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Corinthians e Flamengo disputam neste domingo (1º) um dos Clássicos das Multidões mais aguardados dos últimos anos. Com muitos ex-corintianos no elenco, incluindo o novo xodó Elias e o técnico Mano Menezes, o Mengão vem ao Pacaembu para tentar surpreender o alvinegro, que também conta com antigos rubro-negros no elenco.
Ao longo da história, muitos jogadores "viraram casaca" e receberam o apoio das duas maiores torcidas do Brasil. Alguns deles, inclusive, se tornaram ídolos tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo.
Relembre os jogadores que vestiram as camisas de Flamengo e CorinthiansMontagem R7
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O volante Elias é atualmente o capitão e novo xodó da torcida rubro-negra, sobretudo graças ao gol salvador marcado diante do Cruzeiro nas oitavas de final da Copa do Brasil. Antes de chegar ao Mengão, no entanto, o polivalente atleta escreveu uma belíssima história com a camisa alvinegra e se tornou um dos grandes ídolos recentes do Timão. Após o título da Série B, em 2008, Elias se tornou um dos homens de confiança do técnico Mano Menezes e foi fundamental nas conquistas do Paulistão e da Copa do Brasil de 2009. Sua presença surpresa na área adversária e os gols decisivos — muitos deles em clássicos — não saem da cabeça dos corintianos. Ele deixou o clube no fim de 2010 e não conteve às lágrimas no momento de sua despedida
Montagem R7/Rodrigo Coca/AE/Gazeta Press
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Quem também vem conquistando a nação rubro-negra é o treinador Mano Menezes, após uma passagem conturbada pela seleção brasileira. Antes de comandar a equipe canarinho, no entanto, o gaúcho viveu anos mágicos no Timão. Contratado para recolocar à equipe na elite do futebol nacional, Mano conquistou a Série B, a Copa do Brasil e o Paulista. Além de conquistar títulos, Mano conseguiu colocar o atacante Ronaldo em forma e encantar os corintianos com um jogo rápido e vistoso
Montagem R7/Daniel Augusto Jr / Foto Arena/Gazeta Press
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No Flamengo, Mano Menezes espera repetir o sucesso dos tempos de Corinthians e, para isso, conta agora com o zagueiro Chicão, contratado no início do mês. Além dos títulos conquistados sob o comando de Mano, o camisa 3 foi importante nas conquistas do Brasileirão, Libertadores, Mundial, Recopa Sul-Americana e Paulista de 2013, com muita raça e mais de 40 gols
Montagem R7/Gazeta Press
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Mas se o Mengão está recheado de ex-jogadores do rival, o mesmo acontece no Clube do Parque São Jorge. O atacante Emerson Sheik é um dos que tem a honra de ser querido pelas duas maiores torcidas do Brasil. Flamenguista de coração, ele teve uma breve, porém intensa passagem pelo Mengão. Em 2009, ele pagou do próprio bolso a multa para deixar o futebol árabe e vestir as cores do time do coração, e foi fundamental nas conquistas do Campeonato Carioca e do Brasileirão.
No Timão, no entanto, Emerson alcançou o ápice da consagração. Ele chegou ao clube em 2011, dispensado do Fluminense por cantar a música do "Bonde do Mengão sem freio". No alvinegro, ele foi o grande herói da histórica conquista Libertadores de 2012, fato que lhe garante o posto de ídolo eterno no Parque São JorgeMontagem R7/Fernando Dantas/Gazeta Press
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Outro flamenguista de coração que escreveu um importantíssimo capítulo da história corintiana foi Ronaldo Fenômeno. No fim de 2008, o eterno camisa 9 se recuperava de mais uma contusão na Gávea e alimentava a esperança de vestir o manto rubro-negro. A proposta dos cariocas, no entanto, nunca aconteceu e Ronaldo aceitou o convite do presidente Andrés Sanchez para ser a imagem da reconstrução corintiana. Em São Paulo, Ronaldo recuperou a forma, se tornou mais um louco do bando e marcou gols inesquecíveis, como os das finais do Paulistão e da Copa do Brasil. Além dos títulos conquistados, Ronaldo usou seu carisma e tino empresarial para atrair patrocinadores e ajudar a transformar o Timão no clube mais rentável e organizado do País
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Outro matador que teve passagens marcantes pelos clubes mais populares do Brasil foi o Imperador Adriano. Formado na Gávea, o talentoso canhoto conquistou dois títulos cariocas e uma Copa dos Campeões, antes de se tornar uma estrela mundial nos campos italianos. De volta ao Mengão em 2009, ele escreveu ainda mais o nome na história rubro-negra ao liderar a campanha do título Brasileiro.
Em 2011, Adriano chegou ao Corinthians sob desconfiança e visivelmente acima do peso. No clube alvinegro, ele jogou poucas partidas e não conquistou a confiança do técnico Tite. Apesar disso, o camisa 10 foi importantíssimo no título nacional ao marcar, no finalzinho, o gol que garantiu a vitória sobre o Atlético-MG, a duas rodadas do fim do campeonatoMontagem R7/Helio Suenaga/ Gazeta Press
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O lateral-direito Alessandro escreveu para sempre seu nome na história do Timão, sobretudo ao erguer as taças da Libertadores e do Mundial. Alguns talvez não se lembrem, que o "Guerreiro da Fiel" já conquistou muitos títulos também com a camisa rubro-negra. Cria da Gávea, o então cabeludo lateral conquistou o tricampeonato carioca (99/00/01), a Copa dos Campeões em 2001 e a Copa Mercosul de 1999 pelo Mengão.
No Timão, o capitão Alessandro conquistou oito títulos, desde sua chegada na Série B de 2012, e se tornou um dos atletas mais respeitados da história do clube por sua dedicação e liderançaDjalma Vassão / Gazeta Press
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Outro atleta formado na Gávea que entrou para a lista dos maiores ídolos da fiel foi Marcelinho Carioca. Em sua estreia no Mengo, ele substituiu ninguém menos que Zico, num Fla-Flu, aos 16 anos. No Rio, Marcelinho conquistou a Copa do Brasil de 90, o Carioca de 91 e o Campeonato Brasileiro de 92. Sua saída do Flamengo foi conturbada e contra sua vontade — ele reclamou de ter que ir embora para pagar o salário de "medalhões" da equipe. O que ele não sabia é que a ida para o Corinthians representaria sua consagração no cenário nacional. No Timão, o Pé de Anjo conquistou dez títulos (incluindo dois Brasileiros e um Mundial) e marcou mais de 2000 gols
Montagem R7/Acervo Gazeta Press
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Quem espera repetir os passos de Marcelinho é o meia Renato Augusto. Formado no Mengão, onde brilhou ainda jovem nas conquistas da Copa do Brasil de 2006 e dos Estaduais em 2007 e 2008, ele chegou ao Corinthians em 2013 e, mesmo atrapalhado por lesões, já faturou o Paulistão e a Recopa Sul-Americana
Montagem R7/Gazeta Press/Reprodução
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Outra cria do Flamengo que quer fazer história no Corinthians é o meia Ibson. Ele ainda é visto com desconfiança pelos torcedores paulistas, mas tem uma história de glórias com a camisa rubro-negra. No Rio, ele faturou três estaduais e o Brasileirão de 2009
Montagem/R7/Alexandre Loureiro/VipcommDJALMA VASSÃO/Gazeta Press
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A parceria entre Corinthians e Flamengo não é tão recente assim. O eterno ídolo da fiel Sócrates também vestiu o manto rubro-negro, entre 1985 e 1987. Após conquistar títulos e ser o líder da chamada Democracia Corintiana, o capitão da seleção de 82 se aventurou na Fiorentina da Itália. Ele, no entanto, não se adaptou ao futebol italiano e retornou junto com Zico, para delírio da torcida rubro-negra. No clube carioca, Sócrates conquistou o Campeonato Carioca de 1986, mas não teve o mesmo brilho dos tempos de Timão
Montagem R7/GazetaPress/Reprodução Placar
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Outro ídolo da Fiel que vestiu a camisa rubro-negra foi o atacante Casagrande. Criado no "terrão", ele viveu as maiores alegrias de sua carreira no clube paulistas, mas passou pelo Flamengo no ano de 1993. Em uma partida no Pacaembu contra o seu ex-clube, Casagrande recebeu o carinho da torcida com os gritos de "Volta Casão, seu lugar é no Timão " e "Doutor, eu não me engano, o Casagrande é corintiano". Por ironia do destino, ele foi o último a tocar na bola no gol de cabeça marcado por Rivaldo, que garantiu a vitória corintiana naquela partida
Gazeta Press
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Edilson é um dos poucos jogadore que pode se gabar de ter feito história tanto no Timão quanto no Mengão. Polêmico, irreverente e decisivo, o Capetinha foi um dos líderes das conquistas do Timão entre 1998 e 2000, onde formou um ataque fantástico com Ricardinho, Marcelinho e Luizão. Dentre os gols mais importantes do atacante pelo Timão, destacam-se a pintura contra o Real Madrid, em 2000, e o gol do título brasileiro, contra o Cruzeiro, em 1998. Em 2001, Edilson deixou o Timão por desavenças com a torcida e diretoria e recuperou o sorriso fácil no Rio de Janeiro. Com o Flamengo, foi muito importante nas conquistas do tricampeonato carioca e da Copa dos Campeões de 2001 (apesar de não se bicar com o craque da equipe na época, o sérvio Petkovic)
Montagem R7/Gazeta Press
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O atacante Liédson é outro que deixou sua marca de artilheiro com a camisa dos dois clubes mais populares do Brasil. Com duas passagens por cada um, o baiano naturalizado português viveu mais alegrias com a camisa do Timão. Em 2003, ele foi o herói da conquista do Paulista de 2003. Em 2011, foi fundamental no título Brasileiro e ainda participou da conquista da Libertadores inédita. No Mengo, ele não conquistou títulos, mas também deixou boa impressão, sobretudo no ano de 2002
Montagem R7/Gazeta Press/Bruno Turano/Vipcomm
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O volante Cristian foi rejeitado no Flamengo, apesar da conquista do Carioca de 2008, e viveu a melhor fase de sua carreira no Timão. Um dos destaques da equipe nas conquistas de 2009, Cristian ficou marcado pelo gol diante do São Paulo na semifinal do Paulista, com direito a gesto obsceno para a torcida rival e uma dura incrível no volante Arouca. Assim como Elias, Cristian chorou ao se despedir do clube e prometeu voltar no futuro
Montagem R7/Reprodução/Djalma Vassão/Gazeta Press
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Dentre os atletas que foram mais felizes na Gávea do que no Parque São Jorge, destaca-se o lateral Roger Guerreiro. Cria do "terrão", ele ficou marcado no Timão por sua expulsão na Libertadores de 2003, quando agrediu o meia D'Alessandro, do River Plate. No ano seguinte, Roger foi para o Flamengo, onde se destacou na posição de meio campo, com gols decisivos contra o Fluminense que levaram ao título do Campeonato Carioca. Atualmente sem clube, Roger fez carreira na Europa e jogou pela seleção polonesa
Marcelo Ferrelli/ Gazeta Press
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O habilidoso André Santos (à esq.), que chegou à seleção brasileira após excelentes temporadas no Corinthians, quer se redimir da primeira passagem no Mengão — ele passou pela Gávea entre 2005 e 2006 e não deixou saudades. No Timão, André Santos foi fundamental nas conquistas de 2008 e 2009
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História parecida viveu o goleiro Felipe. No Timão, o camisa 1 estreou com o rebaixamento à segunda divisão, em 2007, mas deu a volta por cima, e se destacou nos títulos dos anos seguintes. No Flamengo, ele encarou a responsabilidade de substituir o ídolo Bruno, e foi importante na conquista do Carioca de 2011
Montagem R7/Piervi Fonseca/Gazeta Press
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O zagueiro paraguaio Gamarra é um dos zagueiros mais importantes da história do Timão. Famoso por sua classe e jogo limpo, ele foi o capitão da equipe no título Brasileiro de 98 e do Paulistas de 99. Após uma passagem ruim pelo Atlético de Madrid, o zagueirão foi negociado ao Flamengo, onde também levantou dois troféus: Campeonato Carioca e Copa dos Campeões, em 2001
Montagem R7/Gazeta Press/Reprodução
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O atacante Luizão fez história em grandes clubes do futebol brasileiro, principalmente no Corinthians, onde faturou o Brasileirão de 1999 e o Mundial de 2000. No Mengão, no entanto, ele teve uma passagem discreta, no ano de 2004
Gazeta Press
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Quem também não deixou saudades na Gávea foi o volante Vampeta. Ídolo incontestável do Corinthians, onde conquistou sete títulos entre três passagens, o "Velho Vamp" ficou apenas seis meses no Mengão, no ano de 2001, e não levantou nenhum título. De sua passagem pelo clube, ficou marcada uma célebre frase: "Eles fingem que me pagam, e eu finjo que jogo", referente aos salários atrasados no Rubro-negro
Marcelo Ferrelli/Gazeta Press
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Companheiro de Vampeta nas conquistas de 2002 do Timão, o atacante Deivid também não repetiu as boas atuações dos tempos de Corinthians com a camisa do Mengão. De sua passagem no clube, entre 2010 e 2012, ficaram marcados mais os gols perdidos do que os feitos
Montagem R7 sobre Divulgação e Gazeta Press
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O meia Renato Abreu, dispensado neste ano pelo Mengão, é outro jogador que conquistou títulos pelos dois clubes. No Timão, foi coadjuvante nas conquistas do Paulista de 2001 e 2003 e Copa do Brasil e Rio-São Paulo de 2002. Mais experiente, o exímio cobrador de faltas foi importante nas conquistas da Copa do Brasil de 2006 e dos Cariocas de 2007 e 2011
Montagem R7 sobre Divulgação e Gazeta Press
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Para fechar, um jogador que teve a honra de ser o capitão dos dois clubes mais populares do Brasil. O zagueiro Fábio estreou no Corinthians no Mundial de Clubes de 2000. Pé quente, ele faturou este e mais quatro títulos pelo Timão. No Flamengo, também exerceu sua liderança nas conquistas dos Cariocas de 2008 e 2009, antes de se aposentar
Shaun Botterill/Getty Images