São Paulo, Brasil
O Santos deve mais de R$ 500 milhões.
Enfrenta problemas com a Fifa por calote.
Seu elenco é limitado.
Os principais jogadores, Marinho e Soteldo, são cobiçados.
Podem ser vendidos após o Brasileiro.
Cuca percebeu o cenário e não quis continuar.
A diretoria se esforça para fechar contrato com o técnico argentino Ariel Holan.
Diante desse quadro, a expectativa é muito preocupante.
Percebendo tanta dificuldade, alguns conselheiros próximos ao ex-presidente Orlando Rollo sugeriram ao presidente André Rueda, um recuo.
Que ele aceitasse Robinho no elenco.
O jogador de 37 anos foi condenado a nove anos de cadeia, na Itália por, segundo a justiça do país europeu, ter participado de um estupro coletivo contra uma mulher em 2013.
Recorreu da sentença no ano passado e perdeu.
Há ainda um último recurso.
Mas diante dos áudios que vazaram do atleta, ironizando a situação e que serviram como provas, para a justiça italiana, o Santos foi pressionado a não colocar em prática o contrato até 28 de fevereiro, que havia assinado com o jogador.
"Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu", disse Robinho a um amigo, comentando o alegado estupro, em Milão.
A pressão pela volta do atacante aumentou desde que Cuca assumiu que iria embora.
Ele participou de um jogo-treino, ao lado de ex-jogadores, contra o time da Portuguesa Santista, há dois dias. Foi o destaque da partida, marcando dois gols.
Robinho não joga uma partida oficial desde agosto de 2020, pelo Istanbul Basaksehir, da Turquia.
Só que Andrés Rueda foi firme.
Garantiu, outra vez: enquanto for presidente, Robinho não joga no Santos.
A não ser que consiga ser inocentado no último recurso na Itália.
Não há previsão para que seu caso seja analisado na Corte de Cassação.
Um tribunal do sistema judiciário do país equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil.
Se a condenação for mantida, há juristas que defendem que Robinho possa ser preso aqui no país.
Extraditado não será.
O ex-presidente, Orlando Rollo, defendia Robinho no Santos
Ivan Storti/SantosPorque o país não extradita pessoas que nasceram no Brasil, por condenações no Exterior.
Para evitar constrangimento e briga judiciária, Rueda segue o caminho mais tranquilo.
Espera finalizar o contrato que Rollo assinou com Robinho, até o dia 28 de fevereiro, que previa o pagamento de R$ 1,500.00. Sim, mil e quinhentos reais.
Rueda disse que esperará mais nove dias para encerrar naturalmente o vínculo.
Se antecipasse a rescisão, o clube teria de pagar cerca de R$ 2 milhões de divída que tem com o atleta.
A intenção é esperar o contrato acabar.
E, sem vínculo nenhum, negociar o pagamento.
Rueda segue muito firme.
"Condenado, Robinho não joga no Santos."
Patrocinadores do clube também seguem firme.
E não aceitam ver o atleta com a camisa do clube, com seus logotipos.
Pressionam a diretoria a nem pensar nessa hipótese.
O desgaste segue enorme.
O atacante segue treinando sozinho.
E disse a amigos que seguirá com a carreira.
Pelo menos até a sentença definitiva sobra a acusação de estupro.
Enquanto isso, pode esquecer o Santos...
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