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Na onda de Sampaoli e Jorge Jesus, técnicos estrangeiros decepcionam

Dudamel chegou como salvador da pátria e foi demitido após duas eliminações; Jesualdo Ferreira balança no Santos e Augusto Inácio caiu no Avaí

Futebol|Eugenio goussinsky, do R7

Dudamel deixou o comando do Atlético-MG
Dudamel deixou o comando do Atlético-MG Dudamel deixou o comando do Atlético-MG

Após o sucesso de Jorge Sampaoli no Santos e de Jorge Jesus no Flamengo, os dirigentes brasileiros acharam que encontraram a fórmula das vitórias: contratar técnicos estrangeiros.

Eles chegaram aqui no início do ano, como verdadeiros salvadores da pátria. E logo os dirigentes viram que não é bem assim. Longe disso.

Os "Jorges" podem até ser considerados exceções entre os técnicos. Mesmo os brasileiros. Deram certo em função de vários fatores.

No Fla, por exemplo, a montagem organizada do elenco e o equilíbrio financeiro ajudaram muito.

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No Santos, a sabedoria de Sampaoli em lidar com os problemas do clube e com a característica dos jogadores também prevaleceu.

Com tal referência, os dirigentes se empolgaram. "Agora temos a solução. Ninguém segura os nossos estrangeiros", pensaram.

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Mas, rapidamente, os resultados não foram os esperados. E assim, o português Augusto Inácio foi demitido no Avaí, após sete jogos. Dudamel, venezuelano, deixou o Atlético-MG após duas eliminações.

Coudet, no Inter-RS, ainda não fez a equipe ter perfomances que se assemelhassem à do Racing, sua ex-equipe, de uns tempos atrás.

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E o experiente Jesualdo Ferreira, apesar de conhecer futebol, ainda não conseguiu transmitir esse conhecimento aos jogadores e está pressionado no Santos.

Estes técnicos chegaram ganhando altos salários e os que não foram descartados estão sendo questionados. Em menos de dois meses.

Tudo isso vem para mostrar que não é a nacionalidade que faz um técnico melhor do que o outro.

São outras questões mais complexas e profundas, que passam por uma reestruturação das próprias equipes, da mentalidade dos dirigentes ao aperfeiçoamento da legislação. Com gestões profissionais e responsáveis.

O fato deles terem sido demitidos com poucos jogos também mostra precipitação e falta de planejamento.

O futebol brasileiro sempre viveu de fórmulas mágicas. Mas, até um tempo atrás, tudo acabava dando certo porque sobrava talento.

O treinador nem era tão importante.

Nos anos 70, por exemplo, o camisa 10 do Santos era Pelé; o do Corinthians, Rivellino; o do Palmeiras, Ademir da Guia e o do São Paulo, Gérson.

Quem era mais importante: um jogador deste nível ou o técnico?

Hoje, os craques estão saindo cada vez mais cedo. E aí, não há mais mágica que consiga resolver o problema. Em nenhum idioma.

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