O Corinthians comemorou muito o empate com o São Paulo, por 1 a 1, neste domingo (24), no Morumbi. Na celebração do gol alvinegro, marcado por Clayson, os jogadores reservas do Timão se levantaram do banco e no calor da comemoração provocaram os torcedores são-paulinos. Entre os mais exaltados, o volante Gabriel levou as mãos à genitália e fez gestos obscenos para o público presente ao estádio.
Após a partida, o jogador, que havia sido substituído pelo autor do gol, se desculpou pelo ato.
“Isso é comemoração do gol, estava no calor do jogo, acontecem muitas coisas, ofensas, mas isso é do futebol”, disse Gabriel. “A gente estava comemorando perto da torcida, o torcedor estava nos ofendendo, fazendo gestos, xingando, mas até peço desculpas à pessoa, se ofendi, não era a intenção. Peço desculpas e ponto final”.
Mesmo com São Paulo ameaçado torcida bate recorde de público
Por conta da atitude ofensiva, Gabriel pode ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). De acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o gesto do volante corintiano pode ser classificado como “provocação ao público” (artigo 258-A), que prevê pena de suspensão de duas a seis partidas.
O técnico Fábio Carille afirmou que não viu a provocação de Gabriel, mas avisou que depois de analisar as imagens iria conversar com o jogador. "Se aconteceu, vai ser chamado a atenção na cobrança", disse.
O treinador, no entanto, fez questão de ressaltar que o ônibus do Corinthians foi atingido por pedras e pedaços de madeira na chegada ao estádio do Morumbi - o vidro do lado do motorista ficou trincado. Ele, inclusive, destacou que esse tipo de ataque é comum em jogos no Morumbi e lembrou de um episódio envolvendo Ronaldo Fenômeno, que defendeu o Corinthians entre 2009 e 2011, período em que Carille era auxiliar-técnico.
"A chegada aqui é sempre uma batalha. Mas, eu gosto disso, acorda ainda mais o meu time. Lembro quando fizeram isso com o Ronaldo, ele lá no fundo do ônibus disse 'putz, eles são burros, acabaram de me acordar'".
Já o técnico do São Paulo, Dorival Junior, disse que não viu a comemoração de Gabriel. "Não vi situação nenhuma. Do Gabriel, ainda não vi nada", disse.