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Professor que levou Alexandro Pato ao Internacional cobra dívida milionária do jogador

R7 conversou com Luiz Carlos Orosco e seu advogado, que revelou atual valor da ação na Justiça

Futebol|Francisco Valle, do R7

Alexandre Pato com o professor Luizão, que o levou ao Inter
Alexandre Pato com o professor Luizão, que o levou ao Inter Alexandre Pato com o professor Luizão, que o levou ao Inter

Alexandre Pato foi escolhido pela torcida do Corinthians como o grande vilão na eliminação do time na Copa do Brasil, ao tentar uma cavadinha na última cobrança da decisão por pênaltis contra o Grêmio, pelas quartas de final do torneio, e ver o goleiro Dida defendê-la.

Os problemas do atacante, no entanto, vão muito além das quatro linhas. Após o episódio em Porto Alegre, veio à tona, novamente, o processo que o professor de educação física Luiz Carlos Osório, responsável pela revelação e indicação de Pato ao Internacional, em 2001, protocolou na Justiça, em 2009, para receber uma comissão à qual ele teria direito sobre os valores da transação que envolveu o time gaúcho e o Milan, da Itália.

O R7 conversou com o advogado de Luiz, Jairo Pereira, que explicou a acusação, os valores cobrados e quem são os réus na ação.

De acordo com Pereira, estão sendo processados Alexandre Pato, o pai dele, Geraldo Rodrigues, o empresário do jogador, Gilmar Veloz, e o Sport Clube Internacional. O valor a ser recebido por Luiz, em 2009, era de R$ 4,8 milhões, referente a 5% do total aferido pela negociação do atleta. Porém, segundo o advogado, o número já cresceu e, por questões legais, a ação teve que ser protocolada em Porto Alegre.

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— Com a correção monetária de quatro anos e também com um novo processo por danos morais, chega a quase R$ 10 milhões. E, pelo Internacional ser pessoa jurídica, tivemos que ir até a Segunda Vara de Porto Alegre.

O grande problema é que o contrato entre Luiz e os réus, na época da transação (2001), teria sido feito apenas verbalmente. Mesmo assim, o advogado segue confiante e explica que serão utilizadas provas testemunhais e que, atualmente, o processo está aguardando pela abertura de um prazo pela Justiça para a impugnação das quatro defesas. Para Pereira, deve acontecer uma audiência conciliatória já no primeiro semestre de 2014.

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— Teremos a audiência para tentar um acordo. Caso não haja, a Justiça vai avaliar as provas e definir uma sentença, e as partes podem recorrer. Então, acredito que a ação possa demorar bastante, podendo chegar a algo entre nove e dez anos.

A preocupação para a demora se dá pela idade avançada do professor Luiz, que já tem 62 anos. Para evitar que ele não desfrute de uma possível vitória no tribunal, o advogado conta que fez uma proposta alternativa às partes.

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— Estamos tentando também definir que o pagamento seja realizado mensamente, com algo em torno de 8 a 20 mil por mês.

A descoberta do jogador

A reportagem do R7 também falou com Luiz Carlos Osório, o Luizão, como é conhecido o professor de educação física que descobriu o jogador. Durante a conversa, emocionado, Luiz contou como foi o processo de revelação de Pato e o acerto verbal com o pai dele na transferência para o Internacional.

Luizão conheceu Alexandre Pato quando o garoto tinha apenas nove. O primeiro encontro aconteceu em um dos campeonatos de futsal que o professor de educação física costumava promover.

—Eu conheci a família todo no campeonato. Conversei com o pai e comecei a acompanhar o garoto, que foi passando pelo pré-mirim e pelo mirim. Ele jogou muitos torneios com a gente e eu vi que o menino tinha condições de ir para o Internacional.

Nessa época, em 2001, Luizão, que tinha amigos que trabalhavam no Inter, já havia levado alguns meninos para fazer testes no clube. No entanto, o pai de Pato não aceitou, em um primeiro momento, a ideia do professor.

— Ele queria levar o garoto para o Paraná Clube, de qualquer jeito.

Algum tempo depois, Geraldo (o pai) cedeu e voltou a falar com Luizão, que conseguiu um teste para o jogador no Colorado. Aprovado, Pato firmou contrato com o time gaúcho e, verbalmente, ficou acertado que na primeira negociação que envolvesse a joia, Luiz receberia 5% do valor da transição.

O tempo passou, o jogador surpreendeu jogando pelo Internacional, fez um bom Campeonato Mundial de Clubes pelo time, em 2006, e foi vendido ao Milan, já com Gilmar Veloz como seu empresário. Após a transação, porém, a parte que caberia ao veterano professor até hoje não foi recebida por ele, o que motivou o processo na Justiça.

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