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(Atenção:
a galeria a seguir contém cenas fortes para os amantes do futebol). Um cenário de pós-guerra recebe
atualmente quem chega ao Maracanã. O mais famoso palco do futebol brasileiro,
quiçá mundial, está abandonado, praticamente sem dono. Depois de receber a Copa do Mundo e ver a seleção brasileira conquistar
o inédito ouro olímpico, o estádio sofre com uma disputa judicial que envolve a
concessionária Maracanã S/A, o Comitê Rio 2016 e o governo do Estado do Rio de
Janeiro. As consequências de um lento jogo de empurra-empurra nos tribunais têm
sido as piores possíveis para o templo do futebol
Marcelo D. Sants/Frame Photo/Estadão Conteúdo
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Imagens
capturadas no final de janeiro mostram a situação em que se encontra o estádio. O problema mais aparente, claro, é o gramado, mas um olhar mais aprofundado pelas instalações denota o descaso com o Maior do Mundo
Marcelo D. Sants/Frame Photo/Estadão Conteúdo
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O Maracanã
foi deixado ao abandono. As bancadas estão empoeiradas e fora de lugar, o piso
próximo ao recuo do campo está cedendo e o campo de futebol secou
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Sem
cuidados, até mesmo pequenas ervas florescem no gramado do lendário Fla-Flu. A simbólica planta, no entanto, dá aos mais otimistas um olhar de motivação
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Dezenas de cadeiras foram amontoadas em um depósito improvisado no Maracanã. O estádio ficou fechado por quase três anos para receber a Copa do Mundo. O fechamento também aconteceu antes do início dos Jogos Olímpicos
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O Maracanã,
cuja reforma para o Mundial de 2014 consumiu mais de R$ 1,3 bilhão em recursos
públicos, está completamente abandonado
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Com apenas
dois funcionários nas últimas semanas, a segurança no entorno do complexo é
insuficiente para proteger o patrimônio. Os bandidos, que conseguem acessar
facilmente o interior do estádio, já levaram diversos objetos, entre eles
torneiras de cobre, mangueiras, televisões da área VIP e dois bustos
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Em uma
área de estacionamento no complexo do Maracanã, os arcos olímpicos se apresentaram esquecidos, cobertos por panos improvisados
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Nas
últimas semanas, até mesmo a energia do estádio chegou a ser cortada por falta
de pagamento devido ao imbróglio jurídico
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Após o corte, a concessionária quitou
um débito de R$ 1 milhões com a Light, referente aos meses
de novembro e dezembro...
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E, de
acordo com a Light, o Comitê Rio 2016 negociava as faturas vencidas em setembro
e outubro do ano passado, período em que o Maracanã esteve sob a
responsabilidade da organização dos Jogos Olímpicos
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As traves ainda esperam pela famosa rede Véu de Noiva em uma partida oficial. A última partida aconteceu em 27 de novembro do ano passado, com Flamengo e Santos pelo Campeonato Brasileiro. No momento, não há perspectiva de outros jogos por lá
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Um dos
maiores ídolos da história do estádio, Zico esteve recentemente no Maracanã e
soltou o verbo sobre a situação do estádio
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"Vergonha.
Vieram, fizeram as Olimpíadas e largaram o estádio. Eles não conhecem a história do Maracanã. É um patrimônio mundial", disse o Galinho em entrevista à ESPN
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O Maracanã, cuja reforma para o Mundial de 2014 consumiu mais de R$ 1,3 bilhão em recursos públicos, está completamente abandonado
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A
responsável pelo estádio é a Concessionária Maracanã S/A, cuja principal
acionista é a Odebrecht. Mas, desde o fim de março do ano passado, a gestão foi
repassada ao Comitê Rio 2016, que utilizou o estádio nos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos
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O
gerenciamento deveria ter sido devolvido à concessionária no final de outubro,
no entanto a Maracanã S/A nega-se a recebê-lo por considerar que a arena não
foi entregue pelo Comitê Rio 2016 da mesma forma como havia sido recebida.
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Uma
liminar concedida no dia 13 de janeiro pela juíza Fernanda Lousada, da 4ª Vara
de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou que a
concessionária Maracanã S.A. reassuma a administração do Maracanã
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O consórcio
anunciou que recorrerá da decisão da Justiça, mas já reestabeleceu o contrato
com a empresa responsável pela segurança, solicitando o aumento do efetivo para
o Maracanã e Maracanãzinho
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O mesmo
procedimento está sendo feito com outros prestadores de serviço, como as
empresas responsáveis pela manutenção do gramado e limpeza
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Em meio ao
jogo de empurra-empurra e sem a definição se o consórcio segue, ou não,
gerindo o estádio (o contrato é válido até 2048), o Governo do Rio de Janeiro encomendou
um estudo sobre um novo processo de licitação
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