncia na Câmara
dos Comuns que os diretores da Fifa, Jack Warner, Nicolás Leoz, Ricardo
Teixeira (foto) e o o tailandês Worawi Makudi, tentaram suborná-lo, em troca de
votar na Inglaterra como organizador do Mundial de 2018
Getty Images
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29 de maio de 2011
A Comissão de Ética suspende provisoriamente o vice-presidente Jack
Warner e o catariano Mohammed Bin Hammam (foto), presidente da Confederação
Asiática, por possíveis violações do Código Ético da entidade,
relacionadas com as eleições à presidência da Fifa daquele ano, em que
Hammam foi único aspirante junto a Blatter. A comissão também investigou
o vencedor do pleito, mas este não recebeu nenhuma punição
Getty Images
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1º de junho de 2011
Joseph Blatter (foto) é reeleito para um quarto mandato como presidente da Fifa
e propõe que, a partir daquele momento, seja o Congresso da entidade
que eleja as sedes, além de propor reforço à Comissão de Ética e a
criação de um Comitê para resolver denúncias de corrupção
Getty Images
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6 de agosto de 2011
Fifa suspende por toda a vida o catariano Mohammed Bin Hammam (foto), por violação do Código Ético
Getty Images
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6 de outubro de 2011
O secretário-geral da Concacaf, o americano Chuck Blazer (foto), anuncia que
renunciará ao cargo. Blazer denunciou a possível compra de votos por
Jack Warner e Mohammed Bin Hammam nas últimas eleições à presidência da
Fifa
Getty Images
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25 de maio de 2012
A Fifa aprova, quase por unanimidade, as reformas para melhorar
transparência, entre elas fortalecer sua Comissão de Ética, que passa a
estar formada por um órgão de investigação e outro de decisão, e
melhorar o controle interno com uma Comissão de Auditoria e
Conformidade, com o jurista ítalo-suíço Domenico Scala (foto) à frente
Getty Images
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11 de julho de 2012
Fifa publica a documentação do caso ISL (empresa que comercializou os
direitos audiovisuais de suas competições até a falência, em 2001), que
confirma que João Havelange e Ricardo Teixeira (foto) receberam subornos
milionários procedentes da empresa ISL.
Havelange percebeu 1,5
milhão de francos suíços em 1997 e Teixeira, pelo menos, 12,74 milhões
de francos suíços entre 1992 e 1997
Getty Images
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17 de dezembro de 2012
A Fifa desabilita por toda a vida Bin Hammam (foto),
por desvio de fundos, em aplicação de seu novo Código Ético e após uma
investigação da Comissão de Ética, mesmo com a renúncia do dirigente
tendo sido protocolada dias antes
Getty Images
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29 de janeiro de 2013
A revista francesa 'France Football' publica que o Catar comprou o
direito de sediar a Copa de 2022 e cita, entre outros, o presidente da
Associação Argentina de Futebol, Julio Grondona - morto em julho de 2014
-, Nicolás Leoz, Ricardo Teixeira (foto) e chega a relacionar o ex-presidente
do Barcelona, Sandro Rosell, pelo contrato de patrocínio com companhia
aérea catariana.
A informação citava também uma reunião entre o
ex-presidente francês Nicolas Sarkozy e o emir do Catar, que teve
presença do presidente da Uefa, Michel Platini, membro do Comitê
Executivo da Fifa, que votou a favor do Catar e admitiu isso
publicamente
Michael Regan/Getty Images
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23 de abril de 2013
O presidente da Conmebol, Nicolás Leoz (foto), renuncia
do cargo de membro do Comitê Executivo da Fifa e do Comitê Organizador
da Copa do Mundo de 2014, por motivos de saúde.
Reuters
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1º de junho de 2014
O jornal britânico 'The Sunday Times' publica documentos que mostram que
Mohammed Bin Hammam (foto), fez pagamentos de US$ 5 milhões a dirigentes de
futebol da África para comprar votos na eleição para sede da Copa do
Mundo de 2022.
Os arquivos provam a existência de dez fundos
controlados pela Kemco, empresa de construção do milionário catariano,
que fizeram os pagamentos e transações para as contas dos presidentes de
30 federações nacionais africanas
Divulgação/FIFA
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3 de junho de 2014
O jornal britânico 'The Daily Telegraph' publica que o presidente
da Uefa, Michel Platini (foto), se reuniu com Bin Hammam antes da escolha da
sede do Mundial ao Catar e almoçou no Palácio do Eliseu com o então
presidente francês, Nicolas Sarkozy, o filho do Emir do Catar e o
primeiro ministro do país, em novembro de 2010
Michel Platini
defendeu no mesmo dia, sua 'total transparência', ao ser o único membro
do Comitê Executivo da Fifa que reconheceu ter votado ao Catar. No
entanto, o dirigente rejeitou ter votado sob algum tipo de pressão.
Leon Neal/AFP
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5 de setembro de 2014
O órgão de instrução da Comissão de Ética da
Fifa, presidido pelo ex-promotor americano Michael J. García (foto), fecha a
investigação sobre a escolha das Copas de 2018 e 2022, com um relatório
de 350 páginas e o transfere à Câmara de Decisão para esta que se
pronuncie
Divulgação
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13 de novembro de 2014
Presidente do órgão de decisão da Comissão de Ética da Fifa, o alemão
Hans-Joachim Eckert (foto), conclui que não houve irregularidades nos processos
das candidaturas, deixa em mãos do órgão de instrução a possibilidade
de iniciar procedimentos individuais e utiliza o princípio de
confidencialidade para não tornar público o relatório.
Michael J. García anuncia que apresentará recurso perante a Comissão de Apelação da Fifa pelo fechamento da investigação
Reuters
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18 de novembro de 2014
A Fifa apresenta perante a promotoria federal suíça, em Berna, uma
denúncia pelo possível comportamento irregular de algumas pessoas, em
relação aos processos de escolha das Copas do Mundo de 2018 e 2022
Getty Images
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17 de dezembro de 2014
Michael J. García (foto) renuncia depois que a Comissão Disciplinar rejeitou seu recurso contra o fechamento da investigação
Getty Images
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27 de maio de 2015
As autoridades suíças
detêm a sete dirigentes da Fifa em Zurique, por acusações de corrupção. O
Departamento de Justiça dos Estados Unidos torna pública uma
investigação sobre organização mafiosa, fraude maciça e lavagem de
dinheiro
Getty Images