Robinho voltou a ser o principal líder da seleção
Rafael Ribeiro / CBFQuem tem estrela nasceu para brilhar. Convocado por Dunga para ser o reserva imediato de Neymar, Robinho correu o risco até de ser cortado antes do início da Copa América. Mas o veterano atacante se recuperou da lesão no joelho direito e ainda precisou ver a maior estrela da seleção brasileira ser suspensa da competição para, então, começar a assumir o papel de referência dentro de campo.
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Aos 31 anos, Robinho é o nome da vez. Depois de dois jogos sem nem sequer sair do banco de reservas (contra Peru e Colômbia), ele estreou no decisivo confronto com a Venezuela, no último domingo (21), no Monumental, em Santiago. Estreia, aliás, em grande estilo: vitória por 2 a 1, classificação às quartas de final para enfrentar o Paraguai, uma assistência e a certeza de que é o jogador ideal para comandar o ataque da equipe.
— [Sem o Neymar] A responsabilidade é igual para todos os jogadores dentro da seleção brasileira. Eu procuro assumir a minha, não fujo da minha responsabilidade.
Robinho tem currículo para assumir a liderança ofensiva no Chile. O santista é o atleta com mais títulos no setor (15 contra 14 de Willian e 13 de Diego Tardelli, por exemplo). Além disso, o atacante tem boas lembranças da Copa América. Em 2007, na Venezuela, ele foi campeão e, de quebra, artilheiro da competição, com seis gols — superando Riquelme (5), Crespo (3), Diego Forlán (3), Messi (2), Tevez (1) e Guerrero (1). Dunga já havia declarado da importância do atleta quando divulgou a lista de convocados da Copa América de 2015.
— O Robinho é um jogador mais experiente hoje (do que em 2007). Ele sabe do papel que tem dentro da seleção agora. Vive um grande momento no Santos. Naquela época, ele era referência e chamou a responsabilidade. Agora, ele vem num papel um pouco diferente. Vem pela capacidade técnica, mas com uma responsabilidade maior.
É, mas quis o destino que Neymar xingasse o árbitro Enrique Osses, fosse suspenso e voltasse mais cedo para o Brasil. O que fazer?
Robinho já atingiu o auge da carreira e tornou-se o maior ídolo de Neymar. Agora, além de ser fã do craque do Barcelona, ele terá de ser a maior estrela da seleção e precisará refazer o papel fundamental de 2007.
As referências do Brasil
Robinho - Atacante é um dos jogadores mais experientes da seleção. É referência para o grupo dentro e fora de campo, além de ser conhecido internacionalmente por ter passagens por Real Madrid e Milan. Segue brilhando no Santos.
Daniel Alves - Apesar de ter sido convocado só por causa do corte de Danilo, lateral-direito é o jogador mais vitorioso do elenco: 29 títulos. Tem moral com os companheiros e vem de uma temporada perfeita com a camisa do Barcelona.
Thiago Silva - Zagueiro perdeu a braçadeira de capitão e só recuperou a titularidade na Copa América. Ainda assim, é tido como um dos principais líderes da seleção. É reconhecido como um dos maiores defensores do mundo atuando no PSG.
Miranda - Ganhou a titularidade e, principalmente, a confiança de Dunga. Foi escolhido para ser o capitão da seleção brasileira na Copa América com a saída de Neymar. Tem sido um dos destaques do Atlético de Madrid nos últimos anos.
Willian - Virou titular absoluto da seleção brasileira com a chegada de Dunga. Elogiado constantemente por José Mourinho, meia-atacante fez uma grande temporada pelo Chelsea. Tem habilidade e gosta de chamar o jogo.