Conselheiro, Marco Aurélio deixou a diretoria do clube em 2011
Reprodução / Twitter"Meu limite é ganhar! Se ganhar, eu continuo, se não, eu saio". Há menos de duas semanas, após a derrota para o Palmeiras, estas foram as palavras do técnico Muricy Ramalho pouco depois de ser convencido pela diretoria do São Paulo a seguir no comando do time. Porém, na última segunda-feira (6), o limite chegou e o treinador deu adeus ao Tricolor – ou um "até breve", como ele mesmo descreveu.
A queda do técnico tricampeão brasileiro pelo clube, embora esperada, movimentou bastante os bastidores no Morumbi. O vereador Marco Aurélio Cunha, que está afastado da diretoria do São Paulo desde 2011, quando rompeu com o ex-presidente Juvenal Juvêncio, falou sobre a saída do treinador.
— Eu não estou mais dentro do clube, mas acho simplista falar em 'limite'. O 'limite', se é que ele existiu neste caso, não é e nem pode ser apenas do Muricy. E o limite dos outros? E o limite dos que estão ao lado dele, do grupo de jogadores? E o limite do clube? O limite não é de um só. Mas se o treinador tem toda essa influencia no clube isso é fruto da importância que dão a ele no Brasil.
Em sua terceira passagem pelo clube, Muricy Ramalho deixa a equipe em um momento delicado. Restando duas rodadas para o término da fase de grupos da Copa Libertadores, o São Paulo briga com o San Lorenzo (ARG) pelo segundo lugar do Grupo 2, onde o Corinthians nada de braçadas e praticamente já garantiu uma das vagas nas oitavas de final.
Questionado se a saída do técnico sepultaria as chances da equipe na competição, Marco Aurélio Cunha foi enfático.
— Esse não é o problema. Não será por isso que o São Paulo terá sucesso ou não na competição. O Internacional, por exemplo, trocou de comando em 2010, quando substituiu o [Jorge] Fossati pelo Celso Roth, e ganhou a Libertadores. Então, essa não é questão. O São Paulo vai encontrar um novo treinador e o Muricy vai cuidar do problema de saúde dele, que aparentemente não é grave, mas, que logicamente, com a pressão e o estresse do momento, tem se agravado. Sobretudo com a ‘encheção de saco’ que ele vinha sofrendo.