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Já está se tornando rotina a Arena Corinthians envolvida em
polêmicas. Desta vez o assunto toca o ex-presidente do clube, Andrés Sanchez, agora
investigado na Operação Lava Jato. No início de novembro, o ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, autorizou abertura de inquérito
sobre o deputado federal (PT-SP) por corrupção passiva. O caso é mais um fator para dificultar ainda mais a venda
dos naming rigths do Itaquerão. E esse é só um dos muitos problemas do
estádio. Acompanhe
Marcelo Gonçalves / Estadão Conteúdo
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Em novembro, um novo e enorme problema veio complicar ainda mais a dura missão de comercializar o nome do estádio. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, um vazamento de 10 milhões de litros de água foi encontrado sob a Arena Corinthians e pode fazer o estacionamento (foto) desabar e invadir a radial leste
Divulgação
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A tarefa mais difícil da diretoria do Corinthians nos últimos anos tem sido vender os naming rights do Itaquerão. Inaugurado em 2014, ninguém contava que após dois anos, o estádio continuaria sem ter uma marca como nome principal. Os anos passaram e a dificuldade em atingir o objetivo só está aumentando...
Julian Finney/Getty Images
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As primeiras promessas de que os naming rights seriam vendidos foram feitas antes da inauguração do estádio, em meados de 2012. No entanto, após uma série de negativas, o clube segue em busca de novos interessados e aparentemente está longe de ter sucesso
Gazeta Press
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De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a última negociação e, que foi mais longe nesses quatro anos, chegou até a ter contrato redigido, além de um plano de marketing definido. No entanto, o negócio, está paralisado
Estadão Conteúdo
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A arrogância do ex-presidente Andrés Sánchez também atrapalhou o processo. Responsável na construção da arena, o dirigente sempre afirmou de peito aberto que a venda dos naming rights aconteceria de forma natural e sem grandes problemas
Gazeta Press
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Inicialmente, o estádio teria um custo de R$ 800 milhões e seria pago metade com empréstimo do BNDES e a outra metade com os CIDs (Cerfiticados de Incentivo ao Desenvolvimento). Sem falar que o valor já ultrapassou a casa do R$ 1 bilhão, contando os juros
Getty Images
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Há poucos meses, o clube alegou estar passando por dificuldades na comercialização dos CIDs. De acordo com o contrato do Corinthians com a Odebrecht, caso o clube não consiga comercializar esse valor, ele deverá ser pago pela construtora
Getty Images
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Diante disso, um novo problema surge. A Odebrecht vem sendo investigada pela Lava-Jato. A operação aponta propinas na construção de uma série de obras. Apesar desse problema não afetar diretamente o Corinthians, nenhuma empresa quer ter a sua marca relacionada à Lava-Jato
REGINALDO CASTRO/Gazeta Press
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Mais um obstáculo na lista de problemas para garantir a venda dos naming rights são os problemas com placas de granito. Há algumas semanas, duas placas com cerca de 2 metros de altura e 1,5 m de largura descolaram e ficaram penduradas por um arame de segurança
Reprodução/Facebook
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o Corinthians ainda sofre com a baixa procura por camarotes e cadeiras cativas. Até julho deste ano, o clube tinha apenas 40% das unidades vendidas
Reprodução/Facebook
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A ausência de shows na arena é outro fator que joga contra a venda dos naming rights. No início, era esperado que o Itaquerão rivalizasse com o Allianz Parque, casa do Palmeiras, no recebimento de concertos e até hoje nenhuma cantora, cantor ou banda quis se apresentar no estádio
Reprodução/Facebook
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Outro problema que fica evidente na dificuldade em vender os naming rights envolve a Globo e o SporTV. Detentoras dos direitos dos campeonatos, as emissoras não falam Allianz Parque, optam por chamar de Arena Palmeiras. A tendência é que com o estádio do Corinthians aconteça o mesmo
Wagner Carmo/Inovafoto/Gazeta Press
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A venda alucinada de jogadores nas últimas janelas de transferência é outro problema que contribui no problema em vender os naming rights do Itaquerão. No início e meio de 2016, seis atletas importantes na conquista do Campeonato Brasileiro 2015 deixaram o clube: Gil, Felipe, Ralf, Renato Augusto, Jadson e Vagner Love. No lugar deles, ao invés de contratar jogadores de qualidade e que necessitam de um investimento maior, a diretoria optou por peças de reposição consideradas 'econômicas'
Reprodução/Facebook
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Não é confirmado por ninguém no clube, mas especula-se que os valores recebidos nas negociações foram usados para quitar parcelas da dívida do Itaquerão com o governo. Além disso, enquanto um acordo não for concluído, a tendência é que essa ação se repita nas próximas janelas
Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians
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Para piorar, a situação vivida pelo clube não é das melhores para garantir a venda dos naming rights. Após vender seus principais jogadores, as reposições não foram a altura e a chance do Corinthians ficar fora da Libertadores 2017 existe, deixando o cenário ainda menos atrativo para possíveis patrocinadores
ALAN MORICI/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
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As parcelas giram em torno de R$ 5 milhões por mês, posteriormente, esse valor dobrará, chegando a R$ 10 milhões. Os valores aumentam e a entrada de verba não, o que preocupa a diretoria e também torcedores
Reprodução/Facebook
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Outro fator que joga contra a possível venda dos naming rights é a popularização do nome Itaquerão. As empresas acabam optando por não investir na arena, principalmente por acreditar que o estádio não fosse chamado pelo nome da marca, implicando em uma baixa visibilidade da empresa
Reprodução
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2017 está batendo na porta e esses problemas parecem estar longe de serem solucionados, enquanto que os torcedores seguem sem ter uma resposta sobre o futuro do estádio corintiano
LUIS MOURA/WPP/ESTADÃO CONTEÚDO