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Maradona sempre foi um mestre na arte de driblar. Driblou a pobreza de Vila Fioritto, fez trombar todo o time da Inglaterra enquanto driblava críticos, em direção ao gol, na Copa de 86. Deu dribles seguidos nos arroubos de superioridade do Norte da Itália ao levar o modesto Napoli para a glória
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Demian Alday Estévez/EFE/03-11-20
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E, depois de encerrar a carreira, dia a dia passou a ter de driblar seu maior adversário, esse sim, inimigo: o vício. Que o levou às profundezas de sua alma e, em frenético altos e baixos, o fez se deparar com a morte
Arquivo/EFE
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E ter de driblá-la. Três dias após completar 60 anos (foto), ele foi internado, expondo algo que nem mesmo os mais próximos percebiam: a depressão. Com ela, a anemia e um forte hematoma na cabeça, talvez consequência de tudo isso, que o levou a realizar uma delicada operação no cérebro
Demian Alday Estévez/EFE/30-10-20
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A notícia mais recente é a de que ele passa bem após a intervenção, comandada por seu médico, o neurologista Leopoldo Luque. Mostrou-se consciente, pediu um café, perguntou sobre o jogo do River e assistiu o Lanús, time de sua terra natal, eliminar o São Paulo da Sul-Americana, segundo a emissora TyC Sports
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Demian Alday/EFE
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Enquanto isso, uma legião de fãs, novamente, se colocava em frente à Clínica Olivos em Rosário, numa corrente que se estendeu por todo o país, do anônimo ao ídolo. Messi enviou um grande abraço ao ídolo, Olarchicoechea exigiu um busto em homenagem a ele
Alessandro Di Marco/EFE/28-10-20
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Como sempre, Maradona tocou na alma de seu país, como a melodia poética de um tango nas ruas de Caminito. Foi mais um capítulo da saga do homem Diego que, acolhido pelo mito Maradona, teve de continuar driblando. Veja as outras ocasiões, com base em dados da emissora argentina
Juan Ignacio Roncoroni/EFE/03-11-20
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A primeira não foi bem a morte, mas foi o fim prematuro da carreira quando, em 1983, ele levou uma pancada violenta de Andoni Goikoexea, do Athletic Bilbao, lhe quebrou o tornozelo. Ele teve uma recuperação rápida, de três meses, e voltou para, no ano seguinte, enfrentar o mesmo Athletic na final da Copa do Rei e iniciar uma confusão generalizada
Juan Ignacio Roncoroni/EFE/30-10-20
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Foi o fim da carreira do jogador, porém, que deu início à exposição de seu drama do vício em cocaína. Cinco anos depois de ter sido flagrado, e preso, ele acabou sendo internado às pressas no Policlínico La Barra de Punta del Este, Uruguai, com hipertensão e forte arritmia, em função da droga
Demian Alday Estévez/EFE/02-11-20
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Em situação similar, Diego também foi internado em 2004, desta vez na Clínica y Maternidad Suizo Argentina de la Capital Federal, em Buenos Aires. Na ocasião, ele também esteve próximo de morrer, por causa de uma crise hipertensiva, em um quadro basal de miocardiopatia dilatada
Juan Ignacio Roncoroni/EFE/04-11-20
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No ano seguinte, em 2005, teve de ser operado às pressas em Cartagena, na Colômbia, desta vez por causa do sobrepeso, que lhe provocaram hipertensão, problemas respiratórios e circulatórios, apneia do sono, diabetes e alteração do sistema renal
Juan Ignacio Roncoroni/EFE/29-10-20
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Também a ingestão de comidas em excesso o fez passar por um processo cirúrgico, não tão grave, em 2007, no Sanatório Güemes, em Buenos Aires
Demian Alday Estévez/EFE/03-11-20
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No dia 29 de março de 2010, uma mordida da cadela Bella, de sua ex-mulher Verônica Ojeda, levou novamente Maradona a uma sala de cirurgia, por causa de um corte profundo. Na ocasião, ele treinava a seleção da Argentina que disputaria a Copa do Mundo de 2010. Operado no Sanatorio de los Arcos, ele se recuperou bem e atuou normalmente no Mundial, quando sua seleção acabou eliminada nas quartas de final
Demian Alday/EFE
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Quando treinava o Al Wasl, nos Emirados Árabes, Maradona também passou por uma intervenção cirúrgica, desta vez para a retirada de cálculos renais, problema que Pelé também teve em abril de 2019
Demian Alday Estévez/EFE/30-10-20
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A questão do peso também motivou uma nova operação no ídolo. Esta ocorreu em 2015 e tinha por objetivo fazer Maradona chegar aos 75 kg, após já ter alcançado até 120 kg. A cirurgia ocorreu na clínica Falcón de Maracaibo, Venezuela, e o ex-jogador se recuperou na capital Caracas
Juan Ignacio Roncoroni/EFE/29-10-20
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Em 2019, Maradona passou por duas intervenções. A primeira em 4 de janeiro, quando dirigia do Dorados de Sinaloa, México, quando ele teve um sangramento estomacal, constatado em endoscopia. A segunda, em julho, quando os médicos colocaram uma prótese no seu joelho direito, já que, também em função do sobrepeso, ele sofria de sinovite (infecção) e artrose no local. Esta havia sido a última vez que ele esteve em uma mesa de cirurgia, antes da internação ocorrida três dias após ele se tornar sexagenário
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Demian Alday Estévez/EFE - 9/2/2020