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Ídolo do Santos dá dicas para Cícero não repetir fiasco nos pênaltis

Pepe, o Canhão da Vila, revelou que alguns goleiros até fugiam das suas cobranças

Futebol|Eugenio Goussinsky, do R7

Cícero não teve boa atuação na derrota do Santos
Cícero não teve boa atuação na derrota do Santos Cícero não teve boa atuação na derrota do Santos
Pepe diz que só bateu colocado uma única vez na carreira
Pepe diz que só bateu colocado uma única vez na carreira Pepe diz que só bateu colocado uma única vez na carreira

O ex-ponta-esquerda Pepe, ídolo do Santos nos anos 50 e 60, deu risada quando perguntado se o meia Cícero tentou imitar seu estilo, ao bater com muita força o pênalti contra o Ituano, na derrota santista por 1 a 0.

— Acontece. A perda de um pênalti marca um jogador, mas o Cícero tem feito um grande campeonato, inclusive com gols em chutes certeiros. É que ele quis resolver com um chute forte e pegou errado na bola.

Apelidado de Canhão da Vila, em razão da força com que acertava a bola, o ex-jogador acredita que Cícero, canhoto como ele, não utilizou a técnica adequada e por isso errou a cobrança.

— Acho que ele quis chutar na direção da mão direita do goleiro. Não é a melhor maneira. Eu batia cruzado, em direção à mão esquerda. Fica mais fácil de acertar.

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Na próxima partida, caso o Santos vença por um gol de diferença, a disputa será decidida nos pênaltis. Cícero deverá ser um dos cobradores. Pepe considera que o meia tem tudo para se recuperar. — Ele tem uma postura de liderança e deverá chamar para si a responsabilidade.

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Para Pepe, Cícero não precisa se preocupar em esconder a técnica sugerida por ele, mesmo que seja manjada por muitos.

— Se ele pegar certinho, cruzado, no canto esquerdo, não há goleiro que chegue .

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Temido pelos goleiros

A potência da batida de Pepe sempre foi motivo de temor para os goleiros. Ele é o segundo maior artilheiro do Santos, com 405 gols marcados em 750 partidas.

Em recente conversa com Canarinho, do XV de Piracicaba, Pepe ficou sabendo o porquê de o ex-goleiro sempre cair para o outro lado em suas cobranças.

— Ele me disse: Pepe, você acha que sou louco de levar pancada?, lembrou, rindo.

O jogo de volta entre Santos e Ituano acontece no próximo domingo

Pepe conta que bateu sem força somente uma vez durante a carreira.

— Foi no Maracanã. O goleiro Garcia, do Flamengo, pensou que eu ia mandar um canhão e eu só coloquei do outro lado. Ele se esparramou no chão e a bola entrou de mansinho.

Em cerca de 70 pênaltis cobrados na carreira, Pepe errou menos de 10%.

— Eu ia na bola com confiança, tirava sangue dela.

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Pepe foi o cobrador oficial de pênaltis até a chegada de Pelé, que instaurou a “paradinha”.

— A paradinha foi sensacional. Nunca cheguei a usá-la, mas ela ajudou o Pelé. Ele treinava muito as cobranças. Hoje a jogada não é permitida.

Certa vez, em uma partida do Torneio Início, em 1955, o Santos enfrentou o São Bento de São Caetano. Após empate sem gols e nos escanteios, a decisão foi para os pênaltis, que eram cobrados por apenas um jogador de cada time, alternadamente.

— Eu cobrava para o Santos e o Bota, para o São Bento. Ele só colocava, com categoria. Fazia todas. Eu ia lá e fazia também, na pancada. Foi engraçado. Quando estava 7 a 6, perdi a minha cobrança. O goleiro deu um soco na bola e ela foi parar quase fora do estádio, conta Pepe, esperançoso de que o Santos irá reverter o resultado na partida do próximo domingo.

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