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O mundo continua chorando pelas 71 vidas perdidas no acidente aéreo com a Chapecoense, na terça-feira (29) passada. Em uma semana marcada por velórios e homenagens, o clube de Santa Catarina começa a pensar em sua reconstrução. Veja, a seguir, mais sobre a tragédia
Montagem R7
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A família do futebol também compareceu aos enterros dos integrantes da Chapecoense. Último técnico a enfrentar Caio Júnior, o campeão brasileiro Cuca foi ao enterro para dar um abraço nos familiares do companheiro de profissão
Jornalistas vítimas das tragédias são enterrados em suas cidades
Rodrigo Félix Leal/Estadão Conteúdo
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A cerimônia do ex-jogador e treinador do Paraná, contou com Cuca, ex-Coritiba, e Paulo Autuori, atual Atlético-PR
Rodrigo Félix Leal/Estadão Conteúdo
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O técnico Paulo Autuori parecia inconsolável no adeus ao companheiro de profissão Caio Júnior
Geraldo Bubniak/Estadão Conteúdo
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Jô, que trabalhou com Caio Júnior no Al-Shabab, dos Emirados Árabes Unidos, prestou homenagem
Geraldo Bubniak/Estadão Conteúdo
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O caixão de Caio Júnior contava com algumas da camisas dos clubes nos quais trabalhou
Clique aqui e veja tudo sobre os enterros das vítimas da tragédia com a Chapecoense
Rodrigo Félix Leal/Estadão Conteúdo
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Antes dos enterros, a mãe do goleiro Danilo protagonizou mais um duro momento na cobertura do acidente que matou 71 pessoas, na região de Medellín, na Colômbia. Ilaídes Padilha inclusive levou Guido Nunes, repórter do Sportv, às lágrimas ao perguntar como a imprensa estava se sentindo com a morte de amigos e colegas de profissão. O profissional, claro, não resistiu e chorou.
Além do filho da Dona Ilaídes, a tragédia vitimou outros 43 integrantes da Chapecoense, 20 profissionais da imprensa e sete tripulantes. Os corpos começaram a ser mandados para o país natal de cada um. Ao todo, são 64 brasileiros
Programas da Record na íntegra no R7 Play
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
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Serena mesmo em meio à tragédia que inverteu a ordem natural das coisas, Dona Ilaídes se preocupou até em fazer um agradecimento aos profissionais da imprensa e aos torcedores
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
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Durante a entrevista ao 'Seleção Sportv', Dona Ilaídes surpreendeu o repórter Guido Nunes com uma pergunta aparentemente simples que qualquer repórter que cobriu uma tragédia já fez:
“Agora, eu posso te fazer uma pergunta? Como vocês da imprensa estão se sentindo tendo perdendo tantos amigos queridos lá? Você pode me responder? Não? Pode me dar um abraço em nome da imprensa”, disse a mãe de Danilo
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
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Aos demais veículos de comunicação presentes na Arena Condá, a mãe do herói da semifinal da Copa Sul-Americana disse que será para sempre grata aos torcedores:
“Vou ser a mãe dessa torcida, que colocou meu filho num pedestal, que ficou do lado dele nos momentos difíceis, que vibrou com ele a cada defesa importante que ele fez. Perdi meu filho, mas ganhei milhares de filhos nessa torcida. Se pudesse, dava um abraço em cada um”, disse Ilaídes
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
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Com uma camisa estilizada com a imagem do filho, Ilaídes contou que ficou sabendo do acidente em Medellín ainda na madruga através de vizinho que bateu à porta da família em Cianorte, no norte do Paraná. Em princípio, claro, preferiu não acreditar e sofreu ainda mais com as informações desencontradas sobre o goleiro. Foram quase 12 horas de angústia até a morte do filho ser decretada
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
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'Perdi um filho, mas ganhei milhares', resumiu Ilaídes, mãe do goleiro Danilo
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
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Conheça, a seguir, todas as vítimas da tragédia com a Chapecoense
Ananias
Posição: Meia
Perfil: Ananias Eloi Castro Monteiro, conhecido como Ananias, ficou famoso por fazer os dois primeiros gols no Allianz Parque, estádio do Palmeiras, em novembro de 2014, na vitória do Sport por 2 X 0 contra o Verdão
Reprodução/Instagram
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Arthur Maia
Posição: Meia
Perfil: Arthur Brasiliano Maia nasceu no dia 13 de outubro de 1992 (24 anos) em Maceió, Alagoas. É oriundo das categorias de base do Vitória (BA). Chegou a jogar no Japão, no Kawasai Frontale, em 2015, até chegar na Chape este ano
Reprodução
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Bruno Rangel
Posição: Atacante
Perfil: Carioca de Campos dos Coytacazes, Bruno nasceu no dia 11 de dezembro de 1981 (34 anos). Começou a jogar no Rio de Janeiro e chegou a atuar na Arábia Saudita em 2014, no Al Arabi
Reprodução
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Ailton Canela
Posição: Atacante
Perfil: Aílton Cesar Junior Alves da Silva nasceu no dia 18 de novembro de 1994 (22 anos) em Matão, São Paulo. No ano passado estava defendendo o Botafogo de Ribeirão Preto, na série D
Reprodução
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Cleber Santana
Posição: Meia
Perfil: Um dos mais experientes jogadores do elenco, Cleber Santana Loureiro nasceu no dia 27 de junho de 1981 (35 anos) em Olinda, Pernambuco. Chegou a jogar no Atlético de Madrid (Espanha), entre 2007 e 2010. No Brasil jogou em grandes times como Santos, São Paulo e Flamengo
Reprodução/Instagram
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Dener
Posição: Lateral-esquerdo
Perfil: Dener Braz nasceu no dia 28 de junho de 1991 (25 anos) em Bagé, Rio Grande do Sul. Jogou pelos times do Grêmio, Veranópolis e Vitória antes de chegar na Chapecoense
Reprodução/Instagram
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Danilo
Posição: Goleiro
Perfil: O guarda-metas da Chapecoense, Marcos Danilo Padilha, nasceu em Cianorte, no Paraná, no dia 31 de julho de 1985. Foi um dos destaques da Chape tanto no Campeonato Brasileiro como na Copa Sul-Americana, quanbdo fez defesas milagrosas. Danilo começou sua carreira no pequeno Cianorte
Reprodução/Facebook
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Filipe Machado
Posição: Zagueiro
Perfil: Filipe José Machado nasceu no dia 13 de março de 1984 (32 anos) em Gravataí, Rio Grande do Sul
Reprodução
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Sergio Manoel
Posição: Volante
Perfil: Nascido em 8 de setembro de 1989 (27 anos), em Xique-Xique (BA), o volante começou no Nacional, da capital paulista
Divulgação
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Matheus Biteco
Posição: Volante
Perfil: Nascido em Porto Alegre (RS), no dia 28 de junho de 1995 (21 anos), Matheus Bitencourt da Silva começou sua carreira no Grêmio e passou pelas seleções de base do Brasil
Divulgação
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Lucas Gomes
Posição: Atacante
Perfil: Nascido em 5 de maio de 1990, o atacante Lucas Gomes da Silva nasceu em Bragança (PA) e atuou em diversos times de menor expressão como o Trem e Tuna Luso até chega no Chape este ano
Divulgação
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Kempes
Posição: Atacante
Perfil: Extrovertido, Everton Kempes dos Santos Gonçalves foi um dos destaques da Chape no campeonato brasileiro e um dos artilheiros do time. Nascido no dia 3 de agosto de 1982 (34 anos), em Carpina (PE), começou no Paraná e passou por times japoneses entre 2012 e 2014
Divulgação
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Gimenez
Posição: Zagueiro
Perfil: Guilherme Gimenez de Souza nasceu no dia 18 de junho de 1995 (21 anos), em Ribeirão Preto (SP)
Divulgação
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Nome: Gil
Posição: Volante
Perfil: José Gildeixon Clemente de Paiva, o Gil, nasceu no dia 3 de setembro de 1987 (29 anos), em Santo Antônio (RS)
Divulgação
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Thiego
Posição: Zagueiro
Perfil: Willian Thiego de Jesus, mais conhecido como Thiego, nasceu em Aracaju, no dia 22 de julho de 1986 (30 anos) e atuou em times como o Grêmio, Figueirense, além de ter jogado no Japão e no Arzeibaijão
Divulgação
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Tiaguinho
Posição: Atacante
Perfil: Tiago Da Rocha Vieira nasceu no Rio de Janeiro e tem 22 anos. Jogou em times como o XV de Piracicaba e o Cianorte
Divulgação
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Josimar
Posição: Volante
Perfil: Nascido em Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 18 de agosto de 1986 (30 anos), o volante começou no Brasil de Pelotas e passou por times como Ponte Preta e Palmeiras
Divulgação
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Nome: Marcelo
Posição: Zagueiro
Perfil: Marcelo Augusto Mathias da Silva nasceu em Juiz de Fora (MG), no dia 26 de agosto de 1991 (25 anos). Começou sua carreira no Volta Redonda (RJ) e chegou a ser emprestado para o Flamengo
Divulgação
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Mateus Caramelo
Posição: Zagueiro
Perfil: Mateus Caramelo, ou simplesmente Caramelo nasceu em Araçatuba, no dia 30 de agosto de 1994 (22 anos). Teve passagem pelo São Paulo em 2013
Divulgação
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Caio Junior
Posição: Técnico
Perfil: Técnico que teve passagens por Palmeiras, Grêmio e Criciuma, Luiz Carlos Saroli, ou Caio Júnior nasceu em Cascavel (PR), no dia 8 de março de 1965 (51 anos)
Divulgação
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Duca
Posição: Auxiliar-técnico
Perfil: Eduardo de Castro Filho, o Duca, era auxiliar-técnico do técnico Caio Junior
Reprodução
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Marcio Bestene Koury
Posição: Médico
Perfil: Nascido no Acre, Marcio tinha 44 anos
Arquivo pessoal
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Divulgação
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Conhecidos por ostentarem os melhores carros, estarem acompanhados das mais belas mulheres e receberem os melhores salários, alguns jogadores de futebol dos principais times levam a vida que muitos sonhariam em ter. Na contramão disso tudo, os atletas da Chapecoense levavam um vida simples, longe dos holofotes. Nem por isso deixaram de fazer história com a camisa mais amada do mundo hoje
Marcio Cunha/Reuters
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O grande sucesso que a equipe vinha tendo nesta temporada sempre foi inversamente proporcional aos gastos mensais que o clube tinha. Com uma folha salarial de apenas R$ 2 milhões, o teto salarial era de R$ 100 mil por mês, sendo que apenas um jogador recebia no limite estipulando pela diretoria: o experiente Cléber Santana
Márcio Cunha / Estadão Conteúdo
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A Verdão do Oeste virou sucesso no futebol brasileiro devido à sua rápida ascensão nos últimos anos. O clube subiu da Série D do Campeonato Brasileiro para a Série A em apenas cinco anos e, desde a sua chegada à elite do Nacional, em 2014, tem desbancado times tradicionais e com orçamentos mais volumosos
Jardel da Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Fundada em 1973, a história da Chapecoense começou a mudar a partir de 2005. Com dívidas que somavam R$ 1,5 milhão e eram consideradas impagáveis, a diretoria chegou a cogitar a possibilidade de fechar definitivamente as portas do clube. Um grupo de empresários da cidade, ligados ao ramo de frigoríficos e ao agronegócio, no entanto, se uniu para quitar as pendências e salvou o time da falência
Marcos Bezerra/Estadão Conteúdo
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A mudança de gestão e o equilíbrio nas finanças não demoraram para começar a dar resultado. Em 2007, o time foi campeão estadual depois de 11 anos de jejum. Duas temporadas depois, conseguiu subir da Série D para a C do Brasileiro
Renato Padilha/Estadão Conteúdo
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Junto com os acessos de divisão, veio também o expressivo aumento na arrecadação em um curto espaço de tempo. O orçamento de R$ 13 milhões em 2013 saltou para R$ 45 milhões nesta temporada. Mesmo assim, é quase 10% dos R$ 400 milhões recebidos pelo Flamengo, por exemplo. O mesmo abismo se vê em relação ao patrocínio da Caixa Econômica Federal, que para estampar a marca do banco no uniforme do clube paga R$ 4 milhões por ano. Já o Corinthians recebe R$ 30 milhões
Paulo Whitaker/Reuters
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Mesmo com o aumento nas receitas nas últimas temporadas, a maneira de administrar o clube permaneceu inalterada. Dono de uma distribuidora de frutas na cidade, o presidente da Chapecoense desde 2008 era Sandro Pallaoro, morto no acidente de avião
Jorge Rodrigues / Estadão Conteúdo
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Ao lado de outros empresários da cidade, que faziam parte da diretoria, ele implantou uma política de austeridade financeira e só gastava o dinheiro que tinha em caixa. Com a folha de R$ 2 milhões, a Chapecoense surpreendeu ao anunciar que pagou 14º salário aos seus funcionários em 2015 - uma forma de gratidão. A filosofia de Pallaoro era fazer o que ele chamava de 'um futebol diferente do praticado no Brasil', honrando salários em dia no clube. Nas últimas temporadas, a Chapecoense se destacou por ter um elenco homogêneo, sem grandes atleta
MÁRCIO CUNHA/MAFALDA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Segundo o dirigente, não adiantava contratar um jogador medalhão. A filosofia era buscar no mercado jogadores com motivação para atuar na Chapecoense e ambição de defender a equipe para crescer profissionalmente no futebol. No grupo de jogadores mortos no acidente aéreo, o único que destoava desse perfil era o meia Cleber Santana, de 36 anos, capitão do time, e com passagens por Santos, São Paulo, Atlético-PR e os espanhóis Atlético de Madrid e Mallorca
Koka Madruga/Estadão Conteúdo
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CT E BONS PÚBLICOS - A menina dos olhos da Chapecoense é o centro de treinamento, inaugurado em 2014. O local custou R$ 2 milhões, ocupa uma área total de 83 mil metros quadrados, possui três campos oficiais e um anexo para as categorias de base, cinco vestiários, academia, sala de massagem, sala de fisioterapia, rouparia e cozinha. Antes da construção do CT, a equipe treinava em campos localizados em fazendas e fábricas de empresários da região
MÁRCIO CUNHA/MAFALDA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Os 200 mil habitantes da cidade da parte Oeste de Santa Catarina, distante quase 600 quilômetros da capital Florianópolis, 'abraçaram' o time. Com 7,6 mil torcedores por jogo no Campeonato Brasileiro, a Chapecoense tem a melhor média de público entre os clubes catarinenses e está à frente também de Botafogo, Ponte Preta e América-MG, rebaixado
AE