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Eleito presidente do São Paulo Futebol Clube em 16 de abril de 2014, Carlos Miguel Aidar, que chegava ao cargo mais importante do clube pela segunda vez (a primeira foi entre 1984 e 1988), decidiu renunciar à presidência do Tricolor. Pressionado dentro do clube pela ameaça iminente de impeachment, o dirigente optou por abandonar a cadeira presidencial e entregou o cargo a Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do conselho deliberativo do São Paulo.
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Do céu ao inferno em pouco mais de um ano e meio de mandato, Aidar protagonizou algumas confusões que o fizeram encurtar seu mandato a frente do clube, que iria até abril de 2017. Nas imagens a seguir, listamos alguns escândalos e conflitos do dirigente tricolor que 'ajudaram' em sua quedaGazeta Press
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O início de tudo: Filho de Henri Aidar, também ex-presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar começou cedo sua vida como dirigente esportivo. Um dos idealizados do Clube dos 13, no qual também presidiu, o são paulino sempre foi ligado a nomes forte do esporte (como José Maria Marin, ex-presidente da CBF) e, aos 37 anos de idade, em 1984, foi eleito o mais jovem presidente do tricolor paulista
Gazeta Press
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A primeira passagem pela presidência: eleito em 1984, Aidar comandou o clube por quatro anos, divididos em dois mandatos e conquistando o Campeonato Brasileiro de 1986, os torneios Rio-SP de 1985 e 1987 e os dois estaduais do mesmo ano. Ao fim de seu segundo mandato, o dirigente seguiu no clube, pois elegeu-se presidente do Conselho Deliberativo do clube (mandato de 1988 a 1990), conseguindo assim fazer seu sucessor, Juvenal Juvêncio
Gazeta Press
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O retorno: 26 anos após presidir o São Paulo, Carlos Miguel Aidar resolveu disputar novamente a presidência do São Paulo, tendo Kalil Rocha Abdalla como adversário direto e principal nome de oposição
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
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O apoio dos mais fortes: candidato da situação, Aidar contava com o apoio dos principais nomes do clube, em especial de Juvenal Juvêncio, seu antigo sucesso na década de 1980 e responsável direto por sua eleição
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
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A vitória: no dia 16 de abril, Carlos Miguel Aidar foi eleito novamente presidente do São Paulo, desta vez para o triênio 2014-2017. Abdalla, seu adversário direto, sabendo da derrota iminente, retirou-se da disputa no último momento como forma de jogada política e deixou Aidar como chapa única
Djalma Vassão/Gazeta Press
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As polêmicas: sem papas na língua, Aidar chegou a presidente do São Paulo pela segunda vez cuspindo fogo e iniciando diversas polêmicas, tanto dentro como fora do clube
Daniel Vorley/Agif/Gazeta Press
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Briga com rivais: provocativo, Aidar iniciou sua gestão entrando em rota de colisão com seus principais rivais. Ao disputar o atacante Alan Kardec com o Palmeiras, o dirigente trocou farpas públicas com Paulo Nobre, presidente do rival, e chegou a dizer que o alviverde estava se apequenando. O Corinthians também foi alvo de Aidar, que disse que Itaquera ficava "em outro mundo" e foi rebatido por Andrés Sanchez, que chegou o são-paulino de 'preconceituoso e racista'
César Greco/Ag. Palmeiras
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O início dos conflitos: principal apoiador de Aidar na campanha presidencial, Juvenal Juvêncio foi pivô de uma das principais rotas de colisão na atual gestão do dirigente. Logo após a eleição, os dois trocaram farpas e JJ foi demitido por Carlos Miguel Aidar de seu cargo
Gazeta Press
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Mais confusão: contratado para ser CEO do São Paulo, Alexandre Bourgeois ficou poucos meses no cargo depois de um processo de fritura iniciado por Aidar, que disse que ele não cumpriu as expectativas
Reprodução
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Demissões: além de Juvenal Juvêncio e Bourgeois, Aidar também demitiu Gustavo Vieira de Oliveira, então gerente de futebol do São Paulo e braço-direito de Ataíde Gil Guerreiro
Reprodução/Facebook
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Polêmicas internas: com o passar do tempo, as polêmicas de Aidar só aumentavam. Comissões em contratos de patrocínios e em contratações de jogadores só fizeram o dirigente perder força dentro do clube, tanto que a chegada de Osório para substituir Muricy Ramalho não era seu plano A, mas ele teve que ceder (e não gostou)
Rubens Chiri/São Paulo
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O efeito Cinira: outro ponto que enfraqueceu Aidar politicamente no São Paulo foi o envolvimento de sua namorada, Cinira Maturana, dentro dos negócios do clube. Entre comissões e negociações, entre eles o acerto com a Under Armor, a namorada do presidente, segundo Ataíde Gil Guerreiro, teria faturado algo em torno de R$ 6 milhões
Ale Cabral/Lancepress
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Idas aos treinos: ciente do enfraquecimento político e da fritura que vinha sofrendo no clube, Aidar passou a ir aos treinos com uma frequência maior, principalmente para conversar com pessoas importantes, como o goleiro Rogério Ceni
Reprodução
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Ajuda negada: se de um lado Aidar perdia força, do outro algumas ponte ia surgindo como possíveis soluções. Conselheiro do São Paulo, Abilio Diniz tentou algumas saídas para sanar as dívidas e crises do tricolor paulista, mas foi alvo de críticas de Aidar depois de tornar pública uma carta enviada ao presidente do São Paulo pedindo auditoria no São Paulo
Jb Neto/Estadão Conteúdo
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O adeus de Osório: cansado das promessas não cumpridas da diretoria e com uma proposta do futebol mexicano, Osório, que não era o plano A de Aidar, acabou deixando clube em meio a toda crise política e, sem citar o então presidente, se despedido do São Paulo agradecendo a todos
Rubens Chori/São Paulo FC
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O soco que derrubou um presidente: o ápice da crise do São Paulo, e que fez com que todos os problemas internos fosse expostos publicamente, foi a briga entre Ataíde Gil Guerreiro, ex-vice de futebol, e Carlos Miguel Aidar, que aconteceu na segunda-feira (5), em um famoso hotel da Zona Sul de São Paulo. Ataíde teria dado um soco no então presidente após uma discussão ríspida, que só foi interrompida graças a 'turma do deixa disso'
ADRIANA SPACA/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Panos quentes: em mais uma tentativa de amenizar a crise, Aidar veio a público para anunciar a contratação de Doriva. Segundo ele, uma contratação dele para arrumar a casa do São Paulo
AE
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E-mail vazado: após a 'tranquilidade' restaurada com a chegada de Doriva, mais uma bomba. Um e-mail enviado de Ataíde para Aidar, contendo diversas acusações e revelado com exclusividade pelo R7 (leia aqui na íntegra), foi o estopim da crise. Com o conteúdo bombástico revelado, o então presidente tricolor se viu encurralado
Agencia Lance
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O fim da linha: isolado no clube após a briga com Ataíde e o vazamento do e-mail, Carlos Miguel Aidar não viu outra saída a não ser preparar sua renuncia ao cargo de presidente do São Paulo. Com a queda do presidente eleito em 2014, Leco assume o cargo de forma interina até que um novo pleito seja realizado. E assim se encerra o segundo ciclo de Aidar no comando do tricolor paulista
AE